Economia

DIFICULDADES

Cai número de deficientes empregados no País

Cai número de deficientes empregados no País

FOLHA ONLINE

12/02/2011 - 09h23
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Ao mesmo tempo em que o país vê crescer o número de vagas formais de emprego, uma parcela dos trabalhadores vive outra realidade.

Dados do Ministério do Trabalho mostram queda de 17,3% do total de pessoas com deficiência empregadas com carteira assinada entre 2007 e 2009.

Os números fazem parte da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e 2009 é o ano mais recente com números consolidados.

No mesmo período, a quantidade de brasileiros trabalhando formalmente aumentou 9,6%, para 41,2 milhões. E, nesse universo de contratados, a parcela de pessoas com deficiência é mínima: 0,7%, ou 288.593 funcionários.

Hoje, estima-se que o Brasil tenha 27 milhões de pessoas com deficiência, sendo 17 milhões em idade considerada ativa para o mercado, entre 15 e 59 anos.
"Falta fiscalização do cumprimento da Lei de Cotas", diz Carlos Clemente, coordenador da ONG Espaço Cidadania e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco.

O Ministério do Trabalho rebate. Por e-mail, a Secretaria de Inspeção de Trabalho diz que o número de autos de infração lavrados por não cumprimento da lei aumentou de 336, em 2005, para 1.167, em 2010. E que o total de pessoas com deficiência inseridas no mercado por ação fiscal subiu de 12.786 para 28.752 no período.

20 anos de lei

A Lei de Cotas, que completa 20 anos no próximo mês de julho, prevê que companhias com pelo menos cem empregados preencham de 2% a 5% dos postos com portadores de deficiência. E, no setor público, os concursos têm que reservar pelo menos 5% das vagas. A multa para o descumprimento pode chegar a R$ 152.355,73.

Levantamento do Espaço Cidadania, feito com base em dados do Ministério do Trabalho de 2009, mostra que, no Brasil, a média de cumprimento da lei é baixa: 21,4%.

Ou seja, em dez vagas que o país deveria destinar a pessoas com deficiência, apenas duas são preenchidas. São Paulo é o Estado com maior índice. E, mesmo assim, a taxa de ocupação não chega a metade: fica em 40,1%.

Outro levantamento, desta vez do Instituto Ethos, mostra que, no quadro funcional das 500 maiores empresas do país, apenas 1,5% das vagas são preenchidas por pessoas com deficiência.

E um agravante: na publicação, de 2010, 43% dos presidentes entrevistados consideram a proporção "adequada". Já dos que acham a participação "abaixo do que deveria", 73% atribuem o fato à "falta de qualificação de pessoas com deficiência".

"Há um fundo de realidade na falta de qualificação, mas isso não pode ser álibi para que a progressão das contratações não ocorra", diz Jorge Abrahão, presidente do Ethos. "É preciso ter metas para qualificar esses profissionais, o que já tem sido feito por muitas empresas."

LOTERIAS

Resultado da Loteria Federal 6027-5 de ontem, quarta-feira (17/12): veja o rateio

A Loteria Federal é a modalidade mais tradicional das loterias da Caixa, com sorteios realizados às quartas e sábados; veja números sorteados

18/12/2025 08h22

Loteria Federal

Loteria Federal Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou a extração 6027-5 da Loteria Federal na noite desta quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). O sorteio ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo. Em ordem, os bilhetes vencedores são de:

  • 5º prêmio: São Paulo (SP) - R$ 20.363,00
  • 4º prêmio: Belo Horizonte (MG)  - R$ 25.000,00
  • 3º prêmio: Natal (RN) - R$ 30.000,00
  • 2º prêmio: Porto Alegre (RS) - R$ 35.000,00
  • 1º prêmio: São Paulo (SP) - R$ 500.000,00

Resultado da extração 6027-5:

  • 5º prêmio: 13549
  • 4º prêmio: 59017
  • 3º prêmio: 50550
  • 2º prêmio: 15794
  • 1º prêmio: 69015

O sorteio da Loteria Federal é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Como jogar na Loteria Federal

Os sorteios da Loteria Federal são realizados às quartas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

Para apostar na Loteria Federal você escolher o bilhete exposto na casa lotérica ou adquiri-lo com um ambulante lotérico credenciado. Você escolhe o número impresso no bilhete que quer concorrer, conforme disponibilização no momento da compra.

