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Câmera plenóptica permite ajustar foco depois de fotografar

Câmera plenóptica permite ajustar foco depois de fotografar

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04/07/2011 - 06h00
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A mais nova revolução na fotografia é tão nova que ainda não tem nome definitivo.

Ela é chamada de fotografia plenóptica ou fotografia de campo de luz, mas poderia ser chamada de fotografia com profundidade, porque é exatamente isso que ela faz: registra toda a profundidade da cena.
Conceitualmente, a fotografia com profundidade não é novidade. Como produto, também não.

Mas agora a Lytro (www.lytro.com), uma empresa recém-fundada com capital de risco e chefiada por um pesquisador de Stanford, promete trazer para o mercado consumidor de massa uma câmera desse tipo, ainda neste ano.

Na fotografia convencional, cada ponto da superfície sensível à luz --sensor digital ou filme-- retém raios de luz de um ponto da cena, conforme o foco estabelecido pela lente.

Dessa maneira, sempre existe uma limitação na chamada profundidade de foco, isto é, a porção da cena que aparece em foco na fotografia.

Na fotografia com profundidade, o sensor é reorganizado de maneira a captar a informação da cena completa em cada um dos pontos.

É como se o sensor fosse subdividido em muitos pequenos sensores de imagem inteira, em vez de apenas um como na imagem convencional.

O benefício dessa captação de imagem é que, mediante processamento digital, a imagem pode ser livremente refocalizada em qualquer ponto após a captura.

Dependendo do tamanho do sensor e da lente empregados, também é possível extrair uma versão da imagem em 3D.

A técnica ainda permite a fotografia com pouca luz ou em alta velocidade.

As demonstrações da Lytro são fotos nas quais você clica com o mouse no ponto da foto que deseja ver em foco, enquanto o restante da imagem fica agradavelmente desfocado. A ação do usuário de "caçar" os elementos em foco dentro da foto reproduz a ação que o olho humano faz automaticamente.

Próxima invenção

A fotografia sempre está em busca da próxima invenção genial capaz de revolucionar o meio. O curioso é que algumas das novidades mais impactantes dos últimos tempos são implementações práticas de conceitos muito mais antigos.

A fotografia em cores, por exemplo, já tinha sido inventada nos anos 1860; faltava-lhe apenas uma formulação comercial viável, que surgiu nos anos 1930. A imagem estereoscópica ou 3D, que estava esquecida e ressurgiu com força na última meia década, era trivial no final do século 19.

O conceito da fotografia plenóptica foi criado pelo cientista franco-luxemburguês Gabriel Lippmann (1845-1921), um dos inventores da fotografia em cores.

A ideia foi retomada na era digital por outros estudiosos, entre eles Todor Georgiev, um dos desenvolvedores do Adobe Photoshop.

A Adobe chegou a construir um protótipo da câmera, baseada na pesquisa de Georgiev. Em 2010, a companhia alemã Raytrix (raytrix.de) lançou comercialmente sua primeira câmera plenóptica --já são três modelos diferentes.

Por fim, o pesquisador Ren Ng, da Universidade Stanford --que já tinha publicado em 2005 um estudo sobre imagens plenópticas--, fundou a Lytro, a primeira empresa a anunciar um produto do tipo para o mercado de consumo.

A ambição da Lytro é revolucionar o mercado de equipamento fotográfico, que move US$ 30 bilhões por ano.

É significativo que a companhia prefira cair de paraquedas nesse mercado já bem estabelecido em vez de licenciar a sua tecnologia para vários fabricantes --uma prática mais usual, mas que renderia dividendos menores.

Estará nascendo a nova Kodak? A nova técnica poderá não suplantar a nossa banal fotografia em duas dimensões, mas certamente abrirá um novo campo de criação e expressão visual.

Raio-x Lytro

O que é?
É uma câmera que permite ao fotógrafo capturar uma cena sem se preocupar com o foco, que pode ser definido posteriormente.

Como funciona?
A Lytro captura o campo de luz de uma cena. Campo de luz é o que define como uma cena aparece --o primeiro plano, o fundo e tudo que estiver entre ambos.

Quando começam as vendas?
Neste ano, mas a data não foi divulgada. Interessados podem se cadastrar para ser avisados por e-mail quando as vendas começarem.

Quanto vai custar?
O preço não foi divulgado.

Quem desenvolveu?
Ren Ng, Ph.D em ciência de campo de luz e fotografia computacional pela Universidade Stanford. A câmera é resultado de seis anos de pesquisa. Ren é executivo-chefe da Lytro.

Tecnologia

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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