A Operação Lava Jato irá investigar obras que podem ter sido superfaturadas ou manipuladas para os Jogos Olímpicos Rio-2016. Pelo menos cinco empresas que estão sob investigação da PF (Polícia Federal) e que caíram na Lava Jato têm ligação contratual com o governo: os contratos são referentes às obras que foram ou que estão sendo realizadas visando o maior evento esportivo do mundo.
A PF acredita que possam existir irregularidades como, por exemplo, o pagamento de propina nos processos de licitação de construções para a Olimpíada de 2016.
"Em todas as situações em que alguma investigação foi feita nas contratações dessas empresas, esse modelo de corrupção se repetiu", disse o delegado Igor Romário de Paula à Reuters, em entrevista por telefone. As empresas citadas pelo delegado são a Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Carioca Christiani Nielsen Engenharia.
O presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão em agosto em função das acusações de corrupção no inquérito da Petrobras.
Executivos da Andrade Gutierrez e da Queiroz Galvão foram postos em prisão preventiva e também enfrentam denúncias de corrupção, bem como Marcelo Odebrecht – presidente da Odebrecht –, que está preso desde junho.
Até agora, segundo o delegado Igor Romário de Paula, não existem provas de crimes relacionados a obras dos Jogos Olímpicos. Desde que começou, em março de 2014, a operação Lava Jato já recuperou cerca de 2bi.