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Valdivia sai do banco e garante festa do Palmeiras nas semifinais

Valdivia sai do banco e garante festa do Palmeiras nas semifinais

GAZETA ESPORTIVA

12/04/2015 - 12h20
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O Palmeiras fez 20 contratações na temporada, mas precisou de dez minutos do jogador mais caro do elenco, que já estava no clube, para passar por sua primeira decisão no ano. O torcedor acordou cedo para garantir o melhor público de 2015 no Palestra Itália, e só conseguiu festejar quando Valdivia saiu do banco para criar a jogada do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, colocando o time nas semifinais do Campeonato Paulista.

O chileno entrou em campo aos 16 do segundo tempo. Aos 26, roubou a bola na defesa, acionou o ataque, recebeu na meia-lua, enganou a marcação ao fingir que chutaria e abriu para Lucas fazer a assistência para Leandro Pereira, autor do gol da classificação. Mas que viu a torcida cantar o nome do camisa 10, frequente desfalque e que negocia a renovação do contrato que acaba em agosto.

Antes, o que se viu foi um time com presença de ataque, mas temeroso a chutar. No primeiro tempo, Dudu acertou a trave com o gol vazio, e o árbitro ainda anulou gol do Botafogo vendo contestável falta sobre Fernando Prass aos cinco minutos de jogo. ao final, porém, festa do Verdão, que espera pela definição de seu adversário na próxima fase, quando certamente será visitante por conta de sua campanha.

O jogo

Oswaldo de Oliveira abriu mão da movimentação de Cristaldo para ter uma referência com estatura no ataque, apostando em Leandro Pereira. Com Cleiton Xavier e Valdivia no banco, a estratégia era no toque de bola de Rafael Marques, Robinho e Dudu, que, teoricamente, teriam mais espaço com o centroavante segurando a zaga na área.

A tensão dominou os primeiros minutos, fazendo até Zé Roberto, aos 40 anos, se desentender com um adversário. Só Robinho soube ter tranquilidade para tentar repetir o seu golaço sobre Rogério Ceni que valeu placa, encobrindo o goleiro Renan Rocha ao quatro minutos, mas por cima do gol.

Apesar do lance, estava difícil se aproximar da área do Botafogo, e o Verdão resolveu repetir a estratégia que definiu rapidamente a vitória sobre o Mogi Mirim, na semana passada. O time inteiro, com a óbvia exceção de Fernando Prass, ficou no terço central do gramado, esperando um contra-ataque para usar a velocidade. A dinâmica de Arouca para transitar entre todos os setores e a movimentação de Gabriel para marcar facilitava a ideia.

A tática, entretanto, atraiu o Botafogo e quase foi fatal. Aos cinco minutos, após cobrança de escanteio, Bruno Costa empurrou a bola para as redes vazias. Mas, para sorte palmeirense, o árbitro Marcelo Rogério não concordou com o assistente, que validou o gol, e marcou falta sobre Fernando Prass antes da finalização.

Coube ao Palmeiras tentar respirar, mas não adiantou dar alguns passos à frente e dominar o campo adversário a partir dos 20 minutos. O adversário, mesmo quando estava com a bola, tinha sempre alguém próximo de qualquer jogador do Palmeiras. A chave era não desperdiçar uma rara chance, como Dudu acabou fazendo.

Aos 22 minutos, Zé Roberto cruzou na área, Victor Ramos ganhou de cabeça e a bola sobrou limpa, com o gol vazio para o atacante. A contratação mais cara da temporada conseguiu empurrar com o pé a bola na trave. A torcida se enervou, e ficou ainda mais irritada aos 25, quando Dudu rolou para Leandro Pereira finalizar no contrapé do goleiro, que evitou a abertura do placar com uma grande defesa.

O resto do primeiro tempo foi de nervosismo. Robinho e Lucas, presença constante no ataque, não acertavam quase nada, e o Palmeiras não criava. A ida para o intervalo quase piorou, não fosse Fernando Prass, que saiu da área como o alemão Neuer para cortar lançamento, já nos acréscimos.

