Cidades

FRONTEIRA

Falta de orientação de fiscais dificulta combate a crimes

Falta de orientação de fiscais dificulta combate a crimes

Laís Camargo

18/10/2011 - 13h30
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Com uma vasta área de fronteiras o Brasil tem facilidade de intercâmbio com outros países, porém os problemas vizinhos ficam também mais próximos, com o tráfico de drogas, mulheres e objetos contrabandeados. Em relatório divulgado hoje, foram apontados algumas dificuldades encontradas pelos órgãos de fiscalização, especialmente a Receita Federal: falta de treinamento específico para atuação na área; carência de pessoal; deficiência na segurança; necessidade de reparos em parte do prédio da Inspetoria da Receita Federal (IRF) e rede de internet ineficiente.

O relatório faz referência à realidade de Corumbá pelo projeto "Fronteira em Foco", desenvolvido pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). O Sindifisco percorreu as fronteiras brasileiras para traçar o perfil das unidades da Receita Federal do Brasil (RFB) em áreas estratégicas para a segurança do país. A intenção foi produzir um diagnóstico que leve as autoridades federais a traçarem estratégias que revertam as deficiências encontradas na maioria dos locais visitados.

Sem controle

Atalhos feitos no meio da mata facilitam as passagens clandestinas, no relatórioa fronteira de Corumbá é considerada "uma das mais perigosas" para a atuação dos Auditores Fiscais, já que por aquele corredor fronteiriço entra "grande quantidade de cocaína e mercadorias de procedência ilícita, pois há facilidade de acesso por meio de passagens clandestinas".

Outro problema apontado pelo documento do Sindifisco Nacional foi o tráfico de mulheres na região, "principalmente menores de idade, para exploração sexual em prostíbulos no outro lado da fronteira".

Para atuação na fronteira, os profissionais da Receita têm de conviver com a falta de treinamento específico para o trabalho na região; há carência de pessoal e a deficiência na segurança. Na Inspetoria da Receita Federal local estão lotados 19 Auditores Fiscais. "Faltam cursos e orientação para procedimentos que são corriqueiros, o que pode resultar em falhas e riscos desnecessários", aponta o relatório. 

Posto Esdras

No Posto Esdras, que fica na fronteira de Corumbá com a Bolívia, o "Fronteira em Foco" aponta a "falta de um grupo para agir na repressão de atos ilícitos, como o contrabando e a introdução em território nacional de drogas e armas". Segundo o documento, que tem a íntegra publicada no site do Sindicato (www.sindifisconacional.org.br) os auditores fiscais encontram-se em "situação de impotência diante de tantas facilidades que os ‘formigas', como são chamados aqueles que fazem o transporte de mercadorias de forma ilegal através de rotas alternativas, encontram para atuar".

De acordo com o relatório, existe uma "variedade de rotas clandestinas por onde transitam as cargas, muitas rotas a menos de 200 metros do posto da Receita Federal". Há suspeitas de que assentamentos localizados na divisa do território brasileiro com o boliviano aluguem o terreno para abrigar mercadorias descaminhadas. Desses locais, é possível entrar em Corumbá sem transitar pelo posto da RFB. Os cinco Auditores Fiscais que ali atuam fazem o controle de bagagens e também alguns despachos de importação. A falta de segurança é a principal reclamação. À noite, apenas um policial militar fica no local. "A Polícia Federal e a Força de Segurança Nacional atuam apenas durante o dia", informa o documento.

Outro problema é a ausência de fiscalização fluvial no rio Paraguai, que corta os dois países. "O rio é usado como rota de carregamento de armas e drogas. Há informações de que essas cargas passam não só pelo rio, mas também podem ser transportadas por via aérea", apontou a ação do Sindifisco.

Em Brasília

O Sindifisco Nacional apresenta hoje, 18 de outubro, o projeto "Fronteira em Foco" aos integrantes da Subcomissão Especial para Acompanhar as Ações de Proteção às Fronteiras da Câmara dos Deputados, durante audiência pública em Brasília. A intenção é apresentar aos parlamentares as propostas constantes na publicação elaborada pelo Sindifisco Nacional de modo a subsidiá-los na solução dos problemas existentes nas extensões fronteiriças do país. A ideia é sugerir propostas, na forma de Projeto de Lei ou de indicação ao Executivo, que possam resultar em uma política de melhoria das fronteiras do Brasil.

O projeto

O "Fronteira em Foco" foi desenvolvido pela Diretoria Executiva Nacional (DEN), do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, no período outubro 2010 a março de 2011 com o objetivo de diagnosticar as condições de trabalho dos Auditores Fiscais nas localidades fronteiriças, bem como alertar as autoridades sobre a vulnerabilidade dessas regiões. A audiência pública para a apresentação do estudo é resultado do trabalho desenvolvido pela Diretoria de Assuntos Parlamentares do Sindifisco, com o apoio de Auditores Fiscais das diversas regiões do país.

Com informações do Diário Online

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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