Aos 55 anos, a preocupação central de Mauro Soares, que trabalha desde a infância, é com a aposentadoria.
No entanto, ele terá de aguardar, no mínimo, mais sete anos para concretizar o seu projeto. “Eu demorei muito. Faz tempo que era para eu ver isso”, admite Mauro. Se pudesse voltar no tempo, conforme disse, mudaria algumas coisas, como, por exemplo, seguir contribuindo durante os anos em que trabalhou como ajudante de maquinário em uma fábrica no Japão.
Mas como o tempo não retroage, é fundamental iniciar o quanto antes a preparação para aposentadoria.
Leia orientações dadas pelo superintendente de produtos da Brasilprev, Sandro Bonfim.
Correio do Estado - Qual a importância da previdência privada a quem busca qualidade de vida depois de aposentado?
Sandro Bonfim - É importante que a pessoa se prepare com bastante antecedência. Se ela começar a fazer isso muito tarde, muito depois, o caminho ficará íngreme, mais difícil e, por isso, terá que ter acumular muito recurso financeiro para manter a qualidade de vida depois de aposentado.
O ideal, portanto, é que ele comece a poupar o mais cedo seja o quanto antes possível. A vantagem da previdência é que é um dos melhores instrumentos para esse tipo de poupança, em função das vantagens fiscais que ela agrega, toda a possibilidade de diferir o Imposto de Renda e aproveitar as vantagens do imposto e até pagar menos em função da tributação regressiva.
Qualquer pessoa pode adquirir um plano de previdência privada? Há restrições? Quais?
Qualquer pessoa pode contratar, na verdade qualquer pessoa deve buscar investir para manter a qualidade de vida depois da aposentadoria. A previdência privada é uma das ferramentas, é um dos instrumentos. Não há restrição.
O único ponto que a pessoa precisa ficar atenta é a escolha do correto plano que vai adquirir. Se ela tem a possibilidade de obter o incentivo buscar do abatimento no Imposto na Declaração Anual, deve buscar o PGBL.
Se não tem essa possibilidade, faz a declaração simplificada ou porque não faz o imposto, deve buscar o VGBL. Ou quem faz a simplificada, porque não paga imposto, ou porque já faz 12% da renda bruta anual de contribuição para o PGBL , e se quiser aportar um pouco a amais, deve buscar um PGBL.
Todas essas nuances deve ser dada no momento da consultoria da venda, da aquisição do plano. Essa consultoria é dada nos planos da Brasilprev, devido à venda consultiva, feita nas agências do Banco do Brasil.
Quais as diferenças entre a previdência privada e a social?
Via de regra, quando olhamos ao redor do mundo – e no Brasil segue-se a mesma regra –, a Previdência Social tem um caráter muito mais de subsistência; é uma garantia, uma renda mínima que se deve ter para que você se mantenha com uma qualidade de vida mínima quando se aposentar.
Já a previdência privada é complementar a isso. O ideal é que, numa linha lógica de investimento, que a pessoa tenha a Previdência Social.
Ou seja, que faça, sim, as contribuições da Previdência Social, mas que busque complementar, por meio de uma previdência privada, aquele valor, aquele montante que ela precisa para se aposentar, mantendo o padrão de vida, não só para a subsistência quando se aposentar, mas para manter o padrão de vida antes disso. A previdência privada não deve competir com a Previdência Social.
Poderia, por favor, elencar algumas dicas sobre como se planejar para ter qualidade de vida durante a aposentadoria?
Isso tem muito a ver com os pilares da Brasilprev, que eu até cheguei a falar nas questões anteriores. O primeiro pilar, sem dúvida alguma, é que é importante se preparar financeiramente: iniciar o quanto antes a poupança para ter um saldo no momento da aposentadoria – para ter recursos e, assim, ter uma vida mais tranquila.
De nada adianta a pessoa se planejar corretamente, financeiramente falando, juntar dinheiro para ter segurança lá na frente se não trabalhar ao longo desse período na qualidade de vida também.
Nesse sentido, entra toda a parte de a pessoa priorizar e ter qualidade de vida, ter boa condição de saúde, para que se chegue na data de aposentadoria com recursos financeiros e energia para aproveitar esse período da vida. Esse conceito de concatenar a educação financeira com a qualidade de vida é super importante.
*Leia mais sobre o assunto na edição de hoje (15) do jornal Correio do Estado.