Nos vestiários, Zé Roberto, uma das poucas opções eficientes na frente, reclamou de incômodo muscular e Victor Luis entrou em seu lugar. O que mudou, efetivamente, foi a presença maior no ataque, que proporcionou lance no qual Dudu pediu pênalti após se enroscar com Gimenez. O ímpeto, porém, abriu espaços e o veterano Zé Roberto do Botafogo, ex-Vitória, perdeu chance clara em contra-ataque aos 13.

Oswaldo de Oliveira, contudo, se lançou à frente. Abriu mão de Gabriel, que tinha cartão amarelo, para recuar Robinho como volante e levantar a torcida colocando Valdivia, aos 16. Dois minutos depois, o chileno recebeu entrada dura de André Rocha, mostrando que poderia mudar o jogo. Logo depois da cobrança, levou perigo cabeceando de costas para o gol.

O jogo ficou aberto, a ponto de a arbitragem anular gols de Diogo Campos e Dudu. Cenário que favorecia Valdivia. Aproveitando-se também do cansaço dos adversários, Valdivia transitava tranquilamente, com fôlego até para voltar à defesa e roubar a bola, além de chegar à frente. Como gosta, e da forma que é decisivo.

Aos 26, o jogador mais caro do elenco fez desarme atrás do meio-campo, acionou o ataque e foi à meia-lua. Recebeu com espaço de chutar, mas optou por enganar a marcação e rolar para Lucas cruzar rasteiro. Leandro Pereira, dessa vez, não parou em Renan Rocha, desviando nas redes e fazendo o gol que gerou instantaneamente na torcida o grito pelo nome do chileno.

O resto do jogo serviu para o palmeirenses e o Palmeiras, enfim, tentarem respirar. O Botafogo estava visivelmente cansado, facilitando a estratégia do Verdão de prender a bola, tocando-a para Valdivia decidir o que fazer com ela. Houve tempo até para Cleiton Xavier reestrear, entrando nos acréscimos. Estava garantida a festa e o alívio alviverde na tarde deste domingo.

Campeonato Estadual

Operário vence Dourados e garante o 13º título do Campeonato Sul-mato-grossense

Após perder a vantagem em Dourados, o Galo de Campo Grande venceu por 3 a 1, em casa e volta ao cenário do futebol nacional.

21/04/2024 18h04

O volante Matheus Freire comemorando o 3º gol do Operário. Fotos: Gerson Oliveira

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O Operário Futebol Clube conquistou seu 13º título do Campeonato Sul-mato-grossense. Na tarde de hoje (21), o Galo de Campo Grande venceu o Dourados Atlético Clube por 3 a 1 no estádio Jacques da Luz e levantou a taça de campeão Estadual de 2024.

Bastante abalado pelo desempenho aquém do esperado na primeira partida, na qual o Galo perdeu no Estádio Fredis Saldivar por 1 a 0, o Operário foi para cima do Dourados no início do jogo, mas acabou enfrentando dificuldades na defesa contra o DAC.

O primeiro gol da partida foi marcado aos 30 minutos do primeiro tempo. Em um lançamento defensivo realizado pelo zagueiro Júnior Fell, o atacante Bidick, em velocidade, encontrou a bola, dominou-a e chutou na saída do goleiro Léo Lopes, fazendo 1 a 0 para o Galo.

Após o gol, o Operário continuou pressionando e aos 40 minutos do primeiro tempo, Pedrinho recebeu a bola na frente do gol e chutou no canto esquerdo do goleiro do DAC, ampliando o placar para 2 a 0 e igualando o resultado.  

Com o placar à frente, Operário decidiu estudar as ações do DAC nos primeiros minutos da etapa final. Sabendo da responsabilidade de que um gol poderia mudar todo o cenário, os técnicos Rogério Henrique, do Dourados, e Leocir Dall'astra, do Operário, fizeram alterações em suas equipes para equilibrar os times e intensificar o ataque.  

As mudanças para o lado do DAC, que precisava de pelo menos um gol, não surtiram efeito. O Operário seguiu pressionando e aos 36 minutos do segundo tempo, o volante Matheus Freire acertou um lindo chute de longa distância, marcando um golaço e ampliando para 3 a 0, o que levou os 2.926 torcedores que acompanhavam a partida à loucura.

