Política

PROTEÇÃO

Assassinatos no campo serão debatidos em audiência pública

Assassinatos no campo serão debatidos em audiência pública

AGÊNCIA SENADO

19/06/2011 - 01h00
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A  violência no campo e os recentes assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais no Pará, Amazonas, Rondônia e Acre serão debatidos em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) na próxima quarta-feira (22), às 9h. O requerimento é de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).

Foram convidados para o debate o desembargador e ouvidor agrário nacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Gercino José da Silva Filho; o secretário de Segurança Publicado do Pará, Luiz Fernandes Rocha; o coordenador da Comissão Pastoral da Terra, padre Dirceu Fumagalli; e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch.

Também participarão da audiência pública o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Júnior; o coordenador-executivo da Terra de Direitos, Darci Frigo; e o coordenador das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Ronaldo dos Santos.

Mortes no campo

Em abril de 2011, em Pacajá, no Pará, Adão Ribeiro da Silva e Nildo (de sobrenome desconhecido) foram mortos por terem supostamente denunciado plantadores de maconha dentro do assentamento Rio Bandeira, que fica em local isolado da região. No mês seguinte, equipes de policiais estaduais foram encaminhadas ao local para resgate dos corpos.

Em 24 de maio, os ambientalistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram mortos a tiros em uma estrada vicinal que leva ao Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta-Piranheira, na comunidade de Maçaranduba 2, a 45 quilômetros do município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Há suspeitas de que o crime foi encomendado.

Três dias depois, Adelino Ramos foi assassinado em Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho (RO), na divisa com Lábrea, no sul do Amazonas. Sobrevivente do Massacre de Corumbiara (RO), ocorrido em agosto de 1995, ele vinha denunciando a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia.

Outros assassinatos

No dia 28 do mesmo mês, foi encontrado morto o trabalhador rural Herenilton Pereira, 25 anos, que já se encontrava desaparecido há dois dias. Ele vivia no mesmo assentamento do casal de ambientalistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna, no Pará. O corpo foi encontrado por um grupo de assentados a 50 metros de uma das estradas vicinais, a sete quilômetros do local onde os ambientalistas foram mortos.

Em 2 de junho, foi encontrado o corpo do agricultor Marcos Gomes, que era acampado numa área do projeto de Assentamento Sapucaia, em Eldorado dos Carajás, no Pará. Ele teria sido assassinado a tiros por dois homens encapuzados e teve a orelha decepada após o crime, da mesma forma que o casal de ambientalistas morto no dia 24 de maio.

A notícia do assassinato levou a presidente Dilma Rousseff a convocar reunião com governadores da Região Norte e a anunciar ação militar de emergência, batizada de Operação de Defesa da Vida.

No último dia 9, Obede Souza foi assassinado próximo a sua residência, no Acampamento Esperança, também no município de Pacajá, no Pará. Ele teria denunciado e discutido com um grupo que seria responsável por extração ilegal de madeira na região. Seu corpo só foi encontrado no dia 11 e levado para a cidade de Tucuruí, onde o caso foi registrado pela polícia.

Política

Pollon apresenta atestado e julgamento no Conselho de Ética é adiado

Advogado designado pela Câmara para defender o deputado sul-mato-grossense desistiu de representá-lo em julgamento sobre ocupação da Mesa Diretora e ofensas a Hugo Motta

12/12/2025 15h30

Deputado federal Marcos Pollon

Deputado federal Marcos Pollon Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

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A ameaça ao advogado designado pela Câmara dos Deputados e a apresentação de atestado médico pelo deputado Marcos Pollon (PL) adiou mais uma vez o julgamento dele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Em reunião do colegiado na manhã de hoje (12) as testemunhas agendadas não foram ouvidas após aliados argumentarem que a ausência do parlamentar impediria os trabalhos.

Foram mais de duas horas e meia de debates sem que nenhuma das nove pessoas previstas na pauta dessem o seu depoimento sobre a ocupação da Mesa Diretora e ofensas ao presidente da Casa, Hugo Motta, em agosto deste ano, até que o vice-presidente do colegiado, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que comandou os trabalhos, encerrou a reunião após o advogado designado pela Casa para defender Pollon dizer que não o representaria. 

Clebson Gean da Silva tomou essa decisão após falar pelo celular com o deputado sul-mato-grossense e foi ameaçado de processo.

“Eu aqui estou sobre autoridade da Casa e do advogado chefe. Eu recebi orientação para seguir as prerrogativas da advocacia e manifestar realmente que não tenho condições de continuar na defesa do representado. O representado me ligou me ameaçando de representação. Eu creio que no exercício do serviço público da função de advogado da Casa, não vou ficar submetido a uma ameaça desse jaiz", declarou ao ser questionado pela segunda vez se teria condições de defender Pollon.

