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Selic em 2015 fica menor na projeção da Focus

Selic em 2015 fica menor na projeção da Focus

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O relatório de mercado Focus mostrou mais uma vez uma diminuição da projeção para a Selic ao final do ano que vem. Segundo as instituições consultadas, a taxa básica de juros encerrará 2015 em 11,25% ao ano, e não mais em 11,50% ao ano, como era aguardado na semana passada.

Esta é a quarta vez consecutiva que os analistas revisam para baixo as projeções para essa variável. Um mês atrás, a mediana das estimativas para a Selic estava em 12,00% ao ano. Com isso, a taxa de juros média de 2015 foi reduzida de 11,36% para 11,31% ao ano. Quatro semanas atrás estava em 11,69% ao ano.

Para este ano, porém, nada mudou. O mercado continua prevendo uma variação de 11,00% para a taxa básica - mesmo nível atual. Há 16 semanas, a mediana das estimativas segue neste patamar. Da mesma forma, não houve variação da mediana para a Selic média deste ano, que está em 10,91% ao ano também há 16 semanas.

O mercado financeiro diminuiu a previsão para o déficit em transações correntes em 2014, que estava em US$ 81,60 bilhões na semana passada.

Conforme revelou a pesquisa semanal Focus realizada pelo Banco Central (BC), a mediana das estimativas ficou em US$ 81,20 bilhões agora, ainda mais distante dos US$ 81,90 bilhões aguardados um mês atrás. Para 2015, houve manutenção da mediana em um patamar negativo de US$ 75,00 bilhões pela quarta semana consecutiva.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir o rombo, já que a mediana das previsões para esse indicador de 2014 segue em US$ 60,00 bilhões há 24 semanas.

Para 2015, no entanto, houve uma piora da perspectiva, já que a mediana passou de um saldo de US$ 57,70 bilhões para US$ 57,00 bilhões de uma semana para outra. Um mês antes, estava em US$ 56 bilhões.

Na mesma pesquisa, os economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial em 2014, de US$ 2,40 bilhões, e em 2015, de US$ 9 bilhões. Um mês antes, a mediana para a balança era de US$ 2,50 bilhões para este ano e de US$ 8,00 bilhões para o ano que vem.

IGP-DI

A mediana das previsões do mercado para o IGP-DI deste ano mostrou uma rodada de baixa no relatório de mercado Focus. O ponto central da pesquisa para o índice em 2014 passou de 3,77% para 3,72% - um mês antes, estava em 3,63%. Já para 2015, a taxa voltou para 5,50%, o mesmo nível verificado um mês atrás na semana passada, estava em 5,52%.

No caso do IGP-M não houve variação das estimativas nem para este ano e nem para o próximo. A mediana das projeções apontada pela Focus permaneceu em 3,67% para 2014 ante variação de 3,87% vista há quatro semanas e seguiu em 5,50% para 2015 a taxa de um mês atrás era de 5,54%.

Para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a mediana das previsões está em 5,47% ante 5,49% da semana passada e de 5,41% de um mês atrás.

Para 2015, a mediana para o IPC-Fipe subiu de 5,25% para 5,27%, se distanciando ainda mais da variação de 4,91% apontada na pesquisa Focus um mês atrás.

Em relação aos preços administrados, a Focus mostrou manutenção das expectativas. Para 2014, a taxa seguiu em 5,10%, mesmo nível da semana passada e de um mês atrás. Para 2015, a mediana das projeções está congelada em 7,00% há seis semanas.

Economia

Governo estabelece cotas de importação de aço e imposto de 25% sobre o excedente

Medida atende a pleito de fabricantes nacionais, que afirmam haver invasão chines.

23/04/2024 17h00

Fotos/ Agência Brasil

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (23) que decidiu estabelecer cotas para a importação de aço e aumento de Imposto de Importação de 25% sobre o volume excedente.

A decisão atende a um pleito das siderúrgicas brasileiras, que afirmam haver uma invasão do aço chinês. Os produtos alvo dos pedidos originais têm tarifas que variam de 9% a 14,4%.

A medida valerá por um ano para 11 produtos ligados ao aço. Também serão avaliados outros quatro que poderão receber o mesmo tratamento.

De acordo com o governo, estudos técnicos mostraram que a medida não trará impacto nos preços ao consumidor ou a produtos de derivados da cadeia produtiva.

Durante os 12 meses, será monitorado o comportamento do mercado e a expectativa oficial é que a decisão contribua para reduzir a capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional.

Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, uma coalizão de 16 entidades de segmentos da indústria intensivos no uso de aço reagiu à demanda das siderúrgicas nacionais e chegou a deflagrar uma mobilização em Brasília na tentativa de barrar uma sobretaxa. O grupo argumenta que o aço do Brasil já é o mais caro do mundo quando comparado aos preços no mercado interno de vários países.

