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Black friday reserva opção de
negócios e também armadilhas

Saiba como evitar para não cair em golpes

DANIELLA ARRUDA

24/11/2017 - 00h11
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Comércio campo-grandense aposta em horário especial de funcionamento e descontos de até 84% em produtos e serviços para atrair o consumidor nesta Black Friday e movimentar R$ R$ 114 milhões em vendas durante a data, conforme projeção do levantamento do Instituto de Pesquisa Fecomércio. 

Em uma rede de supermercados da Capital, o Extra, a megapromoção começou com um dia de antecedência, com direito a ofertas antecipadas para clientes por aplicativo para celular.

Já os shoppings centers funcionarão em horário diferenciado hoje. O Norte Sul Plaza abre mais cedo — das 8h às 22h, com nove lojas em plantão especial Black Friday, abertas desde as 23h59 de ontem até as 23h59 desta sexta — e o Campo Grande terá funcionamento estendido para as lojas, das 10h até as 23h.

No Pátio Central Shopping, que também promove sua campanha de descontos hoje, o atendimento das lojas vai das 8h às 19h.

Entre as ofertas em destaque no Shopping Campo Grande, o consumidor poderá encontrar desconto de até 84% na capa transparente com película de vidro para celular da My Box, de R$ 60,00 por R$ 9,90; além de sapatos no modelo Oxford da Ana Capri de R$ 219,00 por R$ 50,00 (-77,1%).

Ainda no segmento vestuário, o vestido de verão Perfecty saiu de R$ 99,99 para R$ 29,99 (-70%). Para os homens, algumas opções são camisa polo Men’s por R$ 99,90 (60% de desconto) e camisa manga longa Townley por R$ 139,00 (37% de desconto). Na linha infantil, bermuda masculina Hering Kids, de R$ 79,99 por R$ 29,99 (-63%) e calça Marisol de R$ 39,90 por R$% 19,95 (-50%). 

Para o Shopping Norte Sul Plaza, os descontos chegam a 70% e na Black Friday do centro comercial, os aparelhos celulares estarão com descontos de até R$ 700, dependendo do modelo.

O Iphone 8 Plus, de 64 GB sairá de R$ 4.399,00 por R$ 3.899,00 (-11,3%); já o Iphone 7, de 32 GB, terá desconto de R$ 600,00 (-18,7%), saindo a R$ 2.599,00 e na compra do Iphone 6, também com 32 GB, a economia chega a R$ 700 (-28%), por R$ 1.799,00.

Já no Pátio Central Shopping, há biquínis na Acquarela com desconto de 40% e confecção em geral com descontos de 20% a 50%; óculos e relógios com descontos de 30% a 50% na Chilli Beans ( peças a partir de R$ 99,00); descontos de até 60% na Le Postiche (peças a partir de 49,99 - nécessaire); Baummer Semijoias com descontos de até 70% (peças a partir de R$18,00); Pitanga Morena tem descontos de até 70% (peças a partir de R$ 40,00), entre outros.

Propaganda de promoções estão em várias lojas. Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

ORIENTAÇÃO

A Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) estará com plantão de atendimento na região central e também funcionários circulando nos centros comerciais, para prestar atendimento à população, tirar dúvidas e evitar que a Black Friday se transforme “num engodo” para o consumidor, alerta o superintendente da instituição, Marcelo Salomão.

A van do Procon estará atendendo a população durante a Black Friday na Rua Barão do Rio Branco, entre a 14 de Julho e Calógeras.

No local, a população terá acesso a orientações sobre as relações de consumo e também poderá formalizar reclamações no escritório móvel do Procon Estadual. As irregularidades também podem ser levadas por meio do endereço eletrônico www.procon.ms.gov.br e também pelo número 151. 

SUPERMERCADOS

Supermercados esperam alta de até 30% nas vendas com a Black Friday e promoções na semana que antecedeu a data.

É o caso do Assaí Atacadista, que pela primeira vez aderiu à campanha, realizando uma semana especial de ofertas e prêmios para aproveitar o apelo comercial gerado pelo tradicional evento anual de vendas do comércio.

