As famílias de Mato Grosso do Sul estão voltando dos supermercados com produtos diferentes dos que estavam habituadas a comprar e nem sempre com o que buscavam. A constatação é feita a partir das pesquisas e indicativos do setor varejista no Estado, que apontam para 11% de itens em falta nas gôndolas comparados ao total da loja e uma queda na variedade de marcas disponíveis. Crise econômica, percalços logísticos e erros operacionais são as justificativas do segmento para o desfalque.
Presidente da Associação Sul-mato-grossenses de Supermercados (Amas), Edmilson Jonas Veratti confirma o chamado índice de ruptura, que ilustra a porcentagem de produtos em falta nas prateleiras em relação ao todo em estoque. “Tem época que chega a 14%, mas agora está em 11%. São itens que deveriam estar na loja, mas que não estão por causa de um pico de venda, cortes da indústria, atrasos ou outros fatores”, detalha.
Segundo indicadores de mercado da NeoGrid, rede de soluções para cadeia de suprimentos que reúne dados de mais de 10 mil lojas do Brasil, a ruptura nacional foi de 10,5% em outubro, último mês pesquisado. O percentual é considerado alto, visto que a média histórica é de 8%. O indicador chegou a 13,08% em janeiro, teve diminuição acentuada até julho e, a partir daquele mês, começou a dar sinais de maior estabilidade.
(*) A reportagem, de Jones Mário, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.