Cidades

FOTOGRAFIA

Alunos com síndrome de Down se expressam através da arte

Alunos com síndrome de Down se expressam através da arte

THIAGO ANDRADE

07/06/2013 - 12h40
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Sob o sol quente da primavera, 12 alunos da Sociedade Educacional Juliano Varela, devidamente uniformizados e empunhando câmeras digitais portáteis e celulares seguiram para o Horto Florestal. A pé, eles foram do prédio da instituição, no número 6.513 da Avenida Noroeste, para o parque. Uma aula diferente os esperava. Todos do quinto ano, eles foram até o local colocar em prática o que aprenderam na semana passada, quando teve início a oficina de fotografia da escola. Idealizada pelo fotógrafo Bruno Rezende e pelo professor de artes e expressão corporal Marcos Varela, a aula ao ar livre foi a primeira de uma série. O quadro negro foi substituído pelas paisagens verde do Horto, com suas flores e insetos.
“São pessoas com uma sensibilidade artística latente. Com o impulso correto, eles produzem trabalhos muito bonitos. Foi com esse intuito que surgiu a oficina, que passa a integrar o currículo da escola”, explica o professor. Segundo ele, na primeira aula, os alunos aprenderam o básico sobre fotografia e, ontem, tiveram a primeira oportunidade de colocar em prática as novas habilidades.

O resultado das aulas semanais poderá ser visto por todo o público no dia 30 de setembro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Segundo a diretora da escola, Rosely Gayoso, as fotografias feitas pelos alunos ficarão expostas na entrada do prédio. “É uma maneira de conhecer o que eles percebem como belo e, assim, vamos entendendo o que há de igual e de diferente entre nós”, considera. Com diversas atividades extra-curriculares, a Juliano Varela oferece educação complementar a pessoas portadoras de Síndrome de Down. Desde estimulação precoce para recém-nascidos a aulas de futsal e volei, o currículo estimula diversas aptidões. Nas aulas de fotografia, explicam os professores, o objetivo é familiarizar os jovens com os aparelhos fotográficos, com as técnicas e sensibilizar o olhar. “Nas aulas, nós percebemos que eles tem uma vontade muito grande de se expressar”, explica Marcos. Logo que chegaram os alunos já se mostravam empolgados para fazer fotografias. Em poucos minutos, já desobedeciam as dicas dos mentores. “O que foi que dissemos na sala? Antes de fotografar, vocês têm que olhar e pensar como fazer a melhor imagem”, explicavam. Porém, a turma estava mais preocupada com a diversão.

Após tirarem fotos uns dos outros, os alunos foram chamados pelos professores para definir como funcionaria a aula. Dividiram-se em dois grupos e partiram para explorar as trilhas do Horto Florestal. No caminho, bastava que um se interessasse por uma flor, um arbusto ou uma teia de aranhas, para que todo o grupo o seguisse. Entre os fotógrafos, alguns se mostravam mais animados, como foi o caso de Igor Cesar, de 16 anos. “Têm ótimos lugares para fazer fotos. Ali na ponte ou na pista de skate. A gente até perguntou para os skatistas se a gente poderia fazer umas fotos deles. Eles deixaram”, Os traços característicos de um típico portador da síndroma são atenuados na face do adolescente. Isso se deve ao fato de que ele faz parte de uma minoria que apresenta cópias distintas do material genético de um mesmo zigoto. A isso se dá o nome de mosaicismo.

Enquanto alunos fotografavam e professores explicavam como fazer uma ou outra foto, assim como controlavam o rodízio das câmeras entre quem não as levou, três acadêmicos do curso de Artes Cênicas e Dança da UEMS tomavam notas. Eram estagiários que acompanharão atividades na escola. Nayandre Loubet, de 21 anos, preenchera uma página do caderno anotando o que observava. “Hoje é o meu primeiro dia. É fascinante perceber a dedicação de cada um deles”, explica a acadêmica. Segundo ela, esse tipo de atividade não é comum em outras escolas públicas da Capital. “E aqui, além de fotografia, eles tem aulas de dança, criação de bijuterias, capoeira. É uma riqueza educacional bastante rara. O melhor é ver como eles aproveitam”, argumenta Nayandre. Assim, aos poucos, se percebe o quanto se pode aprender com a diversidade que existe por ai. 

16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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