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Contra racismo, jogador fica sentado durante hino e recebe críticas nos EUA

Contra racismo, jogador fica sentado durante hino e recebe críticas nos EUA

Folhapress

31/08/2016 - 12h47
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Em 1968, na Olimpíada do México, os velocistas americanos Tommie Smith e John Carlos ergueram os punhos fechados no pódio durante a execução do hino dos EUA, em protesto contra a discriminação racial em seu país. Era o auge do movimento de direitos civis, meses depois do assassinato de seu líder, Martin Luther King Jr. O gesto tornou-se um ícone da história olímpica.

Quase quatro décadas depois, o ressentimento persiste, e o esporte mantém-se como uma válvula de escape. Na última sexta-feira, Colin Kaepernick, quarterback (lançador) do time de futebol americano San Francisco 49ers, não levantou-se para a execução do hino nacional numa partida de pré-temporada. O gesto provocou algumas vaias na hora, mas a tempestade viria depois, com uma onda de ataques nas redes sociais e críticas no meio esportivo.

"Não vou ficar de pé e mostrar orgulho da bandeira de um país que oprime os negros e pessoas de cor", disse Kaepernick depois do jogo, em que seu time foi derrotado por 21 a 10 pelo Green Bay.

Protestos de atletas negros nos EUA contra a discriminação não são incomuns, mas a atitude de Kaepernick ganhou enorme repercussão, num momento em que as tensões raciais afloraram com episódios de violência e morte envolvendo negros e a polícia.

O gesto aconteceu enquanto a disputa presidencial entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton virava uma batalha racial, com ambos se acusando de racismo. Patinando nas pesquisas atrás de Hillary, Trump tem tentado apelar às minorias, que lhe dão apoio magro nas pesquisas. Mas o episódio Kaepernick fez o bilionário deixar de lado as estratégias e voltar a seu estilo desbocado.

"É terrível", disse Trump. "Acho que ele deveria achar um país que funcione melhor para ele. Que tente, não vai acontecer".

Kapernick levou o San Francisco à conquista do Superbowl, em 2013, mas depois disso entrou em declínio, e deve começar a temporada no banco. Voltou às manchetes por uma causa política, e muitos torcedores não o perdoaram. Nas redes sociais, choveram ataques, um deles propondo entregar o quarterback de presente ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

As críticas vieram até de quem apoia a mensagem, como o ex-jogador profissional Rodney Harrison, que tem dois anéis do Superbowl. Ele ampliou a polêmica ao questionar se Kaepernick é negro, mostrando a complexidade da tensão racial nos EUA.

"Eu sou um homem negro e Colin Kaepernick, ele não é negro", disse Harrison. "Ele não pode entender o que eu e outros negros enfrentam no dia a dia". O ex-jogador depois se desculpou pelos comentários. Kaepernick é birracial, seu pai era negro e sua mãe era branca. Ele foi adotado por Rick e Teresa Kaepernick, um casal branco que o criou na Califórnia.

O jogador também recebeu apoio de muitos outros atletas e celebridades, como o diretor de cinema Spike Lee, que o comparou ao lutador Muhammad Ali.

"Eu o apoio e acho interessante que as pessoas queiram escolher que direitos outros têm", disse Lee. Foi o mesmo quando John Carlos e Tommy Smith levantaram seus punhos com luvas pretas, o mesmo quando Muhamad Ali se recusou a lutar numa guerra insana [Vietnã]".

O time de Kaepernick respeitou sua decisão, afirmando que considera o hino "uma parte especial" da cerimônia que antecede os jogos e que "é uma oportunidade de honrar nosso país e refletir sobre as grandes liberdades que temos como cidadãos". Baseado no princípio americano da liberdade, disse o San Francisco 49ers num comunicado, reconhecem o direito de não participar.

A NFL, liga que administra o futebol americano, afirmou que não haverá punição para o quarterback, que não deixou as críticas amolecerem seu discurso.

"Para mim, isso é maior que o futebol e seria egoísta da minha parte olhar para o outro lado", disse Kaepernick, que ganha US$ 1,5 milhão (R$ 4,8 milhões) por mês. "Há corpos nas ruas e pessoas que são pagas estão cometendo assassinatos impunemente", disse.

Esportes

Rayssa Leal conquista etapa da Liga Mundial de Street Skate

Maranhense brilha na competição disputada em San Diego (EUA)

21/04/2024 21h00

Rayssa Leal ganhou o título da etapa de San Diego (EUA) da SLS (Liga Mundial de Street Skate) Foto: Julio Detefon / CBSK

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A brasileira Rayssa Leal conquistou, no final da noite do último sábado (20), o título da etapa de San Diego (EUA) da SLS (Liga Mundial de Street Skate). Já na disputa masculina Giovanni Vianna garantiu a segunda colocação.

