Economia

Carne Fraca

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Em retaliação a países, pecuaristas querem apoio de políticos para barrar importação

Proposta é começar a "resposta na mesma moeda" pelo Chile, país vizinho

ALINY MARY DIAS E KLEBER CLAJUS

23/03/2017 - 10h25
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Em resposta às medidas de vários países que suspenderam a importação da carne brasileira depois da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, pecuaristas de Campo Grande querem apoio da classe política para enviar proposta ao Governo Federal de também impedir a entrada de alguns produtos importados no Brasil. A ideia seria “responder na mesma moeda” começando por países mais próximos como o Chile.

Presidente da Frente Nacional da Pecuária e produtor rural do Estado, Chico Maia está na Câmara da Capital, nesta manhã, para convencer vereadores de que documento com propostas para sanar o problema da suspensão da compra da carne brasileira precisa ser encaminhado ao Governo Federal. 

Maia ressalta que o abate de boi gordo está suspenso no Estado e que muitos pecuaristas estão com animais prontos para embarcarem para frigoríficos, mas que em razão da suspensão da exportação, todo o processo está parado. "Pode já haver um impacto ao produtor e toda cadeia, uma vez que a programação de novos abates está suspensa”.

Em relação ao envio de documento para o Governo Federal, endereçado ao presidente Michel Temer (PMDB) e ao Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, Chico Maia explica que a medida de “agir com reciprocidade” seria uma maneira de pressionar países a voltar a importar carne brasileira, tendo em vista que problemas apontados na operação da PF foram pontuais.

Essa retaliação, na visão de Maia, começaria pelo Chile, país que já suspendeu compra da carne brasileira. A proposta é que o Brasil deixe de comprar salmão, vinhos e frutas chilenas. “Começaria pelo Chile pela proximidade, mas estenderia para outros países”, afirma Maia.

Essa retaliação já foi até cogitada pelo ministro Maggi, no início da semana, mas até agora o assunto não foi levado para frente no Governo em razão da suspensão da importação por parte do Chile ser temporária. 

Depois de apresentar a ideia para os vereadores, o pecuarista pode fazer a mesma mobilização na Assembleia, se tiver convite dos deputados.

REFLEXOS

Há expectativa de que a suspensão das importações impacte o preço da carne ao pecuarista e em consequência ao consumidor. Com mais oferta e menos demanda do mercado, o temor é que o valor da arroba do boi caia. “O preço de compra pode ser ruim para o produtor”. Com o preço mais baixo para o pecuarista, o valor das carnes também poderia baixar nos supermercados.

Maia também afirma que mesmo que a suspensão de compra brasileira seja encerrada por países estrangeiros, há risco de prejuízos ao país porque pode haver renegociação do valor já acertado.

Levantamento do Ministério da Agricultura revela que a média de exportações de carne do Brasil caiu de 63 milhões de dólares para 74 mil dólares por dia. Dos 21 frigoríficos investigados pela Polícia Federal, a prioridade é liberar seis deles que tinham liberado carne para exportação nos últimos dois meses. Os três frigoríficos interditados no Paraná, Santa Catarina e Goiás continuam fechados.

 

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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