Economia

chegou a R$ 3,39

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Dia de pânico nos mercados faz
Bolsa desabar 9% e dólar subir

Dia de pânico nos mercados faz
Bolsa desabar 9% e dólar subir

FOLHAPRESS

18/05/2017 - 18h03
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A crise que atingiu em cheio o governo Michel Temer fez os mercados brasileiros acionarem travas de proteção contra fortes volatilidades nesta quinta-feira (18).

Os mecanismos, porém, foram insuficientes para evitar que a Bolsa tivesse o pior dia desde 22 de outubro de 2008 e que o dólar subisse R$ 0,26 em um dia, para R$ 3,39.

O dólar comercial encerrou o dia com forte alta de 8,16%, para R$ 3,390. Foi a maior valorização desde 5 de março de 2003. O dólar à vista, que fecha mais cedo, teve ganho de 8,68%, para R$ 3,373.

A Bolsa brasileira desabou 8,80%, aos 61.597 pontos, depois de acionar, pela primeira vez desde 2008, o circuit breaker, a trava que interrompe seus negócios em caso de forte instabilidade.

O volume financeiro foi quase o triplo do registrado em um pregão normal: R$ 23,7 bilhões, contra média diária de R$ 8 bilhões no ano.

O pânico nos mercados foi uma reação à notícia de que o presidente Michel Temer foi gravado sugerindo a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", e confirmada pela Folha de S.Paulo.

Pela manhã, a forte valorização do dólar fez o Banco Central anunciar leilão adicional de 40 mil contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), na tentativa de oferecer ao mercado proteção adicional para empresas e investidores.

Mais cedo, a autoridade monetária tinha emitido um comunicado indicando que atuaria para manter a funcionalidade dos mercados.

"Foi uma abertura de mercado com pouca informação sobre as notícias de quarta-feira, então esperávamos um mercado mais estressado", avalia Alexandre Fialho, diretor de câmbio da Cotação.

Segundo ele, a forte valorização do dólar ocorreu pela gravidade da delação e pela incerteza em torno do que acontecerá nos próximos dias, principalmente em relação à permanência de Michel Temer no governo.

A crise na qual o governo mergulhou trouxe também dúvidas quanto à aprovação das reformas que vinham sendo conduzidas pelo Planalto, como a da Previdência e a trabalhista.

"Havia um cenário de melhora, uma confiabilidade de que o governo seria tocado até 2018 e faria as reformas economicamente necessárias. Já havia uma curva de juros caindo e a inflação retrocedendo. O mercado tomou um choque, porque o cenário para as reformas ficou mais difícil", ressalta.

BOLSA

Já a Bolsa brasileira acionou o circuit breaker quando o Ibovespa caía 10,47%, aos 60.470 pontos. O circuit break é uma ferramenta acionada quando o índice tem variação negativa de 10% em relação ao fechamento anterior.

A última vez em que a Bolsa havia recorrido ao mecanismo tinha sido justamente em 22 de outubro de 2008, quando o Ibovespa recuou 10,18%.

As ações da Petrobras chegaram a cair 20%, enquanto os papéis do setor financeiro, que tem maior peso no índice, recuaram quase 20%. Os negócios ficaram interrompidos por 30 minutos e retomados às 10h50. Por volta de 11h, a Bolsa atingiu a mínima do dia, com queda de 10,7%.

A Bolsa chegou a esboçar uma melhora por volta de 15h, após o colunista Ricardo Noblat, do jornal "O Globo", dizer que Temer renunciaria no pronunciamento que faria às 16h.

Em seu discurso, porém, Temer descartou deixar o cargo, o que fez o Ibovespa aprofundar a queda novamente.
"O mercado esperava uma renúncia que não veio ou uma fala mais contundente. Mas o Temer manteve aquela história de que há uma conspiração contra ele, mas não diz de onde vem a conspiração. Foi um comunicado frágil para o que o mercado esperava", ressaltou Alvaro Bandeira, economista-chefe home broker Modalmais.

No dia, as estatais tiveram as maiores quedas do Ibovespa. Os papéis com direito a voto da Eletrobras caíram 20,97%, enquanto as mais negociadas fecharam em baixa de 16,96%. As ações do Banco do Brasil se desvalorizaram 19,91%.

Os papéis mais negociados da Petrobras recuaram 15,76%, para R$ 13,15, e as com direito a voto perderam 11,37%, para R$ 14,27.

As ações mais negociadas da mineradora Vale subiram 0,39%, a R$ 25,54, e as com direito a voto se valorizaram 0,07%, para R$ 26,86.

