Política

CAE

Delcídio corre risco de perder comando

Delcídio corre risco de perder comando

Por Andrea Jubé Vianna, de Brasília e Fernanda Brigatti

14/01/2012 - 10h30
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O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) pode perder a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para o colega de bancada Eduardo Suplicy (SP). A substituição faz parte de um acordo sobre cargos firmado em fevereiro do ano passado. Mas a troca não será automática. Delcídio pode lutar para permanecer à frente da CAE, que é ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão do Congresso Nacional. O senador presidiu a comissão no momento difícil para a economia brasileira.

Até os investimentos do governo federal são colocados em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos. A atuação de Delcídio à presidência da CAE agradou o Planalto. Mas Suplicy está de olho no cargo.

Para resolver a troca-troca, sem traumas, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), convocou reunião da bancada para o final do mês para tratar de deliberações sobre os comandos na vice-presidência, nas comissões e na liderança.

Na vice-presidência, assumiria a vaga José Pimentel (CE), mas senadora Marta Suplicy (SP) resiste ao cumprimento do acordo firmado no ano passado. "Isso ficou definido lá atrás. O correto seria o cumprimento do acordo", defende Humberto Costa. Por sua vez, José Pimentel sustenta que o mais importante é manter a "unidade da bancada" e tenta afastar os rumores de que o impasse vai deflagrar uma crise entre os petistas.

Pimentel assumiu o cargo de líder do governo no Congresso, responsável por articular a votação da Lei Orçamentária e do Plano Plurianual 2012-2015, mas o posto não lhe garante a visibilidade nem o status da vice-presidência do Senado.

Marta teria o apoio do governo para continuar na cadeira, já que o seu desempenho no comando de votações importantes para o Executivo — como a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) — agradou o Planalto. Além disso, deixar que Marta continuasse no cargo funcionaria como "prêmio de consolação" por ter renunciado à disputa à Prefeitura de São Paulo, abrindo caminho para o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Do contrário, sem perspectiva de assumir um ministério na reforma que se avizinha, Marta acabaria relegada à planície da atuação parlamentar.

Além do embate pela vice-presidência, outras disputas movimentam os petistas. Os senadores Wellington Dias (PT-PI) e Walter Pinheiro (PT-BA) pleiteiam a liderança da bancada, no lugar de Humberto Costa, cujo mandato de um ano chega ao final. O pernambucano afirma, entretanto, que não haverá acirramento entre Wellington e Pinheiro. "Um deles assumirá no ano que vem", afirma.

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Política

Depois que aprovar a PEC da Segurança Pública, vamos recriar o ministério, diz Lula

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher

17/12/2025 21h00

Presidente da República, Lula

Presidente da República, Lula Divulgação/Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que não discute segurança pública por falta de competências previstas ao governo federal. Segundo Lula, é necessária a aprovação da PEC da Segurança Pública para definir as atribuições do Planalto sobre o tema. Ele voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública caso a emenda constitucional passe pelo Congresso.

"Eu nunca quis discutir segurança pública porque não era papel do governo federal porque a Constituição não dá ao governo federal o direito de se interferir na segurança pública. (...) Por isso que eu quero aprovar a PEC, porque depois que aprovar a PEC, que definir o papel da União na questão da segurança pública, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", afirmou o presidente.

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher. Segundo o petista, os ministros homens não conseguem discutir o tema com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente também declarou que os possíveis adversários dele em 2026 não possuem novidades para oferecer aos eleitores. "Quero saber quais as novidades que eles vão propor", declarou Lula.

 

Política

Ex-advogado de Bolsonaro é condenado por injúria racial

Prisão foi convertida em penas alternativas

17/12/2025 19h00

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro Pedro França/Agência Senado

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A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quarta-feira (17) o advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro, por injúria racial contra uma atendente de pizzaria.

O advogado foi condenado a 1 ano e 9 meses de prisão, convertida para penas alternativas, e ao pagamento de R$ 6 mil por danos morais.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público após ofender a atendente. O episódio ocorreu no dia 8 de novembro de 2020, em Brasília. 

De acordo com o processo, Wassef chamou a funcionária de “macaca” após ficar insatisfeito com o sabor da pizza.

“Após ser atendido e concluir a refeição, o denunciado dirigiu-se ao caixa e disse para a vítima que a pizza estava uma merda, tendo ela dito que apenas ele teria reclamado. O denunciado retrucou, ofendendo a vítima com termos preconceituosos, nos seguintes termos: Você é uma macaca, você come o que te derem”, diz a denúncia.

Ao julgar o caso, o juiz Omar Dantas Lima, 3ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que o insulto ofendeu a dignidade da atendente.

“A expressão macaca, tão bem retratada na prova oral, carrega intenso desprezo e escárnio. A palavra proferida é suficiente para retratar a intenção lesiva”, afirmou o magistrado.

Cabe recurso contra a decisão. 

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