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Aécio Neves vai fazer 'caravana’ pelo Nordeste

Aécio Neves vai fazer 'caravana’ pelo Nordeste

Folhapress

05/07/2014 - 10h27
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Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) vai realizar uma "caravana" pelo Nordeste no início de sua campanha ao Palácio do Planalto, em agosto, como tentativa de fortalecer seu nome na região -reduto político do PT desde o governo Lula. O tucano pretende visitar três Estados do Nordeste por dia para apresentar seu programa de governo, que terá como foco obras de infraestrutura para a região.

O senador vai se licenciar do mandato no início de agosto para se dedicar integralmente à campanha, que vai começar pelo Nordeste.

O foco na região também tem o objetivo de desconstruir a imagem de que o PSDB é contrário a programas sociais criados pelo ex-presidente Lula, como o Bolsa Família. Aécio quer disseminar no Nordeste seu projeto de transformar o Bolsa Família em programa de Estado, atingindo a parcela do eleitorado alvo dos programas de transferência de renda.

O projeto tramita no Senado, mas não foi aprovado depois de sucessivas manobras de senadores aliados da presidente Dilma Rousseff para adiar sua análise.

Em seu programa de governo que será entregue à Justiça Eleitoral no final desta semana, o tucano vai dedicar um capítulo ao Nordeste. Aécio vai detalhar obras a serem implementadas na região se for eleito, como a conclusão da rodovia Transnordestina e da transposição do rio São Francisco.

O candidato quer mostrar "gargalos" de obras na região, apontando o que considera "erros" de governos do PT. O tucano vai mencionar obras de infraestrutura realizadas no período em que governou Minas Gerais como modelo para serem repetidos na região.

Aécio também espera contar com o que chama de "exército" de militantes no Nordeste depois dos palanques que construiu na região.

No Ceará, por exemplo, o senador conseguiu o apoio de Eunício Oliveira (PMDB), candidato ao governo do Estado, que terá como candidato ao Senado o tucano Tasso Jereissati. No âmbito nacional, Eunício é líder do PMDB no Senado, partido que é principal aliado do governo.

O senador diz ter palanques "sólidos" em todos os Estados do Nordeste, especialmente na Bahia, Sergipe, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.

O modelo de "caravanas" foi adotado pelo ex-presidente Lula na década de 90, durante campanha ao Palácio do Planalto. O petista realizou "caravanas da cidadania" pelo país para se aproximar do eleitorado e defender suas propostas de governo.

São Paulo
Além do Nordeste, Aécio vai priorizar São Paulo na campanha presidencial. Depois de escolher o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) como vice em sua chapa, o tucano vai explorar o mote da 'força' do PSDB no Estado.

Aécio vai investir em estratégias de comunicação específicas para o eleitorado paulista, mostrando que tem ao seu lado o governador Geraldo Alckmin (PSDB), Aloysio e o ex-governador José Serra (PSDB) -que vai disputar uma vaga ao Senado na chapa de Alckmin.

Em conversas com aliados, Aécio disse que a decisão de Serra de disputar o Senado será 'crucial' em sua campanha, mostrando unidade do PSDB no Estado.

O candidato tucano disse a interlocutores que a "construção" feita por Alckmin foi decisiva para garantir a vaga a Serra, mesmo perdendo o apoio de siglas como o PTB, que disputavam a indicação ao Senado. O senador disse a aliados que Alckmin agiu com "desprendimento" ao permitir um resultado de consenso no PSDB.

A articulação dos tucanos inclui a indicação de Serra para um ministério, caso Aécio seja eleito, abrindo caminho para o deputado José Aníbal (PSDB-SP) assumir a cadeira no Senado já que o tucano será suplente de Serra. Aníbal pleiteava a vaga ao Senado dentro do PSDB.
Mesmo com a escolha de Márcio França (PSB) para vice de Alckmin, Aécio avalia nos bastidores que não haverá divisão de palanques em São Paulo, sem a possibilidade de seu adversário Eduardo Campos (PSB) ganhar visibilidade com Alckmin.

Os tucanos trabalham com o cenário da disputa direta com Paulo Skaf (PMDB) em São Paulo porque consideram que a candidatura do petista Alexandre Padilha não decolará ao ponto de ameaçar o PSDB no Estado.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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