Cada bilhete contém 10 frações e pode ser adquirido inteiro ou em partes. O valor do prêmio é proporcional à quantidade de frações que você adquirir.

Com a Loteria Federal, são diversas as chances de ganhar. Você ganha acertando:

  • Um dos cinco números sorteados para os prêmios principais;
  • A milhar, a centena e a dezena de qualquer um dos números sorteados nos cinco prêmios principais;
  • Bilhetes cujos números correspondam à aproximação imediatamente anterior e posterior ao número sorteado para o 1º prêmio;
  • Bilhetes cujos números contenham a dezena final idêntica a umas das 3 (três) dezenas anteriores ou das 3 (três) dezenas posteriores à dezena do número sorteado para o 1º prêmio, excetuando-se os premiados pela aproximação anterior e posterior;
  • A unidade do primeiro prêmio.

Premiação

Você pode receber o prêmio em qualquer lotérica ou nas agências da Caixa.

Caso o prêmio bruto seja superior a R$ 2.259,20, o pagamento deve ser realizado somente nas agências da Caixa, mediante apresentação de comprovante de identidade original com CPF e do bilhete (ou fração) original e premiado.

Valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis a partir de sua apresentação em Agência da Caixa.

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ÔNIBUS

Prefeitura tem 30 dias para assumir controle do transporte coletivo da Capital

Decisão vem em meio à greve dos motoristas e pede que também seja apresentado plano de ação para regularizar o serviço

18/12/2025 08h00

Terminais de ônibus estão vazios por causa da greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande

Terminais de ônibus estão vazios por causa da greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande Marcelo Victor/Correio do Estado

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A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que a Prefeitura de Campo Grande intervenha na concessão do transporte coletivo urbano, sob administração do Consórcio Guaicurus, no prazo de 30 dias. Além disso, terá de apresentar um plano de ação com cronograma para regularizar a atual situação dos ônibus na Capital, desde segunda-feira com 100% da frota parada.

Na tarde de ontem, o juiz Eduardo Lacerda Trevisan, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, decidiu, sob tutela de urgência, que o Município tome posse da concessão, com apoio da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

Oriunda de uma ação popular movida pelo ex-candidato à Prefeitura de Campo Grande Luso Queiroz (Psol), a decisão foi sustentada por argumentos semelhantes aos que já estavam presentes no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), entregue há três meses pelos vereadores.

Por exemplo, o juiz cita a idade envelhecida da frota, que não pode passar dos cinco anos, mas que hoje se encontra com oito anos em média, além de alguns ônibus estarem com 15 anos, três vezes mais que o permitido no contrato. Ademais, o magistrado menciona a transação suspeita de R$ 32 milhões feita para a empresa Viação Cidade dos Ipês, até o momento sem justificativa apresentada.

Inclusive, em um dos argumentos, o juiz cita a conclusão dos vereadores na CPI, afirmando que foi apontado “descumprimento sistemático das obrigações contratuais por parte do Consórcio Guaicurus, revelando gestão financeira opaca e indícios concretos de irregularidades graves, assim como a necessidade imediata de intervenção administrativa e auditoria independente”.

“Alego que não obstante as recomendações da CPI, a Prefeitura Municipal nada fez e essa inércia estatal configura verdadeira conduta lesiva passível de controle judicial. Que do ato omissivo lesivo é necessária intervenção corretiva por intermédio da presente ação popular”, escreve Eduardo Trevisan na decisão.

