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Emprego na construção deve ser ainda mais afetado, diz entidade

A construção emprega 3,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada no país

FOLHAPRESS

23/05/2015 - 09h09
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A redução de R$ 25,7 bilhões em investimentos para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deve afetar ainda mais o nível de emprego na construção civil e atingir o setor de habitação popular, que poderá sofrer atrasos na entrega de moradias.

A avaliação é da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), duas das principais entidades do setor no país, que ressaltam que já foram extintas 268 mil vagas com carteira assinada na construção setor entre outubro e março deste ano.

A construção emprega 3,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada no país.

"O programa Minha Casa Minha Vida, que emprega 400 mil trabalhadores com carteira assinada, terá redução de 30 % de recursos. Diante deste cenário, deverá existir atrasos na entrega, desemprego e dificuldade para as empresas se manterem em atividade", destaca a CBIC.

Para Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do SindusCon-SP, o ajuste fiscal precisa ser feito no país, mas preocupa a opção feita pelo governo federal de reduzir investimentos no PAC e no MCMV: "O investimento é a proteína da construção civil".

A redução atinge ainda as empresas que apostaram em investimentos tecnológicos, em pessoal e em equipamentos. "Você joga tudo fora, os planos, expectativas e, pior, dá um passo para trás, regride, ao ter de demitir", diz Zaidan.

O SindusCon-SP deve rever as previsões feitas para este ano, que estimavam queda de 5% no PIB do setor.

CREDIBILIDADE

José Carlos Martins, presidente da CBIC, destaca que o setor representa 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto) e participa com mais da metade do investimento nacional.

"Cortar investimentos nas áreas de habitação, mobilidade urbana e saneamento pode ser um fator bastante prejudicial para a geração de renda, emprego, afetando fortemente o desenvolvimento social e econômico brasileiro", afirma Martins.

Em sua avaliação, nesse momento o Brasil precisa "readquirir credibilidade", assim "os recursos disponibilizados deveriam ser, ao menos, suficientes para honrar os contratos firmados".

As duas entidades defendem medidas que estimulem o setor como, por exemplo, a manutenção da desoneração da folha. Mas, em junho, deverá ser avaliado, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que reduz a desoneração como parte do pacote de ajuste fiscal do governo. Se aprovado, o aumento da taxação deve entrar em vigor em dezembro.

"Se a intenção é aumentar a arrecadação, a medida proposta vem em sentido oposto do que deveria ser. O foco da medida deveria ser na questão da informalidade, que hoje representa 54%. Quando o projeto de lei, na prática, troca a contribuição sobre faturamento, que incidiria sobre todos, e passa para a folha de pagamento, somente sobre os formais, acaba gerando o efeito contrário do pretendido", afirma a CBIC em nota.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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