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Classe C busca estratégias para driblar a crise

Classe C busca estratégias para driblar a crise

AGÊNCIA BRASIL

12/04/2015 - 20h00
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O atual momento de instabilidade econômica está levando a classe social C brasileira a buscar estratégias para driblar a crise, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles. A classe C engloba os brasileiros cuja renda per capita, isto é, por pessoa, varia entre R$ 338,01 e R$ 1.184. A renda da classe média, que corresponde a 56% da população, subiu 71% nos últimos dez anos compreendidos entre 2005 e 2015. Em 2005, o poder de consumo da classe C somava em torno de R$ 791,47 bilhões e, este ano, a projeção é que alcance R$ 1,35 trilhão, informou Meirelles.

Pesquisa recente feita pelo Instituto Data Popular mostra que o pessimismo predomina em relação à vida do país: 55% dos brasileiros da classe C esperam piora do emprego este ano e 79% preveem que os preços seguirão subindo. Apesar disso, Meirelles disse que os brasileiros da classe C estão otimistas com relação à vida pessoal: “62% acham que a vida vai melhorar, porque confiam neles próprios, na capacidade de, por um lado, fazer economia. Estão pesquisando mais preços; como subiram as tarifas públicas, eles estão economizando na luz, estão comprando no atacado para fazer economia”.

O presidente do Data Popular relatou que, por outro lado, as pessoas da classe C estão buscando uma renda extra. A pesquisa revela que 42% dos trabalhadores já estão fazendo o chamado “bico” para conseguir uma renda extra. “É o professor que passou a dar aulas em escola particular, é o cidadão que durante a semana trabalha em um escritório e vai trabalhar como garçom no sábado e domingo, são as pessoas que fazem um doce para vender no escritório. Estão se virando para não ter que dar um passo atrás no consumo”.

Renato Meirelles disse que o crédito nunca foi tão importante para os trabalhadores da classe C como agora. Só que ao contrário da classe A, para a qual o cartão de crédito funciona mais como um meio de pagamento, para não andar com dinheiro vivo, para a classe C ele é, de fato, um instrumento de crédito. “Em geral, o pessoal da classe C tem dois cartões de crédito e fica variando a data para conseguir até 40 dias para pagar. Ele procura vantagens econômicas efetivas para conseguir economizar o dinheiro ou ter aquele crédito tapa-buraco para garantir as compras no final do mês”, relatou.

Por ser a maior classe do país, ela é a mais atingida pela crise, proporcionalmente. A análise individual mostra que a inflação afeta mais as classes D e E, que estão mais na informalidade. Meirelles avaliou, entretanto, que a classe C tem mais fôlego no momento de crise porque estudou mais “e cada ano de estudo equivale a 15,7% a mais no salário mínimo”. Para a classe C, sustentou Meirelles, crise não é exceção. “Crise é regra. Esse cara cresceu na crise, aprendendo a se virar, e hoje está dando um jeito de manter as suas contas”. Meirelles externou sua confiança na capacidade da classe média brasileira de conseguir manter seus sonhos de pé.

A vigilante Danielli de Souza Maia é um exemplo de trabalhadora que sabe se virar para garantir o consumo. Ela negocia com os vendedores do sacolão para obter preços mais baratos para os alimentos e prefere ir às compras pouco antes do fechamento do estabelecimento porque acredita que, dessa forma, tem mais condições de barganhar descontos. Muitas vezes, deixa de comprar em um lugar para fazer compras em outro que oferece melhores promoções. Danielli vende também bijuterias e faz bolo para poder ajudar que o orçamento familiar chegue até o outro mês.

Michele da Silva Miranda tem cinco filhos e trabalha em serviços gerais. Ela também prefere fazer compras nos dias em que há ofertas promocionais. “Levo o encarte, porque não aceito propaganda enganosa,  porque o que ganho é pouco”, Michele disse que vende produtos de beleza, passa roupa e, às vezes, até faz faxina na casa de terceiros. “Isso não é vergonha para ninguém, não. Me viro nos 30”.

Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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Vacina da dengue

Ministério da Saúde amplia vacinação contra dengue e MS deixa faixa etária a critério dos município

Apesar do Ministério da Saúde liberar a vacinação para o público de 4 a 59 anos, Mato Grosso do Sul deve imunizar público de 6 a 16 anos, nos 78 municípios do estado

18/04/2024 17h42

Medida de emergência foi adotada pois imunizantes vencem no próximo dia 30 de abril. Reprodução/Sesau

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Com mais de 36 mil doses da vacina contra a dengue ainda disponíveis em Mato Grosso do Sul, a partir de hoje (18), a imunização foi ampliada para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em Campo Grande, bem como nos 78 municípios do Estado. 

Essa ampliação, anunciada pelo Ministério da Saúde, é uma medida excepcional e temporária. Inicialmente, a vacinação contra a dengue estava restrita a crianças de 10 a 14 anos. No entanto, o risco de perda de doses devido ao vencimento próximo, em 30 de abril, levou o órgão federal a tomar essa medida.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS), os municípios foram orientados da seguinte maneira: mantém-se a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos. No entanto, se houver doses com vencimento em 30 de abril de 2024, em quantidade que represente risco de perda física, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos de idade.

Larissa Castilho, Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS, explica que essa é uma medida temporária, conforme a nota técnica 65 de 2024 do Ministério da Saúde, que trata da estratégia temporária de vacinação da dengue para as doses com validade para 30 de abril de 2024.

“Essa estratégia, ela vale para os municípios que contém essas doses com validade próxima e mantém a recomendação para a faixa etária de 10 a 14 anos com vencimento e se tiver um quantitativo representativo pode ampliar essa faixa etária para 6 a 16 anos. Não tendo adesão desse público, a gente pode ampliar a faixa etária temporariamente de 4 a 59 anos”, esclarece.

Sobre a previsão de chegada de novas doses, Larissa esclarece que essa é uma organização do Ministério da Saúde, e novas doses serão encaminhadas conforme a campanha for acontecendo ao longo do ano.

“Ainda não mandaram a previsão, então como é uma estratégia pontual de estoque que temos com validade para 30 de abril, eles vão encaminhar novas doses conforme a campanha for acontecendo ao longo do ano, porém para essa estratégia não virão novas doses, vão vir ao longo da campanha”, finaliza a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS.

Vacinação  na Capital 

Atualmente, há 1.346 doses da vacina contra a dengue disponíveis em Campo Grande. Desde o início da campanha, em 11 de março, foram aplicadas pouco mais de 10,5 mil doses.

Diante da nova recomendação do Ministério da Saúde, a Sesau informou que, durante a semana, a vacinação ocorrerá nas mais de 70 unidades básicas de saúde da família espalhadas pelas sete regiões urbanas e distritos do município, destinadas ao público-alvo de 6 a 16 anos.

Vacinação em Dourados

O prazo para tomar a primeira dose da vacina contra a dengue em Dourados segue até o dia 30 de abril. Para ampliar o número de imunizados, a Prefeitura, em parceria com a Fiocruz, expande os pontos de aplicação das doses no próximo sábado (20/4), durante o 'Dia D' de vacinação contra a dengue.

Neste dia, a vacina será oferecida em oito pontos extramuros para pessoas com idade entre 18 e 59 anos, além da Sala de Vacinação do PAM, onde podem vacinar pessoas de 4 a 59 anos.

Veja como está o índice de vacinação nos municípios:

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