Entre os dias 20 e 24 de novembro, informou a assessoria de imprensa, a rede espera crescer mais de 20% em vendas, na comparação com a semana anterior. 

A grande aposta em vendas é no segmento de bebidas (vodcas, vinhos, whiskies e refrigerantes) e em eletroportáteis, novidade nas lojas do Assaí. Além das ofertas, os clientes que comprarem acima de R$ 100 no período concorrerão a um Fiat Toro 0 km. 

O Walmart, que promove pela sétima vez a Black Friday em território nacional, traz mais de 1 mil itens em promoção na data, que concentra a maior venda do ano em eletro e telefonia para a rede.

No ano passado, informou, a categoria que registrou o maior crescimento nas vendas no período, ante o mesmo evento passado, foi de televisores, com incremento de 10%.

Para este ano, a expectativa é superar esse índice. Já em smartphones, a expectativa é registrar um aumento de 30% nas vendas em relação à Black Friday do ano passado.

Entre as apostas da empresa, estão também notebooks, portáteis e bebidas quentes. Conforme a assessoria de imprensa do Wal Mart, todas as seções estarão com produtos dentro da campanha hoje, incluindo alimentos, itens de bazar, celulares, informática e confecção.

Anúncios chamam a atenção, mas consumidor não pode endividar-se além da conta. Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

DICAS

Seguem as principais orientações do Procon/MS: 

1) Planeje o seu gasto, tenha foco. Não se impressione com as contagens regressivas dentro das lojas e outras estratégias de marketing, compre só ó que precisa, para não entrar no superendividamento.  

2) Sempre tenha em mãos o tablóide de promoções, essa é a sua prova de que o preço promovido realmente é o praticado pela loja. 

3) Pesquise bastante antes de comprar. “Essa é a condição “sine qua non” (indispensável) para a compra”, destaca o superintendente do Procon.

4) Tenha cuidado com as promoções enganosas e não deixe a compra para a última hora, por simples impulso. Também não vá às compras sozinho. É bom compartilhar as decisões com alguém, principalmente os idosos devem ir acompanhados de alguém de confiança. 

5) Verifique se a descrição do produto condiz com a publicação anunciada, se não tem avaria. Teste antes de comprar, lembrando que a loja é obrigada a fazer o teste. O produto também deve ter selo do Inmetro, prazo de validade e todas as informações importantes devem estar corretas. 

6) Atenção com os avisos como “na promoção, não troca o produto”. “Mesmo em Black Friday, isso não exclui os direitos de troca que estão no Código do Consumidor em caso de defeito”, ressaltou. Se for eletroeletrônico, vale o direito de 30 dias para reparo e se passar de 30 dias para o serviço de assistência técnica, deve ser feita troca do produto ou devolução do dinheiro pago. 

7) Outro item importante é a garantia. Se o consumidor compra, todos os participantes da cadeia (fabricante, revendedor, lojista) são fornecedores. “Peça nota fiscal, sempre, esse é um documento importante para garantir os seus direitos”. 

8) Trocas: procure informação antes sobre a política de trocas de compras da loja. “Cada uma tem a sua e se o produto não tiver vício nem defeito, a loja não é obrigada a fazer a troca”. 

9) Compras online: cuidado com os sites que oferecem compras com muitas vantagens. Observe se apresentam o cadeado de segurança e utilize os programas antivírus antes de fechar a compra.

Printe as telas das promoções, cheque também os comentários de usuários, para saber o que estão falando sobre a qualidade e o atendimento ao consumidor; consulte também se há reclamações contra aquela empresa em sites como o Reclame Aqui e o Consumidor.gov.

Nas compras não presenciais, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço (é o chamado direito de arrependimento, garantido pelo artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor). 

10) Se houver irregularidades, denuncie. O número de contato do Procon-MS é o 151 e o endereço eletrônico, www.procon.ms.gov.br.

"leão"

Em 4 dias, Receita Federal recebe 5% das declarações de Imposto de Renda em MS

Ao todo, 35.250 de 623.365 declarações foram entregues até segunda-feira (18)

18/03/2024 12h00

Aplicativo da Receita Federal DIVULGAÇÃO

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Dados divulgados pela Receita Federal apontam que 35.250 Declarações de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPFs) foram entregues, entre 15 e 18 de março de 2024, em Mato Grosso do Sul.

