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Campeã olímpica diz ter tido sintomas de zika em visita
ao Rio

Depois de competir no Brasil, velejadora foi apontada com chance de contágio

GLOBOESPORTE

12/02/2016 - 13h15
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Atual campeã olímpica da classe RS:X, a velejadora Marina Alabau disse ter tido todos os sintomas do vírus da zika em sua última visita ao Rio de Janeiro. A atleta espanhola esteve na cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016 em dezembro do ano passado, quando foi a terceira colocada na Copa Brasil de Vela, em Niterói. Em entrevista ao jornal ''Marca'', ela relatou a suspeita dos médicos, que ainda aguardam uma análise de laboratório para confirmar o contágio.

– Eu fico feliz em contar tudo isso, mas que seja para tranquilizar, já que está se criando muito alarde sem sentido. Eu passei pelo vírus da zika antes do Natal, durante a Copa Brasil. Minha médica disse que era zika porque os sintomas eram precisos, embora nós ainda precisemos fazer uma análise para certificar, principalmente para saber se estou imunizada – disse a atleta.

– No total, desde que tive a febre até o fim da dor, foram dez dias. Minha experiência é de que uma gripe te deixa muito mais nocauteada que o vírus. Depois, fui a Miami e competi normalmente – completou.

Aos 30 anos, Marina descreveu os sintomas e os efeitos sentidos, como dores nas articulações, febre e manchas no corpo. Ela relatou que, ao começar a se sentir mal, optou por retornar para casa e tratar os sintomas na Espanha. Os problemas duraram cerca de dez dias. A velejadora estava com o marido e com a filha, mas foi a única a apresentar os sintomas.

– No começo, tinha febre e apareceram manchas vermelhas por todo corpo, como quando você tem alergia com comida. No dia seguinte, tive dores nas articulações. Então me falaram para ir ao hospital e pensei que seria melhor voltar para casa. E fiz isso. É claro que o vírus ainda não era famoso, mas a médica me disse que todos os sintomas eram de zika, mas ainda não conhecia – contou.

A questão envolvendo o vírus da zika criou alarde e preocupação global a menos de seis meses dos Jogos Olímpicos do Rio, sobretudo após a Organização Mundial de Saúde declarar emergência internacional. Atletas e comitês nacionais demonstraram preocupação, enquanto autoridades trabalham na prevenção e combate ao mosquito transmissor. Marina Alabau, por sua vez, tratou de minimizar e disse que enxerga parte da repercussão recente como exagerada em alguns aspectos. Mas fez ressalvas e disse que não pretende trazer sua filha pequena em agosto. 

– O vírus não pareceu nenhum perigo. Não levarei minha filha, mas não ir aos Jogos Olímpicos por isso é exagerado. Não me parece perigoso. Verdade que se você pega não compete 100%, mas não é o fim do mundo. Pode acontecer o mesmo com outra lesão ou doença. De todos que estavam no Brasil naquela época, fui a única que pegou. Estive com meu marido e minha filha e eles não pegaram - afirmou a espanhola. 

Ao ''Marca'', a médica de Marina e da Federação Espanhola de Vela , Mari Carmen Vaz, afirmou que é difícil distinguir zika, dengue e chikungunya, que têm sintomas similares. 

- Os três te dão picos de febre, marcas no corpo, dores nas articulações e, às vezes, com a zika, conjuntivite. Marina teve os quatro sintomas. Portando, era evidente. Agora é importante que os testes de laboratório determinem exatamente se era zika, mas realmente não sei onde fazer fazer essa análise. Me interessa saber se Marina está imunizada - explicou a médica.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se pronunciou oficialmente, nesta quinta-feira, através do chefe médico da entidade, Richard Budgett. Ele confia no combate ao problema pelas autoridades brasileiras e afirma que não houve "absolutamente nenhuma" conversa sobre uma mudança dos Jogos.

Veja perguntas e respostas sobre o vírus da zika:

Como ocorre a transmissão?
Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o vírus da zika também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.

Como é o tratamento?
Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.

Quais são as recomendações para mulheres grávidas?
O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao vírus da zika.

Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros.

É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia.

Como é feito o diagnóstico da zika?
Ainda não há um teste padrão para diagnosticar a doença. “Como o zika é novo, não temos uma padronização nos testes. Para se ter certeza do diagnóstico, é preciso usar a técnica de PCR, que é complexa e não está disponível no mercado”, diz Rodrigo Stabeli, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No Brasil, somente três unidades da Fiocruz, além do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, têm a capacidade de fazer esse exame. “Esses laboratórios têm a missão de desenvolver um método melhor de diagnóstico para suprir esse problema epidemiológico”, diz Stabeli.

Enquanto não existe um teste padrão, o diagnóstico nas regiões em que já se constatou a presença do vírus vem sendo feito por critérios clínicos.

Quais são as medidas de prevenção conhecidas?
Como o vírus da zika é transmitido pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito que transmite a dengue e o chikungunya, a prevenção segue as mesmas regras aplicadas a essas doenças. Evitar a água parada, que os mosquitos usam para se reproduzir, é a principal medida.

Em casa, é preciso eliminar a água parada em vasos, garrafas, pneus e outros objetos que possam acumular líquido. Colocar telas de proteção nas janelas e instalar mosquiteiros na cama também são medidas preventivas. Vale também usar repelentes e escolher roupas que diminuam a exposição da pele. Em caso da detecção de focos de mosquito que o morador não possa eliminar, é importante acionar a Secretaria Municipal de Saúde do município.

Por enquanto, não existe vacina capaz de prevenir a infecção pelo vírus da zika.