Na comemoração do terceiro gol, jogadores do Operário começaram a provocar os atletas do DAC, iniciando uma verdadeira briga generalizada, com socos e pontapés. Alguns jogadores, como o goleiro Elissom, sofreram lesões no nariz, e o árbitro Paulo Henrique Salmazio foi obrigado a expulsar quatro atletas, dois de cada time.

O goleiro do Operário, Elissom ficou bastante ferido no nariz após participar da briga generalizada entrre os atletas do DAC e Operário.Goleiro Elissom ficou bastante machucado após se envolver na confusão generalizada entre os atletas do DAC e Operário. Fotos: Gerson Oliveira 

Os atletas expulsos foram o meia Marcelinho Araxa e o atacante Johnny pelo Operário; pelo lado do Dourados, o técnico Rogério Henrique e o defensor Rildo.

Logo após as expulsões, o DAC não conseguiu reagir na partida, mas antes do apito final, conseguiu único gol de honra com o atacante Nonato, 3 a 1. 

Após 10 anos longe do cenário nacional, o vice-campeão estadual, o Dourados Atlético Clube jogará a Copa do Brasil de 2025.

O maior campeão sul-mato-grossense (1980, 1981,1983, 1986,1988,1989,1991,1996,1997,2018, 2021, 2022 e 2024) , o Operário volta ao cenário nacional com a participação na Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro da Série D e também na Copa Verde de 2025.  

“[Dourados] Souberam aproveitar a final, especialmente respeitando a camisa do Operário, um grupo que merece estar nas finais. Estou muito feliz por ter entrado naquele momento com a cabeça tranquila e confiança para ajudar meus companheiros. Agora, é aproveitar esse momento e deixar uma marca na história do clube", relatou o volante Matheus Freire à reportagem do Correio do Estado.

Operário Conquista o 13º titúlo estadual, appós vencer o Dourados Atlético Clube por 3 a 0. Operário Conquista o 13º titúlo estadual, após vencer o Dourados Atlético Clube por 3 a 0. Fotos: Gerson Oliveira

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Pantaneiros do Hóquei

Irmãos representam MS em competição internacional com a seleção brasileira de hóquei no gelo

A seleção brasileira entra na quadra neste domingo (21) e o primeiro jogo ocorre contra Irlanda em competição sediada na Eslováquia

21/04/2024 12h00

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Os irmãos Daniel, 37 anos, e Julio Leite Baptista, 34 anos, foram convocados para disputar um torneio com a Seleção Brasileira de Hóquei no Gelo, em um campeonato em Bratislava, na Eslováquia.

A competição IIHF Development Cup ocorre entre os dias 21 a 27 de abril. Essa é a primeira vez que a seleção brasileira participa da competição. No torneio a seleção brasileira enfrentará Argentina, Colômbia, Grécia, Irlanda e Portugal.

O maior desafio, segundo Daniel, fica por conta da Argentina e Colômbia, enquanto todos os jogadores da seleção atuam no Brasil, os outros times atuam com jogadores que moram nos Estados Unidos.

"O maior desafio vai ser Argentina e Colômbia. Argentina e Colômbia são equipes amadoras que nem a gente. Mas eles possuem muitos jogadores que moram nos Estados Unidos há muito tempo, cresceram nos Estados Unidos. Tanto que alguns nem falam espanhol. Eles jogam falando inglês um com o outro. E esses jogadores jogam lugares com infraestrutura muito grande para a prática do esporte", destacou Daniel

"O time do Brasil é 100% de brasileiro. O local é São Paulo, Rio de Janeiro, Bragança, Sertãozinho. E acho que são as principais cidades onde os nossos jogadores são. Então a maior dificuldade vai ser contra os próprios latinos. Irlanda, Grécia e Portugal são times que a gente não conhece, nunca jogamos contra eles. Mas pelos vídeos que a gente acompanhou vão ser jogos disputados, mas talvez não tanto contra a Argentina e Colômbia que são os favoritos".  

Conforme a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, Seleção Brasileira de hóquei não participa de uma competição desde o final do Campeonato Panamericano de Hockey no Gelo em 2017.

A competição busca estimular outros países a desenvolver locais adequados para o treinamento dos atletas, como a quadra nas dimensões oficiais(60×30 metros). 

