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Diferença de renda entre brancos e negros cresce com desemprego

Resultado é que um negro ganha 56% do rendimento médio de um branco

FOLHAPRESS

21/05/2017 - 07h00
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O avanço do desemprego fez a desigualdade de renda entre brancos e negros voltar a crescer, interrompendo um processo de redução que se iniciara na década passada.

Entre 2015 e o primeiro trimestre deste ano, a remuneração recebida por brancos em todos os trabalhos teve variação positiva de 0,8%. Já o rendimento de pardos caiu 2,8% no período, e o de pretos, 1,6%, de acordo com dados e classificação do IBGE.

Até então, a situação era inversa: entre o primeiro trimestre de 2012, início da série histórica, e o último de 2014, o rendimento de pretos cresceu 8,6%, o de pardos, 6,5%, e o de brancos, 5,6%.

O resultado é que um negro ganha 56% do rendimento médio de um branco, ante 59% no último trimestre de 2014. Já a renda do trabalho dos pardos é equivalente a 55% da que os brancos têm -no fim de 2014, era de 57%.

A principal explicação para o retrocesso é a diferença de inserção profissional. Enquanto quase metade dos brancos está empregada em vagas com carteira, os negros concentram-se no mercado informal, em vagas sem carteira ou como autônomos, segundo dados de 2015 do Ipea.

Apesar dessa distribuição desigual, os rendimentos de negros vinham crescendo mais rápido do que os de brancos. Entre 2001 e 2011, o rendimento da população negra aumentou 41,6%, ante aumento de 18,9% na renda dos brancos nesse mesmo período, de acordo com o Ipea.

Isso aconteceu graças às políticas de valorização do salário mínimo e do crescimento dos setores de serviços e construção civil, em que a participação de negros é expressiva, diz o economista Marcelo Paixão, professor da Universidade do Texas em Austin (EUA) e coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser).

"O problema é que esses são os piores trabalhos, mais instáveis, de alta rotatividade", afirma Antonio Teixeira, pesquisador da coordenação de gênero e raça do Ipea.

"A contradição desse processo é que você teve uma melhora substantiva, mas ela se deu na base da pirâmide de rendimentos, motivo pelo qual a desigualdade continuou elevada. O efeito esperado de um período de crise é que essa base seja mais impactada, por causa do tipo de emprego que ocupa", diz.

Os setores de construção e serviços entre os mais afetados pela recessão. Reflexo disso, a diferença na taxa de desemprego entre brancos, pretos e pardos, que girava em torno de três pontos percentuais em 2014, aumentou para seis pontos neste ano.

Caged

Mato Grosso do Sul gerou 10.707 empregos neste ano, aponta Ministério do Trabalho

Setor de serviços puxa geração; em Campo Grande, saldo é de 2,3 mil vagas

27/03/2024 16h15

Álvaro Rezende - Arquivo/Correio do Estado

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O Estado de Mato Grosso do Sul voltou a registrar números positivos na geração de empregos pelo segundo mês consecutivo. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, indicam a criação de 5.998 vagas de trabalho em fevereiro deste ano e de 10.709 no acumulado do ano em Mato Grosso do Sul. 

Os números do Caged indicam que no mês passado foram admitidas 39.054 pessoas e desligadas outras 33.056. O estoque de pessoas trabalhando agora chega a 668.674 pessoas. 

No que diz respeito a segmentos econômicos, o setor de serviços continua sendo o que mais emprega: gerou 2.793 vagas no mês passado, seguido pela agropecuária, com um saldo de 1.568. Construção civil gerou 689 vagas, a indústria 653 e o comércio 295, em fevereiro. 

Capital

Em Campo Grande o saldo de empregos também é positivo: a capital do Estado gerou 1.551 vagas de trabalho no mês passado. Foram 13.193 admissões e 11.642 desligamentos no período. No ano o saldo de geração de emprego na Capital chega a 2.359 vagas. 

País

O Brasil gerou 306.111 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O número supera com folga o resultado consolidado registrado em fevereiro do ano passado, quando foram abertas 252.487 vagas com carteira assinada no país.

Na comparação anual, em fevereiro deste ano, a geração líquida de vagas foi 21,2% maior do que em igual mês de 2023.

Ao todo, no segundo mês deste ano, foram registradas 2,249 milhões de contratações e 1,943 milhão de demissões.

Com a mudança de metodologia, analistas alertam que não é adequado comparar os números com resultados obtidos em anos anteriores a 2020.

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MATO GROSSO DO SUL

Tarifa do transporte rodoviário intermunicipal é reajustada em 4,51%

Medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (1º)

27/03/2024 12h15

Viajar de ônibus vai ficar mais caro nos próximos dias GERSON OLIVEIRA

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Viajar de ônibus vai ficar mais caro nos próximos dias. Isto porque a tarifa do transporte rodoviário intermunicipal foi reajustada em 4,51% em Mato Grosso do Sul. A medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (1º).

A portaria foi assinada pelo diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), Carlos Alberto de Assis e publicada na manhã desta quarta-feira (27) no Diário Oficial Eletrônico de Mato Grosso do Sul (DOE-MS).

Março é o mês data-base para reajuste de tarifas do Sistema de Transportes Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso do Sul. O transporte intermunicipal de passageiros é o serviço que atende à demanda de deslocamento da população entre as cidades do Estado.

A critério da Agems, serão admitidos acréscimos nos valores dos coeficientes tarifários de até 20% para ônibus do tipo ‘executivo’ e até 50% para ônibus do tipo ‘leito’.

Veja a tabela:

 

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