O aço é um insumo essencial usado na produção da indústria de produtos de maior valor agregado e tecnologia, como máquinas e equipamentos, automóveis, ônibus, caminhões, eletrodomésticos, autopeças e construção civil.

A disputa começou porque as siderúrgicas protocolaram pedido na secretaria-executiva da Camex (Câmara de Comércio Exterior) para aumentar a alíquota do Imposto de Importação de diversos produtos para até 25%. O patamar atual está em 10,8%, segundo dados da coalizão.

A decisão foi tomada nesta terça pelo Gecex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior), colegiado do governo federal que reúne dez ministérios.

Economia

Lula nega crise na Petrobras e diz que uma palavra mal colocada 'cria uma semana de especulação'

Presidente apontou ainda que a principal "crise" da empresa está relacionada ao desenvolvimento

23/04/2024 16h00

Lula e Prates, presidente da Petrobras Foto: Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta terça-feira (23) que exista uma crise na Petrobras e acrescentou que a empresa está "tranquila".

Lula ainda disse que é normal haver desentendimentos e que muitas vezes uma fala mal colocada pode criar "uma semana de especulação".

O presidente também enalteceu a empresa e acrescentou que a principal crise da empresa está relacionada com o seu desenvolvimento, uma "crise de crescimento".

Lula fez a declaração durante café com jornalistas no Palácio do Planalto. Questionado sobre a existência de uma crise na Petrobras, respondeu que a empresa está "tranquila" e não citou a situação do presidente da empresa, Jean Paul Prates, que esteve ameaçado de demissão, segundo apontaram auxiliares presidenciais.

"A Petrobras nunca teve crise. A crise da Petrobras é o fato de ela ser uma empresa muito grande", afirmou o presidente.

Na sequência, ele reconheceu que houve desentendimentos públicos entre integrantes do seu governo: em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro da Energia, Alexandre Silveira, afirmou ter conflitos com Prates, desencadeando várias reações políticas. No entanto, Lula minimizou a situação.

"O fato de você ter um desentendimento, uma divergência, uma colocação equivocada faz parte da existência do ser humano. Quando Deus nos fez, que deu boca, já estava previsto isso", afirmou o presidente.

"Nem sempre a boca fala somente as coisas que são boas. Muitas vezes uma palavra mal colocada cria uma semana de especulação", completou.

O presidente então passou a listar todos os desafios que a empresa precisa enfrentar, ressaltando que essas seriam as verdadeiras crises que precisam ser consideradas.

"A Petrobras tem essa crise, uma crise de crescimento, uma crise de descobrir novos poços de petróleo, uma crise de se transformar, não apenas numa empresa de óleo e gás mas também numa empresa de energia. Porque tem que cuidar do que é eólica, tem que cuidar do que é solar, tem que cuidar do que é, sabe, as nossas plataformas do offshore, para produzir energia solar, energia eólica", afirmou.

O presidente deu sinal verde para que o governo vote pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras no dia 19 de abril.

A proposta original da diretoria da Petrobras já era fazer a distribuição de 50% dos R$ 43 bilhões de lucro adicional que a companhia teve em 2024, sob a forma de dividendos extraordinários. Isso representaria uma receita adicional de R$ 6 bilhões para a União.

No entanto, a medida foi barrada no conselho de administração com apoio massivo dos representantes do governo. Na ocasião, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se absteve.

A decisão deflagrou uma escalada nos desentendimentos entre Prates e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que atuou pela retenção dos dividendos.

O presidente da companhia passou a ser alvo de fogo amigo dentro do governo, com a especulação de nomes para substituí-lo no cargo. O processo de fritura de Prates se intensificou no início do mês, mas perdeu força nos últimos dias, garantindo a sobrevida do executivo no comando da estatal.

Segundo aliados de Lula, Prates ficará no cargo, após duas semanas de turbulência, mas uma permanência maior está condicionada a mudanças de conduta, segundo aliados do chefe do Executivo.

Outro ponto que pesou em favor da manutenção de Prates, ao menos temporária, foi a ausência de um sucessor natural para o cargo.

O ingresso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no debate mudou o cenário, em uma derrota aos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Silveira, que eram contrários à permanência de Prates na função.

Este é o primeiro café do presidente com jornalistas neste ano. Em 2023, foram quatro, dos quais a Folha de S.Paulo participou de três -com exceção do café com mídia chamada independente.

Participam do encontro desta terça: Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, G1, Bloomberg, Valor, Canal Meio, O Globo, BandNews, ICL, Correio Braziliense, Broadcast, Jovem Pan, CBN, Metrópoles, Rádioweb, Reuters, TV Brasil, TV Record, TV Gazeta, My News, Veja, Poder360, UOL, Brasil de Fato, Carta Capital, Jota, DCM, O Tempo, R7, Rede TV, SBT, CNN, Revista Fórum, BBC Brasil, Itatiaia, Meio Norte, GloboNews.

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