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José Aldo declara aposentadoria do MMA e dispara: "Estou de saco cheio"

José Aldo declara aposentadoria do MMA e dispara: "Estou de saco cheio"

Combate

28/09/2016 - 08h54
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Campeão interino do peso-pena do Ultimate, José Aldo chegou ao limite de sua paciência. Após a confirmação da luta entre Conor McGregor e Eddie Alvarez no UFC de Nova York, dia 12 de novembro, o lutador da Nova União declarou sua aposentadoria do MMA, nesta terça-feira, em entrevista ao programa "Revista Combate" (veja o vídeo aqui). Após o brasileiro pedir, em entrevista exclusiva ao Combate.com, a liberação de seu contrato com o UFC, Dana respondeu dizendo que não lhe daria isso e que tentaria chegar a uma solução para o problema.

- Vi o que o Dana falou. Desde que eu perdi eles prometeram uma coisa para mim. Vinha no meu pensamento que eu não queria nem mais lutar MMA, chegou uma hora que chegou no meu limite. Sentei com o Dedé há muito tempo, ele me convenceu de continuar, lutei com o Frankie Edgar para ganhar, foi a luta do Dedé. Quando acabou a luta eu ofereci a vitória a ele. Depois disso, estava esperando, o cara falou que a luta estava fechada, pessoas do UFC falaram que a gente conseguiu a luta. A gente conquistou isso, falaram que a gente tinha que lutar com o Frankie Edgar. Não é que estou de cabeça quente, revoltado, nada disso. Estou muito tranquilo, conversei desde muito antes que queria encerrar minha carreira aos 30 anos de idade e tomar novos rumos. Eu nunca lutei por dinheiro, queria fazer um trajetória boa e deixar um legado na categoria. Queria me aposentar como único campeão peso-pena, mas não foi dessa maneira. Sou campeão interino, estou lá em cima, mas estou realmente estou de saco cheio.

José Aldo reforçou o pedido para que o UFC o libere do contrato e afirmou que a questão não tem nada a ver com a parte financeira.

- Hoje de manhã estava conversando com o Dedé... Se eles oferecerem qualquer coisa... Para mim, não é questão de dinheiro, eu não aguento mais. Chegou no meu limite. Se ele (Dana) gosta de mim e da minha família como falou, só peço que ele me libere normalmente, não quero briga com ninguém. Quero sair do jeito que eu entrei. O UFC nunca me deu nada, nem o WEC, nem ninguém. Foi tudo mérito meu, da minha equipe e da minha família. Em nenhum momento eles me deram alguma coisa. Eu conquistei com méritos meus. Dei muito mais a eles do que eles me deram em troca. Só quero que possam me liberar do contrato. Se eles me oferecerem milhões, podem ficar para eles, não quero. Desculpe a expressão, mas não sou puta para me vender. Sou homem. Meu pai me fez assim.

O lutador relembrou ainda que, em 2013, quando queria subir para enfrentar Anthony Pettis, então campeão dos leves, Dana White o avisou que precisaria abrir mão do cinturão dos penas. A situação é parecida com a de Conor McGregor, atual dono do título linear dos penas e que irá desafiar Eddie Alvarez, nos leves, porém, sem abrir mão de seu posto, paralisando a divisão.

- Quando eu quis lutar contra o Pettis, anos atrás, o Dana falou que eu tinha que largar a categoria, abandonar o cinturão para lutar na divisão de cima. Se perdesse, voltaria para reconquistar. Não achei justo, fiquei na minha, eu era o campeão. Estava tentando fazer uma coisa boa para o evento, para todo mundo. O que aconteceu agora é diferente. Não é questão de lutar. Eu esperava defender o cinturão contra o Pettis ou o Holloway. Ele (McGregor) pode lutar contra o Alvarez, contra o Tyron Woodley, contra qualquer um. A minha vida e a do peso-pena tem que continuar. Só quero que o UFC me libere para eu seguir a minha vida, minha carreira em outro esporte, que sempre tive o sonho. Ele (Dana) tinha falado que faríamos a luta contra o Conor pelo cinturão, senão ia enfrentar um desses dois (Pettis ou Holloway). Agora vai querer esperar até a luta (McGregor x Alvarez) acontecer. Se ele (McGregor) perder, luta comigo. Se ganhar, fica no leve e abandona (o título) para eu enfrentar o Holloway. Isso não é uma coisa legal. Está prejudicando a mim, que fiz história, o Holloway, o Pettis, o Frankie ou o peso-pena que for. Não é só falta de respeito com o Aldo, é com a categoria toda. Se o outro ganha, vai querer botar com quem não tem nada a ver.  

