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Futebol brasileiro parou no tempo após o penta, diz Kaká

Para o jogador, os técnicos precisam de mais intercâmbio com outras culturas

FOLHAPRESS

21/12/2014 - 14h33
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Ao fazer uma análise acerca do atual momento do futebol brasileiro, o meia Kaká afirmou, em entrevista exibida neste domingo (21), que o Brasil parou no tempo após vencer a Copa do Mundo de 2002. "O futebol brasileiro está parado. Parou no tempo e acho muito em função do comodismo de ser penta campeão, de acharmos que somos melhores realmente", afirmou o meia em entrevista à Rede Globo. De acordo com o jogador, que deixou o São Paulo no fim da temporada, os técnicos brasileiros precisam de mais intercâmbio com outras culturas, principalmente as sul-americanas, para que o nível do jogo melhore no país.

"Os treinadores também poderiam aprender sobre os outros. Na Europa, um time espanhol joga contra times ingleses ou contra os italianos. Os treinadores conversam entre eles e aprendem. Aqui nós não vemos a mesma interação com outros países sul-americanos. O pensamento é: eu ganhei dessa forma com muitos anos e vou continuar dessa forma. Essa mentalidade dos técnicos tem que mudar", afirmou. Kaká, de 32 anos, afirmou que ainda pode contribuir com a seleção brasileira no período inicial de trabalho do técnico Dunga, que no ano que vem, terá Copa América e o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

"Eu acredito que minha função vai depender daquilo que o Dunga pretende. Eu acredito que sim (que se vê na seleção) no curto prazo. Eu acho que posso dar um ajuda para essa seleção nesse período de curto prazo. No longo ainda veremos", disse à TV. Ele afirmou ainda que a seleção necessita aprender a jogar sem Neymar, principal atleta na atualidade. O meia ainda analisou o início do Orlando City - time que ele irá defender na liga americana de futebol - e afirmou querer continuar a ser competitivo mesmo com a função de embaixador do clube e da liga no país.

"Quero ser campeão, continuar ganhando, mas de uma forma maior é ajudar no crescimento da liga. Essa liga já começa ter uma amplitude maior e uma amostragem maior, que a liga possa continuar crescendo. Que eu possa ser um dos embaixadores dela, mas também quero ser campeão", concluiu o jogador.

Esportes

Acusação apresenta recurso e diz temer por fuga de Daniel Alves da Espanha

Brasileiro foi solto após pagar R$ 5,4 milhões à Justiça Espanhola

26/03/2024 19h00

Arquivo

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A advogada da vítima de Daniel Alves, Ester García López, apresentou na segunda-feira (25) o recurso referente à soltura do brasileiro, concretizada após ele pagar R$ 5,4 milhões (1 milhão de euros).

O Ministério Público da Espanha também entrou com um pedido de anulação da liberdade provisória.

O principal ponto da acusação, no recurso, é a probabilidade de Daniel Alves fugir para o Brasil. 

O documento alerta que o risco de fuga continua iminente, uma vez que o brasileiro não tem vínculos suficientes com a Espanha e tem capacidade econômica para deixar o país a qualquer momento.

Daniel Alves tem um imóvel em Barcelona, mas, de acordo com a acusação, não comprova qualquer vínculo com a cidade. O brasileiro já disse que só viaja a Espanha para passar férias.

A apelação releva a importância da presença de Joana Sanz, esposa do brasileiro, que vive na Espanha; pontua que toda a família do jogador vive no Brasil, o que possibilitaria que ele fugisse para seu país de origem, abandonando o processo.

No recurso, a acusação relembra sequenciais decisões do Tribunal de manter a prisão preventiva de Daniel Alves -as duas últimas aconteceram três meses antes do julgamento, em 23 de novembro de 2023 e em 5 de dezembro de 2023.

Em ambas as datas, o Tribunal negou a liberdade provisória ao brasileiro, alegando que a proximidade à data do julgamento aumentaria as chances de fuga.

CONTRADIÇÃO

A apelação ressalta o que diz a lei espanhola sobre prisão preventiva: o tempo máximo em que um réu pode ficar preso preventivamente é dois anos, prazo que pode ser renovado se a pena do crime for superior a três anos.

Daniel Alves cumpriu 1 ano e dois meses de prisão, tendo ainda mais dez meses antes que seja julgada a necessidade de renovar a prisão preventiva.

O recurso afirma que todo o caso foi cauteloso para preservar a vítima e evitar, ao máximo, revitimizá-la, uma vez que o fato de ser uma história midiática por si só já o faz constantemente.

A soltura de Daniel Alves antes da decisão em segunda instância, havendo uma condenação em primeira instância, diz a acusação, revitimiza a mulher estuprada pelo brasileiro.

O documento aponta, ainda, que a decisão de liberdade mediante pagamento de fiança passa uma mensagem preocupante à sociedade: como se a condenação por um crime de estupro pudesse ser revogada com o pagamento de fiança.

Daniel Alves foi solto na manhã de terça-feira (25) e deixou a penitenciária de Brians 2 ao lado da advogada Inés Guardiola. Ele foi condenado em primeira instância a quatro anos e seis meses de prisão por estupro.

Campeonato Sul-Mato-Grossense

TJD multa médico do Costa Rica em R$ 15 mil após caso de injúria racial

O CREC também foi punido e perde dois mandos de campo

26/03/2024 17h26

Foto/ Reprodução

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O Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD/MS) puniu o Costa Rica com a perda de dois mandos de campo e o médico do clube, Marcus André dos Santos, acusado de racismo pelo árbitro Rosalino Sanca, a pagar R$15 mil. Ambas as decisões cabem recurso.

O caso, que ganhou forte repercussão, ocorreu na partida da primeira fase do Campeonato Sul-Mato-Grossense, no dia 3 de março, entre Costa Rica e Operário, no estádio Laertão.

Sanca atuava como quarto árbitro, quando em um momento de confusão, o médico do clube teria dito: "Esse neguinho gosta de confusão". 

O momento em que o árbitro Rosalino Sanca foi xingado foi filmado. Nas imagens, Sanca é visto pedindo a um funcionário que estava sentado na cadeira para sair da tenda destinada à arbitragem. A pessoa se levantou irritada e se retirou do local, citando as palavras: 'Por isso que ninguém gosta de você aqui'. Na sequência, o médico disparou ofensas ao árbitro.

De acordo com o documento analisado pelo TJD, sobre o episódio, o clube foi condenado no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê multa de R$ 15 mil e punição de cinco jogos. 

Segundo o TJD, o Costa Rica tem até três dias para apresentar o recurso contra a decisão. Como o clube foi eliminado do Estadual, a punição deve ser cumprida em 2025. 

 

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