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Radares devem registrar 1,2 milhão de multas ao ano

Média é de 102 mil autuações por mês

6 OUT 2017 • POR JONES MÁRIO • 06h00

A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) estima aplicar 1,2 milhão de multas por ano com a reativação dos equipamentos eletrônicos de fiscalização, conhecidos como radares.

A média de 102 mil autuações por mês está prevista no edital de licitação para a operação dos aparelhos, lançado na última quarta-feira pela autarquia.

Os maiores “vilões” dos motoristas infratores de Campo Grande devem ser os próprios agentes de trânsito, que receberão 50 talonários eletrônicos de infrações.

O aparelho substituirá o talonário manual. Segundo estimativa da Agetran, o equipamento deve responder por 48 mil multas aplicadas por mês.

Já os 109 equipamentos mistos (localizados com os semáforos) prometem registrar 21.800 infrações em 30 dias. Os sistemas inspecionam conversão à esquerda, parada sobre faixa, velocidade e infração por passagem em sinal vermelho com registro de imagens.

As 20 câmeras de videomonitoramento licitadas pela Agetran devem gerar média de 12 mil multas, segundo estimativa. As imagens serão geridas pela Central de Monitoramento de Trânsito, prevista para ser instalada na sede da autarquia.

Os 97 radares, chamados de “equipamentos tipo fixos e discretos”, têm previsão de flagrar 11.640 situações de infração de trânsito por mês. Os sistemas atuais - inoperantes desde o fim do contrato com a Perkons, em dezembro do ano passado -, serão substituídos pela vencedora da licitação.

A Agetran também vai adquirir três equipamentos de radar estático portátil, apelidado popularmente de “secador” e utilizado por agentes de trânsito para identificar situações de abuso de velocidade. Os aparelhos devem gerar 6 mil multas por mês.

Por último, as 30 lombadas eletrônicas, formalmente denominadas de “equipamentos tipo fixos e ostensivos”, podem registrar 3 mil infrações a cada 30 dias.

Questionado sobre a reativação dos radares, o prefeito Marcos Trad (PSD) afirmou que os “equipamentos são mais preventivos do que punitivos. Ninguém coloca radar para engordar ou arrecadar dinheiro aos cofres públicos”.

O diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno, foi procurado por telefone e via assessoria de imprensa para comentar a quantidade de multas previstas, mas não retornou até o fechamento desta matéria.

*Colaborou Bárbara Cavalcanti.