Economia

MERCADO IMOBILIÁRIO

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Campo Grande pode ter 5 mil
novos imóveis até fim de 2018

Projeção tem por base o número de alvarás expedidos pela prefeitura

DA REDAÇÃO

26/09/2017 - 06h00
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O mercado imobiliário de Campo Grande pode ganhar cinco mil novos imóveis até o fim de 2018, no padrão de financiamento do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com teto de até R$ 180 mil.

A projeção é da Associação de Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul) e tem como base o número de alvarás para construção de imóveis expedidos pela prefeitura somente no mês de junho, último prazo para os construtores ainda enquadrados como pessoa física ingressarem com pedido de processo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, antes de entrar em vigor nova normatização da Caixa Econômica Federal em relação ao programa.

De acordo com Adão Castilho, presidente da entidade, o mercado imobiliário de construções na faixa atendida pelo programa Minha Casa Minha Vida deu uma reagida neste segundo semestre, após um 2017 travado.

“Após uma mobilização do setor, conseguiu-se a revogação de duas portarias da Caixa Econômica Federal, prorrogando para 2019 o prazo para construção de imóveis pelo programa Minha Casa Minha Vida em loteamentos sem asfalto”, destacou.

Hoje, o estoque estimado para comercialização é de 1,5 mil casas, o equivalente a 30% do projetado em novas construções. Mesmo assim, o dirigente da Acomasul não acredita em sobra de imóveis no mercado.

*Leia reportagem, de Daniella Arruda, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

ECONOMIA

Lucro ao fim da Expogrande é cinco vezes maior que no ano passado

Entre 4 e 14 de abril a Exposição faturou R$ 576 milhões, frente aos 110 milhões de reais arrecadados em 2023

16/04/2024 11h05

Balanço da Acrissul aponta que aproximadamente 114 mil pessoas visitaram a Exposição entre 04 e 14 de abril Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Entre os dias 04 e 14 de abril, a tradicional Exposição Agropecuária Internacional de Campo Grande (Expogrande) faturou em sua 84ª edição cerca de cinco vezes mais do que o lucro registrado em 2023, com os valores mais recentes passando da casa de R$ 576 milhões. 

Conforme balanço da entidade que promove o evento, a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), a soma do faturamento interno bateu R$ 576.801.968,00. 

Enquanto isso, o fechamento após exposição de 2023 atingiu R$ 110 milhões, representando um crescimento anual de mais de cinco vezes no faturamento Expogrande, sendo que a previsão era que 2024 atingisse cerca de R$ 150 milhões. 

Diante do balanço final, contabilizando aproximadamente a visita de 114 mil pessoas, o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, destacou a "captação de recursos para investimentos com taxas especiais e exclusivas para a Exposição", como um dos grandes atrativos. 

Ao todo, foram 16 leilões realizados durante a Expogrande, gerando faturamento de R$ 22 milhões, segundo a Acrissul, com a venda de mais de cinco mil animais. 

Esses números também representam avanços, já que no último ano foram 12 leilões; quatro mil animais vendidos e R$ 18 milhões de faturamento. 

2024 de mudanças

Diversas ações aconteceram no Parque de Exposições Laucídio Coelho para que o espaço sedia-se a 84ª edição da Expogrande, como a área de julgamentos que voltou a receber os animais para avaliação, já que no ano passado havia sido transformada em arena de shows. 

Também, a Acrissul detalha que a realocação do estacionamento de associados deu espaço para a arena de shows, que dentre as oito atrações recebidas neste 2024 cabe destacar os nomes de: Simone Mendes, Ana Castela, Launa Prado, e as duplas Henrique & Juliano e Victor & Leo.

Além disso, onde ano passado era a pista de julgamentos, neste 2024 recebeu o "Projeto Fazendinha Acrissul", onde as crianças tiveram contato com os mais diversos animais do campo. 

Em nota divulgada pela Acrissul, Bumlai complementa que, ainda que os preços da pecuária "andem de lado, principalmente com o valor da arroba estagnado", nota-se um esforço do produtor sul-mato-grossense em melhorar o rebanho; diminuir o tempo de abate pela tecnologia e capacitação da mão-de-obra, visando sempre uma melhor lucratividade.
**(Com assessoria)

 

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DIVERSIFICAÇÃO

Com R$ 500 milhões em investimentos, MS pode se tornar polo na produção de laranjas

Conforme divulgado pelo governo do Estado, a plantação da fruta cítrica saltará de 2 mil hectares para mais de 10,3 mil

16/04/2024 08h30

Dois grupos passam a investir na citricultura no Estado Foto: Vinicius Vignato / Divulgação

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Rumo a expansão da diversificação agrícola, Mato Grosso do Sul pode ser tornar um novo polo da citricultura. Com investimento privado de R$500 milhões na plantação de laranjas a área cultivada saltará de 2 mil hectares para 10.300 hectares.

