Cidades

amor sem barreiras

Afeto e companheirismo marcam o convívio de animais com deficiências e seus donos

Em recuperação em uma clínica, o próximo desafio para Toquinho seria arranjar um novo lar.

Da Redação

26/04/2014 - 18h30
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O cão Toquinho viveu uma série de traumas. Apanhou de um cachorro maior, foi abandonado pela sua antiga família e perdeu a visão, além de outras complicações de saúde.

Em recuperação em uma clínica, o próximo desafio para Toquinho seria arranjar um novo lar. Mas animais com deficiência costumam ser rejeitados e abandonados, dizem os veterinários e protetores animais. “Me dói profundamente, mas o preconceito existe”, afirma a veterinária Vilma dos Santos Fahed, do Hospital do Animal.

Felizmente, Toquinho teve uma nova chance. A psicóloga Anita Pacheco, 30 anos, foi ontem até a clínica veterinária conhecer seu novo amigo. “O que me chamou atenção foi ele ser cego”, revela Anita. “Eu pensei, ‘poxa, ninguém vai querer adotar porque dá trabalho, então eu vou tentar’”.

DÁ TRABALHO?
O trabalho que Toquinho dará a Anita é minímo. Segundo Vilma, basta deixar as coisas no lugar, dentro de casa, para o cachorrinho se acostumar e não sair esbarrando nos móveis.
Anita está animada e também preparada para qualquer dificuldade. “Na minha família tivemos um Pastor Alemão que viveu 16 anos e estava com problemas nas patas e câncer, precisava de muitos cuidados”, conta. “Então isso eu aprendi com meus pais, a ser mais sensível com os animais”.

DESAFIOS EXISTEM
Na casa da servidora pública Flaviana Caldeira, 38 anos, vivem dois cachorros com deficiência. “O Minhoco não tem duas patas e a Belinha só tem três”, explica a dona. Os cuidados com cada um é especial e exige esforços diferentes.

Por conta de uma fratura na coluna, o cão Minhoco perdeu a sensibilidade de alguns músculos. “Ele faz xixi pela casa, não controla mais”, relata Flaviana. Foram meses de tratamento e ajuda profissional. “Hoje ele está estabilizado”. A atenção com o pequeno é constante. “Não é qualquer pessoa que faria o que eu faço”, pontua.

Toda a dedicação e investimento são pagos com gratidão não-humana, segundo explica Flaviana. “Quando chego, da calçada já escuto ele gritando de felicidade. Eu vejo tudo nos olhos dele. É uma gratidão muito maior que a do ser humano”.

Tanto Minhoco quanto Belinha tem cadeirinha de rodas, que usam para correr e passear na rua com a dona. Em casa, os dois cachorrinhos se viram bem sem as rodinhas.

A média do valor de uma boa cadeira para cães é R$ 300. Mas é possível conseguir ajuda por meio de doações e auxílio de ONGs.

COMO QUALQUER OUTRO
Belinha perdeu a pata ainda filhote e, ao contrário de Minhoco, não sofreu fratura na coluna ou qualquer outra complicação mais grave. A vida da cadelinha é normal. “Ela não depende tanto, é um animal como qualquer outro”, descreve Flaviana.

De acordo com a veterinária Vilma, o cachorro e gato não sentem tanto a condição de ter uma deficiência física. “Eles não tem aquela consciência psicológica que a gente tem da questão da estética e limitação”, argumenta a especialisa. “Então você dando atenção, carinho e proporcionando um ambiente próprio, eles vão ser felizes normalmente”, conclui.

Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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