A Receita Federal estima que 623.365 declarações sejam entregues até 31 de maio. Portanto, até o momento, 5,6% dos documentos foram declarados. No Brasil, o número é de 2,2 milhões.

Na sexta-feira (15), delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, avaliou o ritmo de entrega como positivo, e, que isso se dá por conta da facilidade no preenchimento e envio da declaração.

“O programa é amigável e oferece todas as condições para que todos prestem contas com rapidez e segurança, uma vez que a Receita Federal oferece até mesmo a possibilidade de o contribuinte utilizar a declaração pré-preenchida”, detalhou o delegado.

O Imposto de Renda, ano-base 2023, pode ser declarado de 15 de março a 31 de maio de 2024, por meio deste site ou pelo aplicativo da Receita Federal. Quem perder o prazo pagará multa de 1% sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74, ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

O governo federal publicou, em fevereiro, a Medida Provisória (MP) nº 1.206/2024, que isenta do Imposto de Renda aqueles que tiveram renda de até dois salários mínimos (R$ 2.824).

Segundo o Ministério da Fazenda, 15,8 milhões de brasileiros serão beneficiados. A nova tabela teve efeito imediato e entrou em vigor a partir de sua publicação. A partir de agora, o contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824,00 mensais já será beneficiado com a isenção.

OBRIGATORIEDADE E CONSEQUÊNCIA

É obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 o contribuinte que:

  • Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90, o que inclui salário, aposentadoria e pensão do INSS ou de órgãos públicos
  • Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (como rendimento de poupança ou FGTS) acima de R$ 200 mil
  • Teve ganho de capital (ou seja, lucro) na alienação (transferência de propriedade) de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto; é o caso, por exemplo, da venda de carro com valor maior do que o pago na compra
  • Teve isenção do IR sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguida de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias
  • Realizou vendas na Bolsa de Valores que, no total, superaram R$ 40 mil, inclusive se isentas. E quem obteve lucro com a venda de ações, sujeito à incidência do imposto. Valores até R$ 20 mil são isentos
  • Tinha, em 31 de dezembro, posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 800 mil
  • Obteve receita bruta na atividade rural em valor superior a R$ 153.199,50
  • Quer compensar prejuízos da atividade rural de 2023 ou anos anteriores
  • Passou a morar no Brasil em 2023 e encontrava-se nessa condição em 31 de dezembro

Quem deixar de declarar imposto de renda está sujeito as seguintes penalidades:

  • Pagamento de multa de no mínimo R$ 165,74
  • CPF irregular
  • Cair na Malha Fina
  • Ser acusado de sonegação fiscal

TABELA

A tabela mensal ou anual de desconto do Imposto de Renda é uma orientação para que os contribuintes saibam a partir de que valor há obrigatoriedade de fazer o recolhimento do tributo e quem está isento do IR.

Base de Cálculo

Alíquota (em %)

Dedução (em R$)

Até R$ 2.112,00

isento

R$ 0,00

de R$ 2.112,00 até R$ 2.826,65

7,5%

R$ 158,40

de 2.826,66 até 3.751,05

15,0%

R$ 370,40

de 3.751,06 até 4.664,68

22,5%

R$ 651,73

Acima de 4.664,68

27,5%

R$ 884,96

* Colaborou Glaucea Vaccari 

Mato Grosso do Sul

Financiamento de imóveis começa ano com queda de 42%

Juros altos, com taxas próximas à Selic, e metro quadrado com preço caro têm afastado compradores

18/03/2024 08h30

GERSON OLIVEIRA

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Levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) registra queda de 41,89% na quantidade de imóveis financiados em Mato Grosso do Sul no primeiro mês deste ano. No mesmo período de 2023, foram negociadas 487 unidades habitacionais. Agora, em janeiro deste ano, 283 negócios foram acordados.

Ao se analisar os valores, a diferença resulta em uma perda porcentual de 29,99%, uma vez que, em janeiro do ano passado, foram disponibilizados R$ 161,620 milhões (contra R$ 113,143 milhões no primeiro mês deste ano). 

