Com a meta de economizar R$ 25 milhões na folha de pagamento até junho, a Prefeitura de Campo Grande não renovará parte dos contratos dos professores convocados para o próximo semestre, e demitirá servidores de outras secretarias. A informação foi dada ontem pelo secretário de Administração, Wilson do Prado, que não precisou a quantidade de funcionários que serão desligados do município. O corte de pessoal visa reduzir o valor da folha de pagamento em relação à receita, que alcançou, no encerramento do primeiro quadrimestre deste ano, 53,69%, muito próximo do teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 54%.
De acordo com o demonstrativo publicado ontem no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a despesa total com pessoal somou, de janeiro a abril, R$ 1,304 bilhão, o correspondente a 53,69% da receita corrente líquida (RCL) do período, que foi de R$ 2,428 bilhões. Esse índice supera o limite prudencial estabelecido pela LRF (de 51,3%). Em valores absolutos, a diferença é de R$ 58,05 milhões. E para alcançar o teto (54%), faltam apenas R$ 7,52 milhões. Caso estoure o comprometimento determinado pela lei, o município fica impedido de realizar novos contratos e receber recursos de transferências voluntárias, entre outras penalidades. Mas isso só ocorre se a administração não estiver adotando medidas para reverter o quadro.
A reportagem, de Osvaldo Júnior, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.