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Astronomia

Especialistas rejeitam má fama da "superlua" deste sábado

Especialistas rejeitam má fama da "superlua" deste sábado

IG

18/03/2011 - 21h00
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Sempre que uma tragédia das proporções da que atingiu o Japão acontece, com terremotos e tsunamis abalando todo o país, a lógica não dá conta de responder à angústia. No próximo sábado, 19, vai ocorrer o fenômeno do perigeu lunar: uma lua cheia mais clara e brilhante, que ocorre porque o satélite estará no ponto de sua órbita mais próximo da Terra.

Nos últimos dias, notícias sobre "a maior lua cheia dos últimos 20 anos" têm sido publicadas e, principalmente, enviadas pela internet. A história, no entanto, é pouco mais do que uma corrente de boatos, de acordo com especialistas ouvidos pelo iG.

Como a trajetória da lua ao redor da Terra é uma elipse, o perigeu lunar acontece mensalmente. A força gravitacional do sol deforma essa órbita, o que faz com que a lua se aproxime mais ou menos da Terra a cada vez. “A aproximação do dia 19 é grande, mas não a menor possível. Desde 1990 até 2008, já houve cinco perigeus maiores do que esse, e não aconteceu nada. E no terremoto do Haiti não teve aproximação lunar, por exemplo”, explica Irineu Gomes Varella, astrônomo da Escola de Astrofísica de São Paulo. Durante o perigeu, o impacto na natureza é mínimo; a força das marés aumenta 4%.

Se o tempo estiver aberto, é uma boa chance para aproveitar a lua cheia. “O aumento de brilho dessa lua cheia em relação a uma comum de 16%”, afirma o astrônomo. O melhor horário é quando a lua está nascendo, porque quando ela está no horizonte aparenta ser maior do que quando está a pino.

História


A má fama do perigeu lunar começou na década do 1970, quando o astrólogo americano Richard Nolle batizou o fenômeno de superlua e associou-o a tragédias.

Um dos muitos exemplos que ele cita é o da superlua em fevereiro de 2011, em que houve um terremoto forte na Nova Zelândia, ou o furacão Katrina, que teria se originado a partir de uma depressão tropical formada três dias depois de uma superlua em 19 de Agosto. Segundo ele, são efeitos do “mundo sublunar”, ligado aos efeitos das superluas nas marés, na atmosfera e mesmo nas pessoas. “De marés extremas a tempestades severas e terremotos poderosos e erupções vulcânicas, todo o mundo natural se eleva e se revolta sob o alinhamento da superlua”, afirma em seu site.

“A influência se estenderia de uma semana antes a uma semana depois do evento. A “janela de risco” que Nolle prevê vai de 16 a 22 março de 2011, com aumento na corrente no número de terremotos de magnitude 5 ou superior e atividade vulcânica.

Nem astrônomos nem astrólogos, porém, concordam com a tese. “Misturar astrologia e astronomia não dá certo. São maneiras muito diferentes de encarar as coisas”, esclarece a astróloga Mônica Horta, que não vê relação nenhuma entre o perigeu lunar e tragédias naturais. “Isso é questão para os astrônomos. Um astrólogo lida com a lua e com o sol como se fossem planetas. E prever esse tipo de manifestação, como um desastre natural, é impossível. Você lê um clima, mas não sabe se ele vai se manifestar na Terra, ou num acontecimento político, por exemplo”, diz a astróloga.

O astrólogo Ivan Freitas também desmente a relação entre a lua e os terremotos. “Se a cada perigeu lunar acontecesse uma catástrofe, estaríamos ferrados. É normal buscar justificativas para as tragédias, mas isso depõe contra a astrologia”, afirma. “É um fenômeno freqüente e não deve ser levando em consideração para a astrologia profissional”.

Para quem gosta de observar o céu, a superlua deste sábado será apenas especialmente bonita.

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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