Economia

mercado dividido

A+ A-

Marfrig avança no espaço aberto
pela JBS em partes do país

Companhia tem capacidade de abate de 300 mil cabeças/mês

FOLHAPRESS

22/10/2017 - 13h02
Continue lendo...

Em 2015, a Marfrig, segunda maior empresa do setor de carnes no país, fez um plano: iria encolher para voltar a crescer apenas lá por 2018.

Mas a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que abalou seus concorrentes, e a crise na JBS anteciparam seu projeto. Enquanto outras empresas encolheram, a Marfrig acaba de reabrir cinco frigoríficos para praticamente dobrar sua produção.

A Marfrig, que é dona de marcas de carnes como Bassi e Montana, voltou a operar nos municípios de Nova Xavantina (MT), Pirenópolis (GO), Paranaíba (MS), Alegrete (RS) e Ji-Paraná (RO).

A companhia começou 2017 com capacidade de abate de 170 mil cabeças de gado por mês. Com a expansão, calcula que terminará o ano com capacidade de 300 mil cabeças por mês. A estimativa de geração de empregos é de 4.500 vagas.

Além das novas unidades, a empresa decidiu abrir um segundo turno de operação da unidade de Mineiros (GO) e concluiu na quinta-feira (19) o arrendamento de um frigorífico em Pontes e Lacerda (MT), ainda sem prazo de abertura definido.

O presidente da companhia, Martin Secco, diz que o atual projeto de expansão é anterior aos eventos que abalaram seus principais concorrentes neste ano.

Parte da ampliação de capacidade corresponde a um resgate de cinco fábricas que haviam sido fechadas em 2015, num momento de baixa oferta de gado.

A reabertura era projetada inicialmente para o fim deste ano ou para 2018. Mas, com o cenário que surpreendeu o mercado em 2017, os planos se anteciparam, permitindo uma reabertura em 90 dias, tempo considerado recorde.

TURBULÊNCIAS

Em março, com a Operação Carne Fraca, os frigoríficos BRF e JBS estavam na mira, mas a Marfrig não foi citada.

O novelo em que se enrolou a JBS depois que veio à tona a delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista, em maio, deixou sequelas ainda imensuráveis na gigante do setor.

Na última terça (17) a JBS anunciou a paralisação das atividades de compra e abate de carne bovina em suas sete unidades em Mato Grosso do Sul -a decisão foi revertida na sexta (20), mas sinaliza a instabilidade a que estão submetidos os negócios da empresa.

Questionado, Secco evita fazer associação direta entre o crescimento da Marfrig e as dificuldades da JBS, mas seus cálculos sinalizam uma correlação. "Nós crescemos 25%, mas o volume de abate nacional não mudou", diz.

Segundo o executivo, o mercado como um todo mudou em abril, após a Carne Fraca. "Veio uma indefinição, com fortes dificuldades durante duas ou três semanas."

Em junho, o setor sofreu mais um golpe, quando os EUA anunciaram a suspensão das importações de carne bovina "in natura" do Brasil devido aos abcessos provocados pela vacinação dos animais contra febre aftosa.

A Carne Fraca foi vista no início como uma avalanche para todo o setor, influenciando preços internos e o volume exportado, com o fechamento de alguns mercados externos. Meses depois, porém, o aumento da oferta de gado se transformou num acelerador para as reinaugurações da Marfrig.

O retorno dessas unidades deve vir em cerca de 12 meses, pelas expectativas da companhia, que conta com a recuperação econômica e aguarda a reabertura do mercado americano de carne ainda neste ano.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

Continue Lendo...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).