“Partindo desses conceitos de serviço adequado e contínuo, entendo que pelas provas que vieram aos presentes autos, é possível constatar indícios suficientes de má execução do contrato administrativo, o que vem em prejuízo de toda a coletividade”, acrescenta.

Com isso, o juiz determina a intervenção municipal na concessão no prazo de 30 dias, com a prefeitura devendo nomear um interventor que será responsável por gerir o transporte público urbano de Campo Grande.

O Município também terá que apresentar plano de ação com cronograma para regularizar a atual situação do transporte público, sob pena de multa diária de R$ 300.000,00 a incidir por 100 dias.

Terminais de ônibus estão vazios por causa da greve dos motoristas de ônibus de Campo GrandeTerminal Morenão segue vazio no 4º dia de greve em Campo Grande - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A decisão judicial ocorre em meio à greve dos motoristas de ônibus, que estão há três dias com 100% da frota fora de circulação.

Segundo os próprios funcionários, a paralisação só será encerrada quando o Consórcio Guaicurus efetuar o pagamento integral da folha salarial de novembro – que deveria ter sido depositada no dia 5 deste mês – e apresentar garantia financeira de que vai conseguir pagar o 13º salário e o adiantamento (vale) até amanhã.

Até o fechamento desta edição, não houve indícios de retomada do serviço, que deve ir para o seu quarto dia de paralisação total, a maior greve dos ônibus desde outubro de 1994.

VERSÕES DAS PARTES

Procurado pela reportagem, o Consórcio Guaicurus disse estar surpreso com a decisão judicial e afirma que ainda não foi notificado formalmente pela Justiça ou procurado pela prefeitura para tratarem sobre o assunto.

“A empresa esclarece que, até o presente momento, não foi formalmente notificada de qualquer decisão liminar ou sentença nesse sentido, tendo tomado conhecimento do fato exclusivamente por meio da imprensa. O corpo jurídico do consórcio já monitora o andamento do processo e, tão logo ocorra a notificação oficial, tomará todas as medidas judiciais cabíveis”, reforça, em nota.

O Correio do Estado também procurou a prefeitura, que seguiu o mesmo posicionamento da administradora do transporte público.

“Em relação à decisão judicial que determinou a intervenção na concessionária do sistema de transporte coletivo urbano, a Prefeitura de Campo Grande esclarece que até o presente momento não foi oficialmente notificada, portanto desconhece o teor integral do processo. Tão logo tenha conhecimento, adotará todas as medidas legais necessárias e cabíveis”, afirma.

RELATOS

Com a greve dos motoristas, muitos campo-grandenses estão tendo que improvisar o modo de locomoção durante esta semana. Adrielle Souza, de 22 anos, trabalha na região central da Capital e utilizava o transporte público de segunda-feira a sábado para ir e voltar do trabalho. Ela reside no Bairro Caiçara.

Com a paralisação, está utilizando aplicativos de transporte para se locomover, o que acabou encarecendo a ida e volta do trabalho, chegando a custar quase R$ 30 por dia. 

“Tem que parar [a greve] porque eu não aguento mais, é muito complicado”, afirma a comerciante, que acrescenta estar do lado dos motoristas neste debate, já que “ninguém precisa trabalhar de graça”.

Terminais de ônibus estão vazios por causa da greve dos motoristas de ônibus de Campo GrandeLeide e sua filha Flávia recorreram a aplicativos de transporte - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Leide Laura, de 52 anos, não é usuária de ônibus, mas sua filha Flávia Ramalho, de 18 anos, usava todos os dias para ir trabalhar, fazendo o trajeto Pioneiros, de onde mora, até a Avenida Rui Barbosa, onde é funcionária em uma empresa de lingerie.

Em meio à greve, a solução encontrada foi sua chefe arcar com o transporte durante esta semana.

*SAIBA

Três meses após o fim da CPI que investigou irregularidades na prestação de serviços do Consórcio Guaicurus, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou inquérito civil para apurar os problemas apontados pelos vereadores. O edital de abertura foi publicado no Diário Oficial do MPMS, ontem.

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