Cidades

CRIANÇA E ADOLESCENTE

Ambiente familiar é cenário de 70% dos casos de abuso sexual

Ambiente familiar é cenário de 70% dos casos de abuso sexual

Taryne Zottino

06/10/2011 - 00h02
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Repletas de sonho e alegria, infância e adolescência são consideradas umas das melhores fase da vida. No entanto, até mesmo períodos tão bonitos podem ser interrompidos pela violência. O combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes será fortalecido nesta quinta-feira (6), data do  “Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”. 

De acordo com Regina Brito, delegada da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), cerca de 90% dos casos registrados são de abuso sexual e 70% deles acontecem dentro do ambiente familiar. Desde o início do ano, foram feitos 280 boletins de ocorrência envolvendo abuso sexual e notificadas aproximadamente 40 denúncias a cada mês. 

A delegada da DPCA explica que existe diferença entre abuso e exploração sexual. No caso do abuso, um adulto pratica atos sexuais com criança ou adolescente como forma de satisfação de seu desejo. Na exploração sexual, ocorre a utilização de menores para fins sexuais, havendo troca de favores, dinheiro ou presentes. A criança ou o adolescente entregam seus corpos porque são induzidas por situação de pobreza, pelo abuso sexual familiar, ou pelo estímulo ao consumo.

Alerta

Segundo a delegada, o alerta é para que pais e responsáveis conversem com seus filhos. “O agressor sempre se utiliza de coação psicológica e de ameaças para que seu crime permaneça em sigilo, por isso todos os membros da família devem se preocupar, já que a denúncia nem sempre é encaminhada pelo responsável”, declara.

Quanto a exploração sexual, a DPCA conta com o apoio da sociedade, pois por existir uma troca, nem sempre os menores estão dispostos a deixar a prática e dificilmente procuram a polícia. A delegada pede o encaminhamento de denúncias, que podem ser feitas anonimamente, através de telefone ou e-mail, relatando o maior número de informações que facilitem o trabalho investigativo. 

Para os crimes de exploração sexual, a penas variam de dois até 15 anos de reclusão.

Psicologia 

Conforme a psicóloga Graça Colavite, crianças e adolescentes precisam de atenção constante. “Os pais precisam estar sempre em alerta. A criança dá sinais do abuso, fica diferente, demonstra que algo está errado. O erro está no adulto ignorar isso”, comenta. A profissional acredita que o trabalho psicológico feito com alguém que sofreu algum tipo de violência sexual é bastante direcionado e individual.

“Procuramos trabalhar ludicamente, fazer com que a criança e o adolescente consigam se expressar. Falar sobre isso será importante para que possa conseguir superar o trauma e não se tornar um adulto agressivo, ou depressivo”.

Para a psicóloga, os pais devem estar sempre atentos, não deixando os filhos sozinhos, dialogando com eles e observando suas atitudes, “principalmente porque a maioria dos casos envolve pessoas muito próximas, como vizinhos, amigos da família e até mesmo familiares”, completa.

INTERIOR

Anel Viário amanhece fechado após retomada de protestos em MS

Novo bloqueio parcial da rodovia MS-156 foi retomado ontem (14) em Dourados

15/12/2025 10h05

Carros de passeio e automóveis mais leves podem desviar ainda na Planacon, já veículos de carga devem retornar pela BR-163

Carros de passeio e automóveis mais leves podem desviar ainda na Planacon, já veículos de carga devem retornar pela BR-163 Reprodução/DouradosNews/ClaraMedeiros

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Após uma breve liberação do trecho entre o fim da tarde de sexta-feira (12), um novo bloqueio parcial da rodovia MS-156 foi retomado ontem (14) em Dourados, com a interrupção em protesto mantendo a via fechada ainda nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (15). 

Carros de passeio e automóveis mais leves podem desviar ainda na Planacon, já veículos de carga devem retornar pela BR-163Trecho perto do Auto Posto Litro foi bloqueado e exige desvio. Reproduçção

O cuidado dos motoristas que trafegam pela rodovia precisou ser redobrado ainda no domingo (14), como bem acompanha o portal local Dourados News, quando um trecho do Anel Viário voltou a ser parcialmente interditado por indígenas em protesto. 

Nas proximidades do posto de gasolina Litro, em trecho que fica localizado próximo à Avenida Guaicurus, os indígenas reacenderam o protesto para levantar a discussão a respeito do Marco Temporal, após sustentações orais recentes de quatro casos sobre o assunto no Supremo Tribunal Federal (STF).

Além desse motivo, a retomada dos bloqueios colocou na lista de pautas a situação envolvendo Magno de Souza, preso desde a tarde de sábado (13), acusado de estupro contra uma jovem de 21 anos em um caso que segue em sigilo. Sem a liberação do ex-candidato a governador, as lideranças pautaram o tema entre as reivindicações. 

Desvio

Importante reforçar a presença constante da Polícia Militar Rodoviária (BPMRv) durante todo o momento, empregada tanto para sinalização e monitoramento da situação, mas também com orientações aos motoristas, já que opcionalmente pode ser preferível seguir por caminhos que desviem do trecho em protesto. 

Ou seja, quem segue pela MS-156 em motocicletas ou qualquer veículo mais leve, pode optar por realizar o desvio ainda pela Planacon, ao invés de contornar pela direita e seguir pela rodovia. 

Em outras palavras, no trecho próximo à construtora é possível cortar em direção ao centro da cidade e, só depois, entrar no acesso da BR-163 ou mesmo seguir na MS-156, em trecho que vai de Itaporã a Dourados e segue com fluxo normal. 

Diferente dos carros menos, os veículos de carga e caminhões estão sendo orientados a retornar para a BR-163, de pode-se seguir rumo ao sul do Estado, em direção a Ponta Porã, Naviraí e para o Paraná, por exemplo. 

Mesmo que os bloqueios tenham começado na quinta-feira (11), logo na primeira noite de protestos houve uma liberação para a passagem de carretas, o que demonstra a colaboração dos manifestantes. 

Reivindica a posse de uma área de retomada onde, atualmente, vivem aproximadamente 300 famílias, o pedido por essa faixa de terra vêm sendo feito há quase uma década. 

 

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16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

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