A maranhense de 16 anos de idade somou 33,9 pontos na final da competição para garantir a primeira posição, ficando à frente da australiana Chloe Covel (prata com 29,8 pontos) e da japonesa Momiji Nishiya (bronze com 23,0 pontos).

Esta é a segunda medalha de Rayssa Leal na temporada da competição, após o vice-campeonato na etapa de Paris (França).

Na disputa masculina Giovanni Vianna somou o total de 33,4 pontos na decisão para assegurar uma medalha de prata para o Brasil.

O ouro ficou com o norte-americano Braden Hoban, que alcançou o total de 35,5 pontos.

A próxima etapa da SLS será disputada em Las Vegas (EUA), a partir do dia 25 de maio.

Campeonato Estadual

Operário vence Dourados e garante o 13º título do Campeonato Sul-mato-grossense

Após perder a vantagem em Dourados, o Galo de Campo Grande venceu por 3 a 1, em casa e volta ao cenário do futebol nacional.

21/04/2024 18h04

O volante Matheus Freire comemorando o 3º gol do Operário. Fotos: Gerson Oliveira

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O Operário Futebol Clube conquistou seu 13º título do Campeonato Sul-mato-grossense. Na tarde de hoje (21), o Galo de Campo Grande venceu o Dourados Atlético Clube por 3 a 1 no estádio Jacques da Luz e levantou a taça de campeão Estadual de 2024.

Bastante abalado pelo desempenho aquém do esperado na primeira partida, na qual o Galo perdeu no Estádio Fredis Saldivar por 1 a 0, o Operário foi para cima do Dourados no início do jogo, mas acabou enfrentando dificuldades na defesa contra o DAC.

O primeiro gol da partida foi marcado aos 30 minutos do primeiro tempo. Em um lançamento defensivo realizado pelo zagueiro Júnior Fell, o atacante Bidick, em velocidade, encontrou a bola, dominou-a e chutou na saída do goleiro Léo Lopes, fazendo 1 a 0 para o Galo.

Após o gol, o Operário continuou pressionando e aos 40 minutos do primeiro tempo, Pedrinho recebeu a bola na frente do gol e chutou no canto esquerdo do goleiro do DAC, ampliando o placar para 2 a 0 e igualando o resultado.  

Com o placar à frente, Operário decidiu estudar as ações do DAC nos primeiros minutos da etapa final. Sabendo da responsabilidade de que um gol poderia mudar todo o cenário, os técnicos Rogério Henrique, do Dourados, e Leocir Dall'astra, do Operário, fizeram alterações em suas equipes para equilibrar os times e intensificar o ataque.  

As mudanças para o lado do DAC, que precisava de pelo menos um gol, não surtiram efeito. O Operário seguiu pressionando e aos 36 minutos do segundo tempo, o volante Matheus Freire acertou um lindo chute de longa distância, marcando um golaço e ampliando para 3 a 0, o que levou os 2.926 torcedores que acompanhavam a partida à loucura.

Na comemoração do terceiro gol, jogadores do Operário começaram a provocar os atletas do DAC, iniciando uma verdadeira briga generalizada, com socos e pontapés. Alguns jogadores, como o goleiro Elissom, sofreram lesões no nariz, e o árbitro Paulo Henrique Salmazio foi obrigado a expulsar quatro atletas, dois de cada time.

O goleiro do Operário, Elissom ficou bastante ferido no nariz após participar da briga generalizada entrre os atletas do DAC e Operário.Goleiro Elissom ficou bastante machucado após se envolver na confusão generalizada entre os atletas do DAC e Operário. Fotos: Gerson Oliveira 

Os atletas expulsos foram o meia Marcelinho Araxa e o atacante Johnny pelo Operário; pelo lado do Dourados, o técnico Rogério Henrique e o defensor Rildo.

Logo após as expulsões, o DAC não conseguiu reagir na partida, mas antes do apito final, conseguiu único gol de honra com o atacante Nonato, 3 a 1. 

Após 10 anos longe do cenário nacional, o vice-campeão estadual, o Dourados Atlético Clube jogará a Copa do Brasil de 2025.

O maior campeão sul-mato-grossense (1980, 1981,1983, 1986,1988,1989,1991,1996,1997,2018, 2021, 2022 e 2024) , o Operário volta ao cenário nacional com a participação na Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro da Série D e também na Copa Verde de 2025.  

“[Dourados] Souberam aproveitar a final, especialmente respeitando a camisa do Operário, um grupo que merece estar nas finais. Estou muito feliz por ter entrado naquele momento com a cabeça tranquila e confiança para ajudar meus companheiros. Agora, é aproveitar esse momento e deixar uma marca na história do clube", relatou o volante Matheus Freire à reportagem do Correio do Estado.

Operário Conquista o 13º titúlo estadual, appós vencer o Dourados Atlético Clube por 3 a 0. Operário Conquista o 13º titúlo estadual, após vencer o Dourados Atlético Clube por 3 a 0. Fotos: Gerson Oliveira

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