Para o diretor técnico de Hockey da CBDG e chefe de equipe da Seleção em Bratislava,  Salvador Ferreira, o principal objetivo desse evento é descobrir como está o nível do hockey brasileiro em relação a outros membros da IIHF.

A projeção com relação ao futuro com a aquisição de uma quadra oficial é de que nos próximos três anos a seleção brasileira consiga disputar o pré-olímpico de 2030.

Os jogos Olímpicos de inverno possuem 12 vagas, três delas são disputadas pelas seleções das 8 divisões do mundial que optarem se inscrever.

 

 

 

 

 

Hóquei na Cidade Branca

Os irmãos Baptista, naturais de Corumbá, começaram a treinar ainda criança, em torno de 10 anos, com patins e a paixão pelo esporte não parou. Em um intercâmbio no Canadá em que Daniel ficou Toronto e Julio em Winnipeg, por dois anos, onde puderam aprimorar as habilidades na modalidade em rinque de gelo com estrutura adequada. 

Em conversa com o Correio do Estado, os pais, Antônio Vitor e Helena Leite Baptista, relataram que a emoção de ver os filhos disputando competições continua a mesma desde o primeiro jogo representando o Brasil. 

 

Sul-americano infantil na Argentina 2004

Tudo começou quando os irmãos assistiram ao filme Ducks (Nós Somos Campeões) de 1992, dirigido por Stephen Herek que conta a história de um advogado que teve que prestar serviço comunitário treinando uma equipe de hóquei infantil. 

"Eles adoram o hóquei, desde pequenos, quando ficaram fascinados pelo esporte, após se encantarem com filme da história dos Ducks", explica o pai Antônio Vítor. 

"Logo descobriram que no Shopping de Quijarro, Bolívia, cidade vizinha de Corumbá, vendia equipamentos de hóquei de patins, eles e os amigos, nos influenciaram, seus pais, para comprar. Um deles, o Gabriel Marinho, tinha uma pequena quadra em sua casa, aí começou a história dos pantaneiros do hóquei". 

 

 

 

Por fim, os irmãos ficaram sabendo de patinadores em Campo Grande que estavam praticando hóquei nos altos da Afonso Pena. Após entrar em contato marcaram o primeiro jogo intermunicipal e a partir de então nunca pararam. "Eles viviam jogando em espaços que haviam em praças, estacionamento, quadras, praças", rememora Antônio.

 

Conquistas do Brasil no Hockey

2007 – Brasil conquista o ouro na Divisão 1 do Mundial de Hockey Inline da IIHF (Federação Internacional de Hóquei no Gelo).

2014 – Após quatro anos, Brasil retorna ao Mundial de Hockey Inline da IIHF.

2014 – Brasil participa da primeira edição do Pan-americano de Hockey no Gelo, disputado na Cidade do México, e termina na quinta colocação.

2015 – Brasil conquista inédita medalha de bronze no Pan-americano de Hockey no Gelo.

2016 – Brasil fica na quarta posição do Pan-americano de Hockey no Gelo, no México.

2017 – Pela primeira vez, o Brasil envia duas equipes para participar do Pan-americano de Hockey no Gelo. Equipe A termina na quinta posição, enquanto que a equipe B é a oitava.

2017 – Brasil retorna ao Mundial de Hockey Inline da IIHF após três temporadas.

 

Dicionário Hóquei do Gelo

Face-off: é o recomeço da partida após cada interrupção. Um atleta de cada equipe ficam um de frente para o outro e aguardam o lançamento do puck pelo árbitro para recomeçarem o jogo.

Icing: penalização comum no hockey no gelo. Acontece quando a equipe na zona de defesa “rifa” o puck e ele atravessa três das cinco linhas que marcam as zonas no rink. A punição, porém, só é marcada quando a própria equipe que se desfez da jogada toca o disco primeiro.

Puck: é o disco que os atletas precisam conduzir no rink de gelo para fazer os gols.

Stick: é o taco que os atletas usam para conduzir o puck.

 

O resultado dos jogos pode ser acompanhado por meio do perfil do Instagram @icebrasil ou clicando aqui.

 

(Com informações da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo)

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