Esportes

Acusação apresenta recurso e diz temer por fuga de Daniel Alves da Espanha

Brasileiro foi solto após pagar R$ 5,4 milhões à Justiça Espanhola

26/03/2024 19h00

Arquivo

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A advogada da vítima de Daniel Alves, Ester García López, apresentou na segunda-feira (25) o recurso referente à soltura do brasileiro, concretizada após ele pagar R$ 5,4 milhões (1 milhão de euros).

O Ministério Público da Espanha também entrou com um pedido de anulação da liberdade provisória.

O principal ponto da acusação, no recurso, é a probabilidade de Daniel Alves fugir para o Brasil. 

O documento alerta que o risco de fuga continua iminente, uma vez que o brasileiro não tem vínculos suficientes com a Espanha e tem capacidade econômica para deixar o país a qualquer momento.

Daniel Alves tem um imóvel em Barcelona, mas, de acordo com a acusação, não comprova qualquer vínculo com a cidade. O brasileiro já disse que só viaja a Espanha para passar férias.

A apelação releva a importância da presença de Joana Sanz, esposa do brasileiro, que vive na Espanha; pontua que toda a família do jogador vive no Brasil, o que possibilitaria que ele fugisse para seu país de origem, abandonando o processo.

No recurso, a acusação relembra sequenciais decisões do Tribunal de manter a prisão preventiva de Daniel Alves -as duas últimas aconteceram três meses antes do julgamento, em 23 de novembro de 2023 e em 5 de dezembro de 2023.

Em ambas as datas, o Tribunal negou a liberdade provisória ao brasileiro, alegando que a proximidade à data do julgamento aumentaria as chances de fuga.

CONTRADIÇÃO

A apelação ressalta o que diz a lei espanhola sobre prisão preventiva: o tempo máximo em que um réu pode ficar preso preventivamente é dois anos, prazo que pode ser renovado se a pena do crime for superior a três anos.

Daniel Alves cumpriu 1 ano e dois meses de prisão, tendo ainda mais dez meses antes que seja julgada a necessidade de renovar a prisão preventiva.

O recurso afirma que todo o caso foi cauteloso para preservar a vítima e evitar, ao máximo, revitimizá-la, uma vez que o fato de ser uma história midiática por si só já o faz constantemente.

A soltura de Daniel Alves antes da decisão em segunda instância, havendo uma condenação em primeira instância, diz a acusação, revitimiza a mulher estuprada pelo brasileiro.

O documento aponta, ainda, que a decisão de liberdade mediante pagamento de fiança passa uma mensagem preocupante à sociedade: como se a condenação por um crime de estupro pudesse ser revogada com o pagamento de fiança.

Daniel Alves foi solto na manhã de terça-feira (25) e deixou a penitenciária de Brians 2 ao lado da advogada Inés Guardiola. Ele foi condenado em primeira instância a quatro anos e seis meses de prisão por estupro.

Campeonato Sul-Mato-Grossense

TJD multa médico do Costa Rica em R$ 15 mil após caso de injúria racial

O CREC também foi punido e perde dois mandos de campo

26/03/2024 17h26

Foto/ Reprodução

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O Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD/MS) puniu o Costa Rica com a perda de dois mandos de campo e o médico do clube, Marcus André dos Santos, acusado de racismo pelo árbitro Rosalino Sanca, a pagar R$15 mil. Ambas as decisões cabem recurso.

O caso, que ganhou forte repercussão, ocorreu na partida da primeira fase do Campeonato Sul-Mato-Grossense, no dia 3 de março, entre Costa Rica e Operário, no estádio Laertão.

Sanca atuava como quarto árbitro, quando em um momento de confusão, o médico do clube teria dito: "Esse neguinho gosta de confusão". 

O momento em que o árbitro Rosalino Sanca foi xingado foi filmado. Nas imagens, Sanca é visto pedindo a um funcionário que estava sentado na cadeira para sair da tenda destinada à arbitragem. A pessoa se levantou irritada e se retirou do local, citando as palavras: 'Por isso que ninguém gosta de você aqui'. Na sequência, o médico disparou ofensas ao árbitro.

De acordo com o documento analisado pelo TJD, sobre o episódio, o clube foi condenado no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê multa de R$ 15 mil e punição de cinco jogos. 

Segundo o TJD, o Costa Rica tem até três dias para apresentar o recurso contra a decisão. Como o clube foi eliminado do Estadual, a punição deve ser cumprida em 2025. 

 

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