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Para GM, crise atual na indústria automobilística
é pior do que a de 2008

Na época, havia diversas ferramentas que ajudaram o Brasil a não ser afetado

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O presidente da General Motors América do Sul, Jaime Ardila, considera a crise atual na indústria automobilística pior que a de 2008, provocada por dificuldades financeiras internacionais.

Segundo ele, na época, havia diversas ferramentas que ajudaram o Brasil a não ser drasticamente afetado, como a redução de impostos (o IPI, no caso), os juros estavam mais baixos e os consumidores estavam menos endividados.

— Hoje não temos essas ferramentas e está mais difícil de arrumar a situação.

O executivo disse que projeta para o ano queda de 13% a 17% nas vendas, mesmo apostando numa melhora no cenário a partir do segundo semestre.

Em 2008, enquanto Estados Unidos e Europa enfrentaram forte queda nas vendas, o Brasil conseguiu crescer quase 12% ante 2007 e mais 8,4% em 2009.

Atualmente, a maioria das montadoras opera com alta ociosidade, está dando férias coletivas e reduzindo empregos — só no primeiro trimestre, foram fechadas 3.600 vagas.

A partir desta terça-feira (5), 467 trabalhadores da fábrica da GM em São Caetano do Sul entram em licença remunerada por tempo indeterminado, informa Francisco Nunes, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.

A produção será reduzida de 55 para 38 carros por hora dos modelos Classic, Cobalt, Cruze, Montana e Spin. A unidade também mantém pouco mais de 800 funcionários em lay-off - contratos suspensos por cinco meses, com vencimento em junho.

Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas totais de veículos novos no País, incluindo caminhões e ônibus, acumulam queda de 19,2%, com 893.300 unidades, ante 1,1 milhão em igual período de 2014, segundo dados preliminares do mercado.

O mês que terminou foi o pior abril em oito anos, com vendas de 219.300 veículos. Em relação ao mesmo mês de 2014, a queda foi de 25% e de 6,5% se comparado a março passado.

"Os estoques em nossa rede de revendas estão entre 45 e 50 dias de vendas, o que não é saudável", afirma Ardila, que projeta a mesma situação para o mercado como um todo. O setor considera razoável estoques médios de 30 dias.

O presidente da GM do Brasil, Santiago Chamorro, afirma que o ajuste fiscal que está sendo promovido pelo governo "é bem visto para o futuro, mas, no curto prazo, terá efeitos negativos no bolso e no psique dos consumidores".

Ele vê 2015 como ano difícil para o setor, 2016 gradativamente melhor e espera para 2017 a retomada do mercado.

A GM, informa Ardila, segue com planos de desenvolver e produzir um carro compacto no País, mas afirma que não será neste ano. O projeto prevê investimento de R$ 2,5 bilhões.

Nesta segunda-feira (4), a GM realizou evento em São Paulo para comemorar a produção de 500 milhões de veículos da marca em todo o mundo. Desse total, 21 milhões foram feitos na América do Sul, sendo 14 milhões no Brasil.

Caminhões

Em abril, segundo dados preliminares, o segmento de caminhões registrou queda de 45,5% ante igual mês de 2014, para 5,8 mil unidades. O segmento de automóveis e comerciais leves vendeu 211,9 mil unidades, 24,3% menos que há um ano. A Fiat liderou as vendas, com 17,8% de participação, seguida por GM (16,1%), Volkswagen (14,7%) e Ford (11%). Os modelos mais vendidos no mês foram Palio (8.841 unidades), Onix (8.783), HB20 (8.753), Strada (8.598) e Uno (8.013). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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