Política

DO LEGISLATIVO

Cinco senadores assumem ministérios no Governo Dilma

Cinco senadores assumem ministérios no Governo Dilma

AGÊNCIA SENADO

03/01/2011 - 03h30
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Os cincos senadores convidados pela presidente Dilma Rousseff para compor seu ministério assumiram no sánado (01 de janeiro) os seus cargos logo após a cerimônia de posse da presidente. Os senadores reeleitos em outubro de 2010 Edison Lobão (PMDB-MA) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) assumiram respectivamente os cargos de ministro de Minas e Energia e da Previdência Social. Além deles, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), com mandato até 2015, é o ministro dos Transportes, e os senadores Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC), do PT - cujos mandatos acabam em janeiro de 2011 - são, respectivamente, ministros da Ciência e Tecnologia e da Pesca.

Com a indicação de Lobão e Garibaldi, devem assumir seus cargos no Senado os suplentes Edison Lobão Filho, empresário e filho de Lobão, e o médico Paulo Roberto Davim, primeiro suplente de Garibaldi.

No caso de Edison Lobão, Dilma decidiu reconduzi-lo à pasta de Minas e Energia. O senador é uma indicação da bancada peemedebista do Senado, além de ter preferência do presidente da Casa, José Sarney. Garibaldi foi indicado para a pasta da Previdência também na cota de cargos do PMDB. Alfredo Nascimento foi outro senador mantido no Ministério dos Transportes, cargo que exerceu no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Já Ideli e Mercadante encerram seus mandatos no Senado para integrar o novo ministério.

Lobão e Garibaldi

Aos 73 anos, Edison Lobão conquistou seu quarto mandato no Senado nas últimas eleições. Jornalista e bacharel em Direito, ele chegou ao Congresso em 1979 como deputado federal e reelegeu-se em 1983, sendo deputado até 1987. Nesse período, foi vice-líder da Arena e do PDS, além de vice-líder do governo. A estreia de Lobão no Senado ocorreu na época da Constituinte, há 23 anos.

No período de 1991 a 1994 foi governador do Maranhão, e em 1995 voltou ao Senado, cujo mandato durou até 2003. Foi vice-presidente da Casa e também presidiu a Comissão de Fiscalização e Controle (CFC). Reeleito em 2003, foi presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Lobão licenciou-se do Senado em janeiro de 2008 para assumir o Ministério de Minas e Energia, nomeado pelo presidente Lula. No período em que esteve fora do Senado foi substituído por seu filho e primeiro suplente, Edison Lobão Filho, que voltará a assumir sua cadeira na Casa.

Garibaldi venceu, pela terceira vez, em outubro, a disputa para senador, sendo esta a décima eleição que disputou. Foi também deputado estadual, prefeito e governador. Seu primeiro mandato eletivo foi em 1971, quando ganhou a eleição para deputado estadual. Sempre no PMDB, ele permaneceu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte por quatro mandatos consecutivos.

Conquistou a Prefeitura de Natal em 1986 e, ao concluir sua gestão como prefeito, foi eleito pela primeira vez para o Senado. Garibaldi cumpriu quatro anos de mandato e deixou o Senado para disputar e vencer o pleito para governo do Rio Grande do Norte, cargo para o qual foi reeleito. Em 2003, voltou a conquistar uma vaga no Senado.

Concorreu novamente ao governo do Rio Grande do Norte em 2006, mas perdeu no segundo turno para Wilma de Faria. No fim de 2007, com a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) à Presidência do Senado, Garibaldi assumiu o posto, a partir de consenso entre os senadores. Ficou na Presidência até 2009, quando foi sucedido por José Sarney. Atualmente, Garibaldi preside a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Nascido em 4 de fevereiro de 1947, em Natal, é formado em Direito, mas sempre se dedicou ao jornalismo, é casado e pai de dois filhos.

Suplentes

Edison Lobão Filho nasceu em Brasília, em 1964, é empresário e, como o pai, filiado ao PMDB. Formado em Engenharia Civil pela Universidade de Brasília (UnB) e em Economia pelo Uniceub, é um dos proprietários do Sistema Difusora de Comunicação, afiliada do SBT no estado do Maranhão.

O médico Paulo Roberto Davim, primeiro suplente de Garibaldi, é filiado ao PV do Rio Grande do Norte e está em seu segundo mandato de deputado estadual. Nasceu em 1959, em Natal (RN), mudando-se, ainda na infância, para Afonso Bezerra (RN), onde viveu alguns anos. Retornou à capital do estado e formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1985, especializando-se, posteriormente, em cardiologia e atendimento intensivo (UTIs).

Como médico, Davim foi fundador e primeiro presidente da Sociedade Norte-Rio-Grandense de Terapia Intensiva, além de presidente da Associação Médica do Rio Grande do Norte, de 1990 a 1993. Foi também vice-presidente da Associação Médica Brasileira, diretor do Sindicato dos Médicos e integrante do Conselho Regional de Medicina.

Na política, atuou em movimentos estudantis na Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte - atual Instituto Federal de Educação Tecnológica - e na universidade. Já foi filiado ao Partido dos Trabalhadores, mudando sua opção para o Partido Verde em meados de 2000. Foi no PV que terminou seu primeiro mandato de deputado estadual, em 2006. Seus principais interesses e bandeiras de luta na Assembléia Legislativa foram na área de saúde. Também defendeu programas com relação aos direitos da criança e do adolescente e ao meio ambiente.

FAMÍLIA RAZUK

Um dia após ser condenado a perda do mandato, deputado Neno vota à distância na Assembleia

Com isso, não comparecendo à assembleia, Razuk não correu o risco de ser notificado da condenação ou da perda do mandato

17/12/2025 15h00

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira Marcelo Victor/Correio do Estado

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL) foi condenado ontem (16) pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por ser indicado como chefe de uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. 