O dia não foi um desastre para todas as ações do Ibovespa. Os papéis de exportadoras conseguiram fechar em forte alta, impulsionados pela valorização do dólar.

As ações da Fibria, de celulose, subiram 11,48%. Os papéis da Suzano se valorizaram 9,86%, Klabin avançou 1,64% e Embraer fechou com ganho de 2,67%.

JUROS

A instabilidade também afetou o mercado de juros. Os contratos mais negociados passaram a prever queda menor da taxa de juros na próxima reunião do Copom (comitê de política monetária), no final de maio.

Antes da crise que atingiu o governo, o mercado trabalhava com um corte de 125 pontos-base a 150 pontos-base. Agora, passa a ver uma queda menor na taxa Selic, de apenas 75 pontos-base, o que levaria o juro básico a 10,50%.
"Todo mundo apostava em juros para baixo. Agora, não sei se vai ter corte de juros nesta reunião ou se o BC vai esperar o cenário se definir", avalia Lucas Marins, analista da Ativa Investimentos.

O contrato de juros futuros mais negociado, com vencimento em julho de 2017, subiu de 10,361% para 10,800%.

O contrato com vencimento em janeiro de 2018, que indica a perspectiva para a Selic no final deste ano, avançou de 8,975% para 10,075%.

A instabilidade gerada nas taxas de títulos públicos fez o Tesouro cancelar os leilões previstos para esta quinta-feira.

"O Tesouro Nacional informa que, em razão da volatilidade observada no mercado, não realizará os leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional - LTN, com vencimentos em 01/04/2018, 01/04/2019 e 01/07/2020 e Letras Financeiras do Tesouro Nacional - LFT, com vencimento em 01/03/2023, programados para hoje."
O risco-Brasil medido pelo CDS (credit default swap) tinha alta de 29,03%, para 265,9 pontos.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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Fábrica de Fertilizantes

Presidente da Petrobras visitará canteiro da UFN3 na sexta-feira

Correio do Estado noticiou visita de Prates em fevereiro; ele virá acompanhado da ministra Simone Tebet

23/04/2024 17h05

Durante evento de lançamento do Petrobras Cultural, no Rio de Janeiro, Jean Paul Prates anunciou que viria ao Estado em abril Alanis Netto

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deve vir a Três Lagoas na próxima sexta-feira. Na ocasião ele deve estar acompanhado da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do prefeito da cidade, Ângelo Guerreiro (PSDB). Eles visitarão a estrutura da UFN3. 

O evento deve ocorrer na próxima sexta-feira, confirmou a ministra Simone Tebet. 

O Correio do Estado, aliás, noticiou a vinda de Prates a Mato Grosso do Sul em primeira mão em 24 de fevereiro. Nossa equipe perguntou a Prates, em evento no Rio de Janeiro (RJ) sobre a conclusão da Fábrica de Fertilizantes, e ele disse: “Nós estamos articulando formas de isso ser agilizado, de terminarmos essa planta e ela começar a produzir”, disse ele na ocasião. 

“A planta está exatamente no meio do mercado demandador. Ela vai ser feita e vai voltar a operar, e nós vamos [a Mato Grosso do Sul] em abril. Vamos lá visitar e vamos anunciar algumas coisas legais”, complementou o presidente da estatal, depois de ter sido perguntado sobre os planos de retomada da obra.

De fevereiro para cá, porém, Prates teve a crise envolvendo o possível pagamento de dividendos extraordinários pela estatal para administrar. Até mesmo sua saída do comando da empresa, chegou a ser noticiada pela imprensa, algo que não ocorreu. 

Prates virá a Três Lagoas para ver in loco a situação da fábrica. Ele acredita que há muito mais por fazer, do que apontam as estatísticas da obra, que em 2015, na época em que ela foi paralisada, indicavam que o índice de conclusão era de 80%. “Uma obra dessa tem de ‘estar viva o tempo todo’, é como um carro antigo. Na verdade, é um 80% que deve cair para 70%”, comentou.

Quando estiver concluída, a fábrica terá capacidade para produzir 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia, além de dobrar a produção nacional de fertilizantes.

Para que a construção da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas seja retomada, porém, não basta uma decisão unilateral de Prates, ou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É preciso a aprovação do Conselho de Administração da estatal, o mesmo que se dividiu sobre o pagamento de dividendos extras aos acionistas. 

A disputa maior em torno da estatal, aliás, tem sido em torno da aplicação de recursos excedentes da estatal para investimentos ou para distribuição para acionistas.

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