Pouco antes ele disse que o fato de não ter conversado com o parlamentar poderia comprometer a defesa.

O advogado foi designado pela Casa após renúncia do representante de Pollon. Trata-se de um advogado ad hoc que fica à disposição do colegiado, exatamente para assumir temporariamente a parte que aparecer sem defesa.

Este argumento foi usado após não prosperar as justificativas de alguns parlamentares presentes e de Marcel van Hattem (Novo-RS), que responde pela mesma acusação, de que a reunião deveria ser suspensa pelo fato de Pollon estar afastado por nove dias por decisão médica. Foram citados trechos do Regimento Interno, legislação nacional e até acordos internacionais para tentar barrar o andamento dos trabalhos.

Logo no começo da reunião Van Hattem apresentou um requerimento para interromper as oitivas, mas Freitas não acatou o pedido alegando que estava embasado no regimento interno por isso ouviria as testemunhas, destacando que não se encontravam prejudicados os princípios do contraditório e que todos teriam direito a ampla defesa, “presentes ou não” na reunião.

Mesmo com a recusa, por diversas vezes o parlamentar gaúcho e outros deputados insistiram que os trabalhos deveriam ser interrompidos pela ausência de Pollon. Todas às vezes Freitas negou o pleito.

O deputado sul-mato-grossense apresentou o atestado após passar mal na reunião do colegiado de ontem, quando os trabalhos foram suspensos depois de ser retirada da sala do colegiado e ser atendido pelo departamento médico da Casa.

Pollon responde processo por se sentar na cadeira do vice-presidente da Câmara e por ofensas contra o presidente da Câmara, que tem como punição prevista 90 dias de suspensão. Respondem em conjunto van Hattem e Zé Trovão (PL-SC).

Política

Vereador critica falta de medicamentos em postos de saúde de Campo Grande

Ausência de comando na Sesau foi cobrada para resolver a situação dos insumos

12/12/2025 15h00

Divulgação Câmara Municipal de Campo Grande

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A falta de medicamentos essenciais voltou a ser tema na Câmara Municipal de Campo Grande, assim como a ausência de alguém à frente da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que está sem titular há 98 dias.

Como acompanhou o Correio do Estado, após reclamações da população, a secretária de Saúde, Rosana Leite, foi exonerada no dia 5 de setembro de 2025.

Durante sessão na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) cobrou da Prefeitura uma solução para a falta de remédios e destacou a importância de um nome à frente da pasta.

O vereador pontuou que é inadmissível que faltem itens básicos, como dipirona, utilizada para alívio de dor e febre nos centros de saúde.

“Não podemos permitir que a saúde básica da nossa cidade falhe dessa forma. O cidadão que procura atendimento não pode ser penalizado pela falta de gestão”, afirmou Ronilço.

Para o vereador, a ausência de um novo secretário tem gerado um “vácuo de autoridade”, o que acaba acarretando falta de uma coordenação eficaz com planejamento para estancar o problema.

“É fundamental que a Secretaria tenha um comando forte e capaz de organizar as ações, promover a melhoria do atendimento e garantir o fornecimento contínuo de medicamentos. A saúde não pode ser tratada como algo secundário, ela é prioridade”, destacou.

Atendimento

Além da falta de medicação, Ronilço pontuou a demora no atendimento da população, que enfrenta filas ou até dias de espera para conseguir uma consulta médica.

“O atendimento médico de qualidade não pode ser um luxo. Precisamos garantir que todas as unidades de saúde tenham profissionais capacitados para atender a população, exames rápidos, sem que haja sobrecarga nas unidades”, afirmou.

No entendimento do vereador, a situação é um problema estrutural que necessita de uma gestão eficiente e deve ser prioridade do Executivo Municipal.

“O que falta é gestão, é o uso correto dos recursos. O dinheiro está disponível; o que precisamos é de uma gestão eficiente, que saiba aplicar os recursos onde realmente é necessário”, disse Ronilço, e completou:

“A nomeação de um secretário de Saúde com urgência é uma das primeiras medidas que devemos tomar para recuperar o sistema. A saúde de Campo Grande é um direito da população, e o poder público precisa dar resposta a isso de forma imediata”.

Falta de insumos

Nesta semana, por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) apontou a falta de abastecimento de medicamentos e insumos básicos nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e nos Centros Regionais de Saúde (CRS).

O CRM-MS informou que realizou fiscalização nas unidades de saúde e verificou estoque baixo ou ausência total de medicamentos básicos e insumos fundamentais, como:

  • luvas;
  • lençóis;
  • cânulas;
  • entre outros materiais essenciais.

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