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Em 2014, Black Friday quer deixar de ser 'Black Fraude'

Em 2014, Black Friday quer deixar de ser 'Black Fraude'

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O comércio on-line se arma para a próxima sexta-feira, dia em que o país terá sua quarta edição da Black Friday. Inspirado na data em que o comércio americano desova estoques para a época do Natal, promovendo megadescontos, o evento existe no Brasil em versão e-commerce desde 2011. De lá pra cá, muitos consumidores fizeram bons negócios. Outros ganharam dores de cabeça e garantiram idas ao Procon. Entre os principais problemas estão a maquiagem de preço, os servidores sobrecarregados e a falta de estoque. Tantas adversidades renderam ao evento um nome 'paralelo': Black Fraude. Para tentar reverter o quadro, os organizadores promovem, desde o ano passado, medidas para se precaver da má-fé de lojistas e dos problemas tecnológicos. 

O empresário Pedro Eugênio, do site Busca Descontos, que trouxe o evento ao Brasil, garante que as lojas aprenderam com os erros e se deram conta de que não compensa sair com a imagem arranhada devido à propaganda enganosa. Por isso, intensificou o trabalho de adesão ao selo Black Friday Legal — que garante, de certa forma, a idoneidade das empresas. Eugênio também disponibilizou desde o ano passado, no site ReclameAqui, um canal direto para queixas sobre as ofertas do evento. Há ainda um acompanhamento em tempo real dos preços dos produtos feito pelo Instituto Sieve. O intuito é combater a maquiagem de preço, que atingiu um índice de 21% no ano passado. “Além de ter muita gente que espera a Black Friday para comprar produtos de maior valor agregado, neste ano, muitas pessoas querem usar a data para antecipar os presentes de Natal. Além disso, o 13º salário de grande parte dos brasileiros cairá na conta no dia exato da Black Friday, o que aumenta o potencial de consumo”, explica o organizador.

Entre 2012 e 2013, o número de transações saltou mais de 400%, para 1,95 milhão, durante o dia e ao longo do fim de semana. Já as reclamações aumentaram 6,2%, segundo o ReclameAqui. “A Black Friday traz mais vendas e, consequentemente, maior número de problemas. A frase de ordem para o período é estar preparado para resolver todos eles. No caso do consumidor, é preciso se manter atento e comparar preços”, explica Maurício Vargas, presidente do ReclameAqui.

Segundo dados do Google, entre os meses de outubro e novembro, o interesse de consumidores pela Black Friday aumentou 200% em relação ao mesmo período do ano passado. A gerente de vendas para varejo do Google Brasil, Lidiane Tahan, afirma que entre as principais buscas estão eletrônicos, eletrodomésticos, vestuário e móveis. “Para as empresas é importante investir na Black Friday porque, se o consumidor tiver uma boa experiência no site, ele volta para fazer compras no Natal. É uma ferramenta estratégica para que a empresa consiga captar novos clientes”, afirma. O Google representa 30% da origem dos acessos de todos os sites de varejo credenciados para a Black Friday.

Outro fator determinante para estimular as empresas a não errarem em 2014 é o próprio cenário econômico. As vendas no comércio subiram apenas 2,6% até setembro deste ano, o pior resultado em quase uma década. Já a inflação abocanha uma fatia cada vez maior da renda da população. O IPCA de outubro marcou 6,59%, acima do teto da meta do Banco Central. Não bastasse isso, a demanda por crédito tem recuado e as famílias apertam os cintos para evitar o endividamento. Traduzindo na linguagem do comércio, esses indicadores sinalizam que a população está comprando menos e que os varejistas estão com estoques elevados. Sendo assim, a Black Friday será a última chance antes do Natal de reverter o quadro de desaceleração. A expectativa é de que as vendas superem 1,2 bilhão de reais — uma alta de 56% em relação ao ano passado. Apesar de inferior ao crescimento do ano passado (que chegou a 217%), a previsão é otimista quando se leva em conta a conjuntura ruim. A saber se vai se concretizar.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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