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Extinção dos grandes mamíferos na Era do Gelo não foi causada apenas pelo clima

Extinção dos grandes mamíferos na Era do Gelo não foi causada apenas pelo clima

IG

03/11/2011 - 20h00
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Usando amostras de DNA de animais daquela era, modelos de distribuição de espécies e registros fósseis de seres humanos, a equipe pode montar cenários sobre as mudanças populacionais em animais como mamute, boi almiscarado, rinoceronte lanudo, renas e cavalos selvagens. Há cerca de 50 mil anos a Eurásia e a América do Norte perderam aproximadamente 36% e 72%, respectivamente, desses grandes mamíferos, cujo grupo é conhecido como megafauna.

Sendo assim, eles afirmam que a mudança climática explica o desaparecimento de espécies da Eurásia, como o boi almiscarado e o rinoceronte lanudo. Já em relação à extinção do bisão e dos cavalos selvagens da Eurásia seria a combinação das mudanças climáticas com a ação do homem, ao passo que renas não foram afetadas por estes fatores.

“Não encontramos provas de que humanos caçaram boi-almiscarado ou que houve uma sobreposição geográfica. Este foi também o caso do rinoceronte-lanudo na Sibéria. No entanto, os rinocerontes tiveram sobreposição com humanos na Europa nos dois mil anos antes de desaparecerem, portanto não podemos rejeitar que os humanos tiveram impacto sobre eles”, disse ao iG Eline Lorenzen, coautora do estudo publicado no periódico científico Nature.

Mamutes e o grande mistério
Os cientistas não conseguiram definir quais foram as causas da extinção dos mamutes. “Não encontramos a prova do crime nos dados relativos aos mamutes. Não há prova clara de que humanos os tenham caçado até a extinção, e nós também não conseguimos estimar o tamanho populacional com base nos nossos dados climáticos, pois existem poucos fósseis de mamutes”, disse Eline.

Os pesquisadores também não encontraram provas de que um meteoro pudesse ser a causa da extinção dos mamíferos. “Pelo DNA de antigos sedimentos, sabemos que os mamutes sobreviveram na América do Norte até 10.500 anos atrás. Isto é, ao menos, 2,5 mil anos depois do hipotético impacto”, disse.

Os pesquisadores observaram que todas as populações estudadas cresceram de tamanho no início do ultima era glacial, o que se adequa à explicação de que estepes de tundra surgiram assim que o clima começou a ficar mais frio e mais árido. “Também vimos correlação entre o tamanho das populações, deduzido por dados genéticos, e o tamanho de população, deduzido por dados climáticos, e registros fósseis e concluímos que o clima coordenou as mudanças no tamanho da população nos últimos 50 mil anos”, disse. 

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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