Cada novo aperto no cerco das normas de emissões obriga as marcas de motocicleta a renovarem as especificações de seus modelos.

Na atual “rodada”, na linha 2018, a Honda retrabalhou seus modelos de média-alta cilindrada 650F: a naked CB e a esportiva CBR. E já que estava com a mão na massa, pois teria de mexer no mapeamento, promoveu ajustes também no motor, no câmbio, no visual, no escape e na suspensão dianteira.

A razão principal é adequar-se aos limites do Promot. Mas a motivação por trás destas mudanças é buscar a liderança no nicho entre 600 e 800 cc, um dos pouco do mercado brasileiro que não é dominado pela marca.

As poucas alterações do motor e do visual estão intimamente ligadas. A potência subiu de 87 para 88,5 cv graças a uma melhor respiração do motor de quatro cilindros em linha.

O filtro de ar ficou maior e cada um dos quatro dutos das borboletas ganhou 1 mm de largura. Novas entradas de ar foram inseridas na carenagem. A naked CB ganhou duas pequenas tomadas de ar sobre o farol e mais duas nas aletas do tanque. Já na esportiva CBR, as novas entradas ficam em todo o entorno do farol.

O escape ganhou um novo desenho interno, para deixar a saída mais livre e aproveitar melhor o maior fluxo no motor.

Além da carenagem redesenhada, a mesa da CBR recebeu um revestimento com uma trama que imita fibra de carbono. Os plásticos de acabamento, que eram em preto fosco, ficaram em preto brilhante. 

Na CB, houve uma diferença um pouco maior. O guidão agora é mais 7 mm baixo, o que mudou sutilmente o triângulo de pilotagem – entre punho, pedal e assento –, que ficou um pouco mais esportivo.

*Leia reportagem no suplemento Correio Veículos na edição de sábado/domingo do jornal Correio do Estado.