Cidades

NIOAQUE

Adolescentes recolhidos em delegacia causam polêmica

Adolescentes recolhidos em delegacia causam polêmica

Heloísa Garcia

28/03/2012 - 11h14
Continue lendo...

O Sindicado dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol/MS) denunciou a apreensão de cinco adolescentes de idades entre 16 e 17 anos e um jovem de 18 anos, que estão há quase um mês em uma cela da Delegacia de Polícia (DP) da cidade de Nioaque (MS).

Segundo o diretor jurídico da Sinpol, Giancarlo Corrêa Miranda, os adolescentes não são de Nioaque, e sim de Maracaju (MS), localizada a 135 quilômetros de distância. Os crimes que, segundo ele, seriam de tráfico de drogas e tentativa de homicídio, não foram cometidos em Nioaque e há uma Unidade Educacional de Internação (Unei) instalada na cidade de origem dos jovens. Ou seja, não há motivo claro que explique a situação dos apreendidos.

O juiz da 2° Vara de Juizado Especial Adjunto de Maracaju, Alecxandro Motta, visitou a Delegacia de Polícia e disse que iria interditar a cadeia pública para que os menores fossem transferidos, mas não revelou quando e como o procedimento será feito. Procurado pelo Correio do Estado, o juiz informou que se pronunciará oficialmente por meio de nota durante a tarde de hoje (28). Ele adiantou apenas que nem todos os jovens são de Maracaju.

De acordo com a titular da Delegacia de Nioaque, Maíra Pacheco Machado, os menores foram recambiados de outra comarca. "Foi uma decisão da justiça. Avisamos que a delegacia não é o local apropriado para esses adolescente, mas não podemos recusar uma ordem judicial", informa.

Ela disse ainda que os adolescentes estão no corredor do prédio desde sábado (24), após uma tentativa de fuga. "Eles foram interceptados por um investigador, que viu o momento em que eles faziam um buraco na parede para fugir", completa.

A delegada relata que a situação na delegacia é crítica. "Aqui, como em muitas unidades do interior, não tem condições para esta situação. Temos apenas um investigador de polícia, que está exercendo a função de agente penitenciário, e estamos sob escolta da PM", disse.

A Sinpol justifica a denúncia dizendo que a prisão, além de ilegal, é contrária ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), porque os jovens estão longe das famílias. O sindicato entrou com uma representação contra os responsáveis, alegando que a DP virou um “caos”.

Maíra diz que o caso já foi devidamente relatado ao Judiciário e ao Ministério Público. "A situação está nas mãos do Ministério Público. Temos que aguardar uma decisão judicial para que isso se resolva", finaliza.

Matéria atualizada às 11h45min para acréscimo de informações
 

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

Continue Lendo...

O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

Assine o Correio do Estado

POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

Continue Lendo...

A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).