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Brasileiros anunciam resultados positivos de vacina contra AIDS

Brasileiros anunciam resultados positivos de vacina contra AIDS

G1

18/02/2014 - 06h00
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Os primeiros testes em macacos de uma vacina contra o vírus HIV, causador da AIDS, produziram resultados surpreendentes. O experimento é desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo.

O que há 30 anos parecia um sonho quase impossível está deixando de ser. Com os avanços no conhecimento genético do vírus HIV, a vacina contra a AIDS começou a ser pesquisada no Brasil, em 2002, nos laboratórios do instituto do coração de São Paulo e da faculdade de medicina da USP e no instituto Butantan.

O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico. O desafio era descobrir fragmentos do vírus que pudessem ser identificados e atacados pelo próprio sistema de defesa do organismo. E os pesquisadores descobriram, em amostras de sangue de humanos, 18 fragmentos reconhecíveis do vírus HIV, o que abriu caminho para a criação da vacina.

Os cientistas estudaram pacientes com o vírus mas que não desenvolveram a doença. “Esses indivíduos são aqueles que sabem se defender em contra o vírus, sabe de defender bem naturalmente contra o vírus e nós fomos estudar o detalhe da resposta imune contra o vírus e aí que nós desenhamos a vacina”, diz Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan.

A primeira vacina experimental surgiu quatro anos depois da pesquisa e inicialmente ela foi testada em camundongos. E a resposta dos ratinhos foi muito positiva, tanto que a pesquisa seguiu avançando e uma nova vacina foi sintetizada e, em novembro do ano passado, ela foi testada pela primeira vez em macacos resus, que são um tipo de macaco muito utilizado em pesquisas cientificas. O resultado foi surpreendente. O sistema de defesa dos macacos reagiu de 5 a 10 vezes melhor que a dos camundongos.

O teste com os camundongos foi publicado em junho de 2010 na revista Plos One, uma referência na área de pesquisa científica e inovação.

Os resultados com os macacos são decisivos porque os primatas são muito próximos do ser humano.

“O primeiro teste em humanos ele é muito simples, ele é baseado em pessoas que tem baixo risco e é só para a gente saber se a vacina é segura e se ela desencadeou uma resposta imune. Pelo andar da carruagem, provavelmente em 3 anos vamos começar esses testes”, aponta Edecio Cunha Neto, pesquisador da Fac. Medicina da USP.

A corrida por uma vacina definitiva contra a AIDS é mundial. A doença que apavorou o mundo é hoje uma das mais estudadas. Cura? Ainda não. Vacina? Bem mais provável.

“O sonho faz parte da ciência, se nós não tivermos o sonho, nós não conseguimos avançar. Sem dúvida, o sonho era muito distante porque o vírus era muito ardiloso, mas nós estamos chegando muito perto”, comenta Kalil.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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