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Centro-Oeste vai perder mais com aquecimento global

Centro-Oeste vai perder mais com aquecimento global

Bruna Lucianer

20/09/2010 - 11h23
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Sabe aquele horizonte verde, composto por hectares e mais hectares de soja e milho que você enxerga sempre que viaja pelas estradas de Mato Grosso do Sul? Então, essa visão poderá mudar completamente nos próximos anos em função do aumento de temperatura. E, de carona, vai o cenário econômico de todo o Centro-Oeste, justamente em função da atividade agrícola que caracteriza a região.
Não há soja que resista ao aumento de até 6,4°C, estimada até o final do século XXI, em um dos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC, sigla em inglês). Baseado em duas possíveis trajetórias do clima futuro desenvolvidas pelo IPCC, uma com emissões maiores de gases de efeito-estufa e outra com emissões menores, foi elaborado o estudo “Economia do Clima”, que faz uma avaliação econômica dos impactos da mudança do clima no Brasil e identifica as principais vulnerabilidades da economia e da sociedade brasileiras.
De acordo com o estudo, a região central do país é a que mais deve sofrer com o aumento da temperatura. No cenário pessimista, o Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste pode encolher 4,5%; Mato Grosso pode ter o maior prejuízo do país, 11,1%. Em Mato Grosso do Sul, o encolhimento do PIB pode chegar a 5,2%. A perda para o cidadão médio brasileiro, com respeito aos aspectos socioeconômicos, pode chegar a R$ 1,6 mil.

Agropecuária

Aquele horizonte verde citado no início da matéria poderá desaparecer porque, com exceção da cana-de-açúcar, todas as culturas sofrerão redução das áreas com baixo risco de produção, em especial soja (-34% a -30%), milho (-15%) e café (-17% a -18%).
No cenário pessimista, a soja terá sua área favorável de plantio encolhida em 41% até 2070. Já a cana poderá ter expansão de até 118%, se espalhando por toda a região Sul do país, que ficará mais quente.
Segundo o relatório, as modificações genéticas seriam alternativas altamente viáveis para minimizar impactos da mudança do clima, exigindo investimento em pesquisa da ordem de R$ 1 bilhão por ano.

Recursos hídricos

Nesse quesito, os resultados mais alarmantes são para as bacias do Nordeste Oriental e Atlântico Leste, para onde se espera uma redução brusca das vazões até 2100.
Praticamente em todas as bacias hidrográficas do Brasil a tendência é de diminuição das vazões, inclusive nas regiões em que os modelos indicam um aumento das chuvas. Nestes casos, a diminuição das vazões é decorrente das perdas por evapotranspiração causada pelo aumento da temperatura.
A diminuição das vazões refletirá na geração de energia hidrelétrica. Haverá perda de confiabilidade na geração de hidreletricidade, por uma combinação de efeitos climáticos desfavoráveis com uma grande dependência desse recurso no Brasil.
Para fazer frente à mudança do clima seria preciso instalar uma capacidade extra para gerar entre 162 TWh e 153 TWh por ano. A análise de adaptação indica que essa capacidade adicional seria obtida, principalmente, com gás natural, tecnologias avançadas de queima de bagaço de cana e energia eólica. Agregadas, essas opções implicariam custos de capital da ordem de até US$ 51 bilhões.

Meio Ambiente

A mudança do clima poderá causar redução entre 15% e 20% das áreas de florestas e matas localizadas nos estabelecimentos agrícolas, que cederiam espaço para outros usos, principalmente para a pecuária, que deverá ter um aumento de área de pastagens de até 11%.
A Amazônia vai virar savana. Estima-se uma redução de 40% da cobertura florestal até 2100 e a associação do aumento de temperatura com o desmatamento projetado leva a um quadro catastrófico de extinção de cerca de um terço das espécies animais da região mais biodiversa do planeta.

Prioridades de ação

No presente, a principal recomendação é estancar o desmatamento da Amazônia. O desmatamento gera significativas mudanças no clima local e regional e resulta em uma perda projetada de até 38% das espécies e de 12% de serviços ambientais em 2100.
Também está entre as prioridades o investimento em pesquisa agrícola de ponta, em particular na modificação genética de cultivares e desenvolvimento de mais estudos para identificar a natureza e quantificar os riscos de eventos extremos além de 2050 e 2100.

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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