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Comer peixe reduz risco de doença cardíaca

Comer peixe reduz risco de doença cardíaca

ig

29/05/2011 - 11h00
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Há muito tempo conhecido como amigo do coração, o peixe assado ou cozido também pode proteger as mulheres do desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

A descoberta é de um novo estudo, que acompanhou mais de 84.000 mulheres na pós-menopausa por um período médio de 10 anos. Os pesquisadores constataram que aquelas que incluíam maior quantidade de peixe assado ou cozido na dieta – a partir de cinco porções semanais – apresentaram risco 30% inferior de insuficiência cardíaca, em comparação àquelas que consumiam menos de uma porção ao mês.

“Uma ligação direta entre o peixe e a insuficiência cardíaca não é necessariamente intuitiva, pois já é esperado que este alimento nos proteja de infartos”, disse Daniel Lloyds-Jones, cardiologista e diretor do departamento de medicina preventiva da Northwestern University Feinberg School of Medicine, de Chicago, e autor do estudo.

Ele explica: “Mas, não é este o mecanismo que ocorre nesta situação, o que eu acho bastante interessante. Interessante também é o fato de que a forma de preparar o peixe é tão importante quanto o tipo de peixe consumido”. O estudo foi publicado no dia 24 de maio no periódico Circulation: Heart Failure.

O estudo revelou que peixes preparados fritos – que já foram relacionado a riscos mais altos de AVC – estão ligados a um risco maior de insuficiência cardíaca. Mesmo o consumo de uma única porção semanal do alimento foi associado a um aumento de 48% nos riscos.

Além disso, os peixes de carne escura – como salmão, cavala e enchova – foram associados a um risco menor em comparação ao atum e aos peixes de carne branca, como linguado, vermelho e bacalhau.

Pesquisas anteriores já haviam sugerido que os ácidos graxos Omega-3 presentes nos peixes reduzem os riscos de doenças cardiovasculares, diminuindo inflamações, melhorando a pressão sanguínea e cardíaca e também o funcionamento dos vasos.

Para Lloyd-Jones, seu estudo não mostrou uma ligação específica entre o ômega-3 e a insuficiência cardíaca, em comparação a outras doenças do coração. Ele ressalta, porém, que a ciência ainda está tentando desvendar os aspectos nutricionais do peixe. A insuficiência cardíaca é caracterizada pela inabilidade do coração de bombear sangue suficiente para o resto do corpo.

“Talvez não saibamos quais são os outros componentes... Mas, é por isso que é melhor consumir peixes do que tomar suplementos. É realmente necessário ingerir o alimento. Está claro que esta é uma parte importante de um padrão alimentar saudável”, disse ele.

O estudo de Lloyd-Jones foi baseado em dados de 84.493 mulheres, entre os 50 e os 79 anos de idade, participantes da pesquisa americana Women’s Health Initiative. A grande maioria delas era de raça branca (85%), sendo que 7% eram negras e 3% de origem hispânica.

Para Lona Sandon, professora de nutrição clínica da University of Texas Southwestern, de Dallas, a principal limitação do estudo foi sua natureza empírica, além dos hábitos alimentares das participantes terem sido relatados por elas próprias.

“O que não sabemos é se essas mulheres vêm consumindo cinco porções de peixe assado ou cozido por toda a vida ou se elas adquiriram tal hábito aos 50 anos de idade. Pode ser que elas também tenham um estilo de vida mais ativo e consumam menor quantidade de gorduras saturadas. Então, é provável que existam diversas diferenças no consumo nutricional geral”, pondera Sandon.

De fato, o estudo indicou que as participantes que incluíam maiores quantidades de peixe assado ou cozido na dieta se mostraram mais saudáveis e mais jovens do que suas colegas que ingeriam o alimento frito, além de manterem melhor forma física e serem menos sedentárias. Elas também tinham nível educacional mais alto, menor probabilidade de fumar e apresentavam um número menor de problemas de saúde – como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Sandon diz: “O fato do peixe assado ou cozido ter um efeito essencialmente protetor é certamente promissor. Isso segue a mesma linha de informações reveladas em outros estudos, de que o peixe preparado sem fritar faz bem para a saúde”.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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