Economia

ECONOMIA

A+ A-

Governo enviará PEC para controlar gastos dos estados, diz Tesouro

Projeto do teto já em tramitação no Congresso não deve incluir estados

Continue lendo...

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou nesta quinta-feira (29) que o governo encaminhará ao Congresso Nacional uma segunda proposta de emenda constitucional (PEC) que criará um teto para os gastos dos estados.

O governo Michel Temer já enviou ao Congresso uma proposta do tipo. Ela deveria valer para limitar aumento de despesas tanto do governo federal, quanto dos estados, do Legislativo e do Judiciário.

Governadores, ao assinarem em junho o acordo que permitiu a renegociação de suas dívidas com a União, concordaram em submeter seus orçamentos ao teto. Entretanto, durante a tramitação na Câmara dos dois projetos (do teto e da renegociação), houve pressões por mudanças e o governo Temer, que antes dizia que as alterações eram inegociáveis, recuou.

O teto limita o crescimento dos gastos, de um ano ano, ao índice de inflação do ano anterior. O governo diz que o objetivo é impedir a alta real das despesas e, com isso, reverter nos próximos anos a trajetória das contas públicas, que vêm registrando déficits bilionários.

"A PEC é uma iniciativa do governo federal. O que falta é uma redação consensual, algo que seja objeto de apoio. Havendo isso, não vejo problema. Questão de acertar os termos e acertar como seria essa ação. Não há definição nenhuma até o momento sobre isso", informou Vescovi.

Estados fora
Recentemente, o relator da PEC do teto de gastos públicos já em tramitação no Congresso, Darcísio Perondi, confirmou que o controle dos gastos estaduais não estará incluído em seu relatório.

Até o momento, o controle das despesas estaduais estaria limitado somente a dois anos, por meio de dispositivo que consta no projeto de renegociação das dívidas dos estados. Esse projeto já passou na Câmara e, neste momento, está tramitando no Senado.

"Não tem como dizer quando vai sair a PEC dos estados. Os governadores têm trabalhado mais na constituição dessa agenda, na melhoria do federalismo brasileiro, e [eles] têm no governo uma interlocução e podemos voltar a discutir essas questões todas. Acredito que os governadores são atores muito importantes nesse aspecto", declarou Vescovi a jornalistas.

Segundo ela, o diálogo ainda está "em aberto" e, portanto, não há como saber por quanto tempo duraria esse controle dos gastos estaduais, além de outros detalhes.

"Acredito que isso vá amadurecendo. O que eu posso dizer é que esse diálogo [com os governadores] é permanente. Estamos absolutamente abertos, mas acredito que esse engajamento e protagonismo do governo é fundamental para esse processo", acrescentou a secretária do Tesouro.

Norte e Nordeste
A secretária do Tesouro afirmou ainda que o programa para regularização de ativos mantidos por brasileiros no exterior, que já confirmou mais de R$ 6 bilhões para os cofres públicos neste ano, beneficia essencialmente os estados do Norte e do Nordeste, que devem receber repasses adicionais de recursos.

Esses estados têm ameaçado decretar calamidade pública por conta da queda de repasses do governo federal e por terem sido menos beneficiados no processo de renegociação das dívidas estaduais.

"Não necessita de proteção adicional [por meio de decretos de calamidade pública]. Isso pode tirar espaço para endividamento para aqueles que se autodeclararem. O Tesouro vai enviar missão e verificar isso. Mas não acreditamos que seja um mote nesse momento", afirmou ela.

Segundo Vescovi, o governo também concederá espaço para operações de crédito (junto a bancos brasileiros e instituições multilaterais estrangeiras) para os estados do Norte e Nordeste.

"O Tesouro começou a estruturar a política de garantias [para esses empréstimos], que está sendo parte de uma revisão (...) O espaço para crédito será concedido na medida em que conseguirmos fazê-lo seguindo as regras vigentes e com responsabilidade fiscal", acrescentou a secretária.

De acordo com Ana Paula Vescovi, o limite do governo para aval de operações de crédito neste ano é de R$ 17 bilhões, sendo mais R$ 3 bilhões em operações "não garantidas". 

"Isso dialoga com nossas estimativas de resultado primário para os governos estaduais. Estamos avaliando as demandas dos estados com enorme preocupação de atendê-los segundo as normas e a capacidade deles", acrescentou ela.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

Continue Lendo...

A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

Divulgação

Continue Lendo...

O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).