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Exposição a bisfenol A pode afetar comportamento de meninas

Exposição a bisfenol A pode afetar comportamento de meninas

DA ASSOCIATED PRESS

25/10/2011 - 12h30
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A exposição à substância química BPA (bisfenol A) durante o desenvolvimento embrionário pode afetar negativamente o comportamento de meninas aos três anos, segundo um novo estudo.

O composto é utilizado na fabricação do revestimento interior de algumas garrafas de bebida de plástico e alimentos enlatados.

Segundo o estudo, meninas em idade pré-escolar cujas mães tiveram níveis altos do bisfenol A na urina durante a gravidez se saem pior em medidas de comportamento que medem ansiedade e hiperatividade do que outras crianças. Os meninos não foram afetados pelo BPA.

Os resultados não são conclusivos. Outros fatores podem explicar os resultados. A descoberta, no entanto, deve levar a mais investigações. Existe uma literatura crescente que sugere que a exposição ao BPA pode estar associada a efeitos nocivos à saúde humana.

Os pesquisadores mediram o BPA na urina de 244 gestantes que viviam nas proximidades da cidade de Cincinnati, em Ohio, nos EUA. A medida foi feita duas vezes durante a gravidez e no parto. As mulheres avaliaram seus filhos aos 3 anos por meio de questionários comportamentais padrão.

"Essas mudanças sutis podem realmente ter implicações muito dramáticas ao nível da população", disse Joe Braun, o principal autor e pesquisador da Escola de Saúde Pública de Harvard.

Para cada aumento de dez vezes nos níveis de BPA das mães, as meninas obtinham cerca de seis pontos a menos nos questionários.

A FDA (agência que regula remédios e alimentos nos EUA) divulgou que níveis baixos de exposição ao BPA parecem seguros. Mas a agência diz ainda que, devido à evidências científicas recentes, há preocupação com os efeitos potenciais da substância no cérebro e no comportamento de bebês e crianças. A FDA continua a estudar a exposição ao bisfenol e apoia os esforços para minimizar seu uso em recipientes de alimentos.

Braun disse que é possível que a exposição ao BPA durante a gravidez interfira no desenvolvimento do cérebro fetal. Uma teoria sugere que ele imita os efeitos do estrogênio, um hormônio feminino, e isso poderia explicar as diferenças de comportamento em seu estudo. Ainda não se sabe por que os meninos não foram afetados.

Os pesquisadores avaliaram outras possíveis influências sobre o comportamento das crianças, incluindo a renda familiar, nível de educação e se as mães eram casadas, e ainda assim constataram a ligação entre o BPA e o comportamento de meninas.

Mas Charles McKay, um pesquisador de BPA e toxicologista no Centro de Controle de Intoxicações de Connecticut, disse que os pesquisadores não controlaram outros fatores importantes.

Por exemplo, não há informações sobre os hábitos alimentários das gestantes. Mães com níveis mais elevados do BPA tenderiam a comer mais alimentos enlatados menos saudáveis, o que pode ter afetado o desenvolvimento do cérebro do feto.

O "American Chemistry Council", um grupo comercial, cujos membros incluem companhias que usam bisfenol, informou que a pesquisa "tem deficiências significativas (...) e as conclusões são de relevância desconhecida para a saúde pública."

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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