Algum atleta já foi diagnosticado com o vírus?

Não oficialmente. Uma atleta espanhola, a velejadora Marina Alabau, diz ter tido todos os sintomas durante uma competição em dezembro. Não há, no entanto, confirmação de que foi infectada pelo vírus.

Prefeitura e o Comitê Co-Rio 2016 são obrigados a arcar com o tratamento se algum atleta, dirigente, jornalista, membro do COI ou profissional que estiver trabalhando nas Olimpíadas contrair a doença no Brasil?
Sim. Qualquer profissional que contrair o vírus durante a competição terá o auxílio da Prefeitura e do Comitê Co-Rio 2016.

FUTEBOL

Confira quanto a Copa do Brasil de 2024 vai pagar em premiações

O reajuste em relação aos valores de 2023 ficou em 5%

17/04/2024 11h00

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A CBF aumentou os valores das premiações da Copa do Brasil para esta temporada. Dessa forma, o campeão pode ganhar até R$ 96,39 milhões, caso esteja na competição desde a primeira fase.

O reajuste em relação aos valores de 2023 ficou em 5%. A CBF arredondou a porcentagem considerando que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano passado em 4,62%.

O sorteio da terceira fase da Copa do Brasil será realizado nesta quarta-feira (17). A partir desta fase os confrontos passam a ser de ida e volta, com a ordem dos mandos de campo definida também por sorteio. 

As equipes que continuam na briga pelo título são: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Athletico Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Internacional, Bahia, Botafogo, Red Bull Bragantino, Atlético-GO, Ceará, Cuiabá, Goiás, Vasco, Juventude, Sport, CRB, Vitória, Criciúma, Sampaio Corrêa, Operário-PR, Botafogo-SP, Brusque, Ypiranga-RS, América-RN, Amazonas, Águia de Marabá e Sousa-PB.

AS PREMIAÇÕES DA COPA DO BRASIL 2024

 

 

  • Primeira fase (80 clubes)
    Grupo 1: R$ 1,47 milhão
    Grupo 2: R$ 1.312.500
    Grupo 3: R$ 787,5 mil
  • Segunda fase (40 clubes)
    Grupo 1: R$ 1,785 milhão
    Grupo 2: R$ 1,47 milhão
    Grupo 3: R$ 945 mil
  • Terceira fase (32 clubes) - R$ 2,205 milhões
  • Oitavas de final (16 clubes) - R$ 3,465 milhões
  • Quartas de final (8 clubes) - R$ 4,515 milhões
  • Semifinais (4 clubes) - R$ 9,45 milhões
  • Final (Vice-campeão) - R$ 31,5 milhões
  • Final (Campeão) - R$ 73,5 milhões

 

Futebol

Atlético-MG recebe o Criciúma em busca da 1ª vitória no Campeonato Brasileiro

São três vitórias e dois empates. Além disso, o técnico foi campeão mineiro e tem 100% na Libertadores

16/04/2024 23h00

Divulgação

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Em busca da primeira vitória no Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG recebe o Criciúma, nesta quarta-feira, às 20 horas, na Arena MRV, pela segunda rodada. Os dois times somaram um ponto em suas estreias. Mesmo com um a menos desde o fim do primeiro tempo, os mineiros seguraram o empate sem gols com o Corinthians, na Neo Química Arena. Já os catarinenses, em casa, ficaram no 1 a 1 com o Juventude.

O clima mudou no Atlético-MG desde a troca da comissão técnica. Escolhido para substituir Luiz Felipe Scolari, o argentino Gabriel Milito ainda não perdeu: são três vitórias e dois empates. Além disso, o técnico foi campeão mineiro e tem 100% na Libertadores.

Assim como vem fazendo desde a sua chegada, Gabriel Milito não vai repetir a escalação. Nem poderia. Expulso no fim do primeiro tempo da partida contra o Corinthians, o volante Battaglia cumpre suspensão automática.

"São trocas por muitos motivos. Tem a ver com o adversário, a rotação, com todo o resto, a sequência de partidas que vamos ter São várias situações que analisamos para iniciar com uma equipe Não gosto dessas palavras (titulares e reservas). É a dinâmica que vamos construir", explicou o treinador.

Sem o artilheiro Renato Kayzer, que teve o retorno pedido pelo Fortaleza depois da estreia contra o Juventude, o técnico Claudio Tencati deve montar o Criciúma com outro esquema tático: sai o 4-4-2 e entra o 4-5-1.

Na nova formação, Arthur Caíke seria o único atacante. Já o experiente Éder iria para o banco de reservas com a entrada do peruano Trauco na lateral esquerda, fazendo uma ‘dobradinha’ com Marcelo Hermes. Outra novidade é o retorno do zagueiro Wilker Ángel, liberado pelo departamento médico após ser desfalque na estreia por causa de uma lesão na panturrilha.

Ficha técnica

ATLÉTICO-MG X CRICIÚMA

ATLÉTICO-MG - Everson; Saravia, Mauricio Lemos, Jemerson e Guilherme Arana; Otávio, Alan Franco, Igor Gomes e Gustavo Scarpa; Paulinho e Hulk. Técnico: Gabriel Milito.

CRICIÚMA - Alisson; Claudinho, Rodrigo, Wilker Ángel, Miguel Trauco; Barreto, Meritão, Marquinhos Gabriel, Fellipe Mateus e Marcelo Hermes; Arthur Caike (Eder). Técnico: Claudio Tencati.

ÁRBITRO - Paulo Belence Alves dos Prazeres Filho (PE)

HORÁRIO - 20h (de Brasília)

LOCAL - Arena MRV, em Belo Horizonte (MG).

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