Ou seja, R$ 48,477 milhões a menos foram liberados para a comercialização de imóveis.
Segundo a análise de especialistas, a redução do volume aplicado na poupança teve influência direta no cenário de Mato Grosso do Sul. 

E o principal motivo para a queda de financiamento imobiliário são os altos juros dos financiamentos imobiliários praticado pelos bancos. As taxas ainda estão muito parecidas com a Selic, fazendo que 
o valor contratado do financiamento quase dobre ao fim do período.

Nas simulações feitas pelo Correio do Estado, por exemplo, as taxas de juros em financiamentos imobiliários no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que utiliza os recursos do sistema brasileiro de poupança, variaram entre 9,5% e 12,5% ao ano, a depender do relacionamento que o cliente tenha com o banco.
Nessas simulações, ao fim de prazos comuns em financiamentos, como 180 ou 240 meses, o valor pago aos bancos durante os contratos praticamente dobraram: em crédito de R$ 100 mil, a somatória das parcelas se aproxima dos R$ 200 mil no período, por exemplo.

Como já publicado pelo Correio do Estado, segundo dados da Abecip, no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou queda de 34,71% na quantidade de imóveis financiados. Em 2023, foram 5.944 moradias financiadas, enquanto em 2022, 9.104.

Em relação aos valores, a diferença ocasionou uma perda porcentual de 29,94%, tendo em vista que no ano passado foram R$ 1,826 bilhão de recursos disponibilizados, contra R$ 2,606 bilhões em 2022. Ou seja, R$ 780 milhões a menos foram liberados para a comercialização de imóveis.

Análise

Para o economista Eduardo Matos, o cenário surgiu como resultado do ocorrido em 2020, quando houve o estouro da pandemia de Covid-19, fato que interferiu no movimento econômico mundial.

“Em primeiro lugar, a recessão global, ao mesmo tempo a alta dos preços. Ninguém estava comprando nada, ninguém estava financiando nada”, opina.

Já em 2022 houve a retomada da economia. A partir do fim da reclusão das pessoas, com uma volta gradual à normalidade, a roda da economia voltou a girar.

“Contudo, no período pós-pandêmico, [com relação às] famílias de renda média, algumas voltaram para a classe baixa. Essas pessoas eram aquelas que utilizavam o sistema de poupança e empréstimos e deixaram de ser o público desse serviço, passando a ser o público do [programa] Minha Casa, Minha Vida [MCMV]”, relata.

Matos salienta que muitas famílias ainda preferem o aluguel, tendo ainda a questão dos juros que seguem em alta, como uma das justificativas para o movimento de queda nos financiamentos imobiliários no Estado.
“Em resumo, há todo um contexto, e não só um fator único, mas diversos, que seguraram um pouco os contratos, o founding de poupança”, analisa.

FINANCIAMENTO 

Sobre a modalidade, o mestre em Economia Lucas Mikael esclarece que o financiamento imobiliário com recursos da poupança é um tipo de empréstimo voltado para a compra ou para a construção de imóveis, utilizando os depósitos feitos na caderneta de poupança como fonte de financiamento.

“Normalmente oferecido por instituições financeiras, esse modelo visa proporcionar aos clientes uma maneira acessível de conquistar a moradia própria”, detalha.

Já para Matos os financiamentos imobiliários podem ser feitos de duas formas. “Pelo MCMV, programa social que visa beneficiar as famílias de baixa renda, e pelo financiamento em questão feito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos [SBPE]”, comenta.

Em relação a essas modalidades, os bancos acessam os recursos das cadernetas de poupança, pagando um juro de aproximadamente 0,6% (ou até menos) do que paga a Selic a seus clientes, e financiam aos próprios clientes em taxas maiores que a remuneração entregue na caderneta. É de operações como essa que vem parte da lucratividade dos bancos.

Mas também as operações de crédito, que permitem que famílias que não têm imóvel nenhum levantem dinheiro suficiente para a aquisição da casa própria. Normalmente nesse modelo, o próprio imóvel adquirido é dado em garantia em caso de não pagamento do empréstimo.

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