O Grupo Cutrale anunciou o investimento de R$ 500 milhões no plantio de 5 mil hectares de laranja. A plantação será realizada na Fazenda Aracoara, propriedade localizada às margens da rodovia BR-060, na divisa de Sidrolândia com Campo Grande.

Segundo o grupo,  serão 5 mil hectares irrigados com o plantio de 1,730 milhão de pés de laranja, considerando a média de 346 árvores por hectare. O doutor em Economia Michel Constantino aponta como positiva a notícia. 

“Vai gerar novas oportunidades com o aumento de investimentos. Emprego, renda e arrecadação de impostos são os primeiros impactos na economia”, avalia.

Tradicionalmente conhecido por sua produção agrícola concentrada em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar, o mestre em economia Lucas Mikael acrescenta que o investimento em laranjas pode trazer uma série de benefícios econômicos.

“A diversificação das culturas reduz a dependência de uma única commodity, o que torna a economia do estado mais resiliente a flutuações de preços e demanda no mercado internacional. Isso proporciona uma maior estabilidade econômica e ajuda a mitigar os riscos associados a choques em setores específicos”, analisa Mikael.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, revela que a previsão é de que, em alguns anos, o plantio da Cutrale alcance 30 mil hectares em um raio de 150 quilômetros, viabilizando uma indústria processadora de laranja em Mato Grosso do Sul.

Inicialmente a laranja viajará para uma fábrica de suco da empresa em São Paulo.

De acordo com Verruck, o governo trabalha nessa estratégia há alguns anos, após observar o crescimento de uma praga em São Paulo.

“Com o greening [doença que afeta laranjais] afetando a citricultura paulista, identificamos essa oportunidade de produzir a laranja em Mato Grosso do Sul. Nosso trabalho começou com um decreto de defesa vegetal para evitar que a doença entrasse em nosso Estado.”

Ainda durante o processo, o governo iniciou contato com investidores de São Paulo.

“A Cutrale já havia iniciado, há dois anos, o plantio de 145 hectares de laranja em Sidrolândia, a fim de verificar o comportamento das variedades. Agora, a previsão é de que lancemos, ainda neste mês de abril, nosso plano de ação para a citricultura. Acredito que as políticas públicas irão colocar Mato Grosso do Sul no mapa da citricultura nacional”, disse Verruck.

Conforme apurou o Correio do Estado, há a expectativa que uma indústria de processamento de cítricos seja anunciada na região de Sidrolândia. 

Com apoio do Governo do Estad, o acordo foi firmado oficialmente na sexta-feira (12). O acordo prevê a cooperação técnica, científica e de mobilidade entre as instituições visando o desenvolvimento e execução de programas e projetos e o intercâmbio de informações, dados técnicos, experiências, pesquisas e o estabelecimento de mecanismos para sua realização, que visem o desenvolvimento da Citricultura no Estado, de forma sustentável e economicamente viável.
 

Verruck ainda disse que há um ano o governo do Estado iniciou as tratativas com ações para atrair os investidores. 

“Nossa ideia assim como a captação de indústria, foi a de buscar neste momento a base produtiva da citricultura no MS por entendermos que temos grandes potencialidades”, detalha

MIGRAÇÃO

Afetados pelo greening, doença que afeta os laranjais, citricultores do estado de São Paulo estão migrando os pomares para Estados livres da praga. No País, atualmente a maior concentração da citricultura estão nos seguintes estados: São Paulo, com 77% da produção nacional; Minas Gerais e Paraná estão na sequência.

Pressionada pelo alastramento da doença causada por uma bactéria transmitida pelo psilídeo, inseto parecido com uma cigarrinha, produtores estão migrando para regiões livres da praga e que possuam condições climáticas para receber as plantações da fruta, visto que ataque da bactéria reduz a produção e, em casos extremos, exige a erradicação dos pomares.

O grupo Junqueira Rodas, produtor de laranja em municípios do interior de São Paulo, também migrou parte da produção para o Mato Grosso do Sul, como conta o secretário executivo de Meio Ambiente, Rogério Beretta.

“O grupo já tem 1,5 mil hectares plantados em Paranaíba, e agora temos a confirmação de um novo plantio na região de Naviraí, mais ao sul do Estado. Esta semana vamos nos reunir com outro grupo paulista que pretende trazer novos cultivos para a região de Bataguassu, na divisa com São Paulo”, relata.

CEO do Grupo Junqueira Rodas, Sarita Junqueira Rodas, confirmou ao Estadão o investimento anunciado pelo governo sul-mato-grossense. 

“Estamos migrando nossa citricultura para áreas mais seguras ou até livres do greening, como é o caso de Paranaíba”, disse. Ela conta que o plantio das mudas de laranja já foi iniciado. 

30 MIL HECTARES

Laranjais da Cutrale podem alcançar 30 mil hectares em um raio de 150 km em MS.

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