"Quando se vive uma boa fase, surge assédio de outros clubes, mas todo mundo sabe da palavra que existe entre eu e o presidente (Alírio Moraes). Vocês têm que perguntar a ele por que o contrato não foi assinado", disse Grafite, na última quarta-feira, após a goleada de 4 a 1 sobre o Cruzeiro.
Essa é talvez a única pergunta capaz de abalar a serenidade que reina hoje no Santa Cruz, líder do Brasileiro.
Por que o atacante ainda não renovou o seu contrato?
O acordo, segundo insistem as partes, está apalavrado desde o início do mês e deve ser colocado no papel em breve. Um detalhe, no entanto, ainda segura a prorrogação do vínculo que se encerra em 31 de julho: as luvas. Para evitar que a novela se estenda mais e a ansiedade aumente nos arredores do Arruda, a diretoria tricolor quer que a torcida 'banque' a conta.
Conforme apurado pelo ESPN.com.br, o objetivo é usar um percentual da renda de seus próximos compromissos em casa para arcar com o valor pedido por Grafite para manter os seus gols no time coral.
Nas três primeiras rodadas, ele balançou as redes seis vezes, marca nunca antes alcançada por qualquer outro nome na história dos pontos corridos. O seu aproveitamento é de quase 100% nas finalizações: em oito, somente duas foram para fora.
O artilheiro de 37 anos recebe cerca de R$ 160 mil no Santa e foi procurado nas últimas semanas por clubes como Flamengo, Vasco, Goiás e Al-Saad, do Catar. Ele disse 'não' a todas elas.
