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Gasto com folha estoura limite de lei e tendência é de piora

Despesa da administração municipal cresce em ritmo três vezes maior que a receita

DA REDAÇÃO

26/01/2015 - 00h00
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Com a receita crescendo três vezes menos que o avanço da despesa com pessoal, a Prefeitura de Campo Grande estourou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e quem deve pagar a conta são os servidores. O Correio do Estado teve acesso ao balanço econômico-financeiro do município, o qual mostra que a folha salarial representou, em 2014, 53,78% da receita. Neste ano, a projeção é que esse porcentual suba para 58,71%.

No entanto, a Lei 101/2000, ou LRF, que estabelece normas de finanças públicas, determina que o Executivo municipal gaste com a folha até 54% da receita. Se essa despesa passar de 95% do limite (ou seja, 51,3%), a prefeitura fica impedida de realizar qualquer ação que eleve ainda mais o gasto, como, por exemplo, contratações, reajuste salarial e criação de cargos. O cofre público também é impactado, pois o município pode ficar sem receber transferências voluntárias e fazer empréstimos. 

Conforme o relatório, elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), a despesa total com a folha somou R$ 1.280.664.654,70 no ano passado, valor que corresponde a 53,78% da receita corrente líquida (RCL), que somou R$ 2.381.243.093,01. Em 2013, os montantes foram, respectivamente, de R$ 987.580.846,47 e de R$ 2.150.046.943,04 – o gasto com pessoal comprometeu 45,69% da RCL. No período (de 2013 a 2014), a receita cresceu 10,75%, e o valor da folha, 29,68%. 

Para melhor entendimento sobre o que significam esses números, pode-se compará-los com os de outros anos. Em 2012, por exemplo, a despesa com pessoal (R$ 825.910.691,48) avançou 12,35% em relação ao valor de 2011 (R$ 735.111.586,29), e a RCL (R$ 2.084.204.859,46) aumentou 15,96% sobre o montante do exercício anterior (R$ 1.797.367.485,26). Em 2012, a folha representou 39,62% da receita; e, em 2011, 36,72%. 

A reportagem, de Osvaldo Júnior, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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