No entanto, a condenação não impedia o deputado de comparecer à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17) para a última plenária do ano. Mesmo assim, o parlamentar não compareceu à Casa e participou da votação das cinco propostas aprovadas na ALEMS. 

Mesmo com a sentença, Razuk terá o direito de recorrer à decisão em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, da defesa do parlamentar, afirmou que vai recorrer da sentença e que o "processo está longe de encerrar". 

Com o não comparecimento na Assembleia, o deputado não correu risco de ser notificado da condenação e nem prestar esclarecimentos à imprensa. 

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução

Sentença

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que Neno Razuk seria o líder de uma organização criminosa que estaria praticando, de forma intensa, as práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagradas em 2019 pelo MPMS contra as milícias armadas. 

Segundo as investigações, após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos "na marra" e com uso de violência para um grupo de São Paulo, em uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação. 

No documento que decretou 20 prisões preventivas de alvos da quarta fase da Operação Successione e 27 mandados de busca e apreensão, no mês passado, a família Razuk é "conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito". 

Além do crime da jogatina ilegal, também foram citados os de "assalto à mão armada e lavagem de dinheiro", especialmente na região de Dourados. 

Nas investigações da Gaeco, o clã da família Razuk tinha o plano de expandir a organização criminosa para o estado de Goiás. 

Segundo a averiguação dos fatos, o grupo realizava estudos com o apoio de organizações do estado goiano, como investidores e figuras influentes, para derrubar a liderança local da jogatina, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, um bicheiro local.  

Com um financiamento de R$ 30 milhões de um investidor ainda não identificado, a missão era levar a uma "guerra pelo controle do jogo do bicho que atingiria ambos os Estados", como consta na investigação. 

As penas aplicadas pelo Judiciário somam mais de 100 anos de reclusão e multas que ultrapassam R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), além da perda de mandato do deputado estadual Neno Razuk.

Balanço

Com uma sessão a cada 3 dias, ALEMS encerra trabalhos de 2025

De acordo com o balanço anual, foram 119 sessões plenárias e 249 aprovações

17/12/2025 14h00

Balanço geral do ano foi apresentado em última sessão plenária do ano

Balanço geral do ano foi apresentado em última sessão plenária do ano Wagner Guimarães/ALEMS

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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Gerson Claro (PP) abriu a última sessão plenária do ano nesta quarta-feira (17) com um balanço geral dos trabalhos de 2025. 

Ao todo, foram 119 sessões plenárias realizadas na ALEMS ao longo do ano, resultando em um balanço de uma sessão a cada três dias. 

Segundo os dados levantados pela Secretaria de Assuntos Legislativos e Jurídicos, menos da metade das proposições apresentadas ao longo do ano foram aprovadas nas plenárias. 

Em números, foram 508 proposições, sendo 225 Projetos de Lei (PL), 151 Projetos de Resolução (PR), 18 Projetos de Decreto Legislativo (PDL), 12 Projetos de Lei Complementar (PLC) e duas Emendas à Constituição (PEC). 

Destas, foram 249 aprovações, sendo 94 PLs, 134 PDLs e seis PECs, o que resulta em 49,02% do montante. 

Outros 193 projetos continuam em tramitação para análise no próximo ano e 55 propostas foram rejeitadas. 

Distribuídas entre as sessões plenárias, foram 419 votações e 195 Diários Oficiais do Legislativo publicados. 

Balanço geral do ano foi apresentado em última sessão plenária do anoPara o presidente Gerson Claro, os números representam um sucesso para a Casa. 

“Ano de muito trabalho, quero agradecer o empenho das equipes de gabinetes e dos servidores da ALEMS que tem uma equipe técnica aguerrida, que trabalhou muito durante o ano. Ao pessoal da comunicação, da segurança, do cerimonial, do financeiro, da primeira secretaria, enfim, a todos o nosso agradecimento, sem vocês não conseguiríamos fazer e tocar o Mato Grosso do Sul”, ressaltou.  

Os dados mostram, ainda, outras 4.314 proposições como indicações, moções, requerimentos e emendas, 6.389 ofícios expedidos pela 1ª Secretaria e outros 1.665 ofícios expedidos pela Presidência. 

Gerson Claro também ressaltou que todos os debates na Assembleia foram pautados pelo “respeito e diálogo”. 

“É por isso que pudemos ter números tão expressivos. Nem tudo teve votação unânime, mas respeita-se a democracia e o ambiente de debate é natural de um Parlamento. Várias audiências públicas foram realizadas, homenagens, solenidades, a nossa Corrida dos Poderes, nossa festa junina, um ano para fazer agradecimento a Deus pelo que vivemos e a todos os poderes que trabalharam em harmonia”, finalizou.

O deputado Zeca do PT também elogiou o trabalho dos parlamentares e servidores da ALEMS. 

“Eu gostaria, com muita humildade e respeito à Vossa Excelência, a sua família, aos nobres colegas deputados e seus familiares, aos nossos servidores, a esta Casa um Feliz Natal e um próspero 2026”, desejou.

O deputado Londres Machado (PP) também ressaltou o trabalho da Mesa Diretora e destacou os números promissores do balanço geral. 

“Estamos terminando as votações e enquanto líder do Governo, eu venho agradecer à Vossa Excelência, à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que conduziu muito bem o plenário, seu gabinete esteve sempre aberto aos deputados. O Governo conseguiu aprovar 48 projetos na Casa de Leis. Quero agradecer os líderes de cada bloco e bancada, que votaram os projetos de interesses do Estado”. 

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