Economia

R$ 2,583 trilhões

A+ A-

Dívida pública federal avança 3,5% em junho, aponta Tesouro

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Tesouro Nacional

FOLHAPRESS

27/07/2015 - 15h24
Continue lendo...

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou avanço de 3,50% no mês de junho na comparação com maio, chegando a R$ 2,583 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Tesouro Nacional.

O número leva em consideração a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro com a venda de títulos públicos para financiar os déficits no Orçamento. A emissão de títulos superou os resgates em R$ 64,06 bilhões. Houve também acréscimo de R$ 23,4 bilhões da dívida em juros.

O estoque da dívida interna aumentou 3,81%, somando R$ 2,462 trilhões em junho. Já a dívida externa apresentou retração de 2,35%, totalizando R$ 121,28 bilhões no período.

As instituições financeiras continuam com a maior parte dos papéis emitidos, com 26,51% do total. Logo atrás estão os fundos de investimento, com 19,82%. Já o volume de investidores estrangeiros que possuem títulos do Tesouro no mercado interno caiu, passando de 20,8% em maio para 20,04% em junho.

Para o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho, a expectativa é de que a participação de não residentes no mercado interno continue relevante ao longo do ano. "Continuamos vendo interesse dos investidores estrangeiros. Nossa perspectiva é que essa participação de não residentes se mantenha estável ou eventualmente tenha um crescimento marginal".

Na composição da dívida interna, a parcela dos títulos com remuneração prefixada subiu de 43,54% para 44,05%. Já a participação de títulos indexados a índices de preços caiu de 34,57% para 34,23%. Títulos remunerados por taxa flutuante fecharam junho em 21,14%, queda de 0,13 ponto percentual.

Considerando o acumulado em 12 meses, o custo médio da dívida em títulos emitidos pelo Tesouro no mercado interno chegou a 12,88% ao ano, ante 12,58% em maio. No final de 2014, o custo médio era de 11,51%.

Secunho considerou que os resultados apresentados têm forte influência sazonal, pelo volume baixo de títulos que vencem em junho, na contramão do volume de emissões. O governo espera que os resultados do próximo mês mostrem uma evolução mais favorável da dívida.

NOTA DE CRÉDITO

O Tesouro afirmou que é difícil saber se o mercado financeiro já está precificando, nos leilões de títulos, a possibilidade uma queda da nota de crédito do Brasil.

O governo recebeu há duas semanas uma comitiva da agência de classificação de risco Moody's. Há expectativa de que essa nota, uma espécie de selo de bom pagador, seja rebaixada. Hoje, o Brasil tem avaliação "Baa2", a segunda nota do grau de investimento da agência.

Ao comentar a visita, Secunho disse que o governo tem o papel de dar a maior transparência possível nas ações. "Se isso vai ter impacto no custo (dos leilões) ou não, são expectativas do mercado, não cabe a nós fazer projeções sobre trajetória futura das taxas da dívida", afirmou.

Sobre o mercado externo, o coordenador do Tesouro lembrou que a dívida externa já está pré-refinanciada, e que acessar ou não o mercado financeiro externo é uma decisão do governo, tomada com base em monitoramento de cenários. "Vamos ao mercado externo quando entendermos que as condições são favoráveis. Mas sempre observamos questões internas e externas", disse.

FIES

O Tesouro também apresentou informações sobre o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Até 30 de junho, o governo emitiu o equivalente a R$ 1,780 bilhão para o programa.

Segundo o governo, esse título é utilizado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para pagar instituições de ensino que concedam este tipo de financiamento estudantil. Os recursos só podem ser utilizados para o abatimento no pagamento de impostos.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

Continue Lendo...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).