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Ação da JBS sobe 9,5% em dia de alívio na Bolsa; dólar comercial cai 0,3%

Ação da JBS sobe 9,5% em dia de alívio na Bolsa; dólar comercial cai 0,3%

FOLHAPRESS

23/05/2017 - 17h40
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Em dia de ajuste na Bolsa brasileira e correção no mercado de câmbio, as ações da JBS recuperaram parte da desvalorização de mais de 30% sofrida na sessão anterior e lideraram os ganhos do Ibovespa nesta terça-feira (23).

As ações da empresa chegaram a cair 12,2% e entraram em leilão algumas vezes ao longo do pregão, mas fecharam com alta de 9,53%, a R$ 6,55. No entanto, os papéis ainda acumulam desvalorização de 42,3% no ano, após sucessivas operações da Polícia Federal e com a delação do empresário Joesley Batista, dono da empresa.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, fechou com alta de 1,60%, para 62.662 pontos.

No mercado cambial, o dólar comercial fechou o dia com desvalorização de 0,30%, para R$ 3,268. O dólar à vista, que encerra os negócios mais cedo, recuou 0,42%, para R$ 3,279.

No exterior, a moeda americana se fortaleceu ante 20 das 31 principais divisas mundiais.

Apesar do aparente alívio no cenário doméstico, a instabilidade política ainda está no radar dos investidores. A avaliação é de que Bolsa e dólar devem continuar com forte instabilidade enquanto não houver um horizonte mais claro envolvendo o governo e a capacidade do presidente Michel Temer aprovar as reformas da Previdência e trabalhista, consideradas pelo mercado fundamentais para equilibrar as contas do país.

"O mercado entrou em compasso de espera até 6 de junho, se não explodir nenhuma bomba até lá. O investidor é de curto prazo, então se a Bolsa subir um pouco ele vende, se cair muito ele compra", afirma Pedro Galdi, analista da Upside Investor.

No dia 6 de junho está marcado o julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da chapa Dilma-Temer. Na visão de analistas, seria uma forma de resolver a questão política mais rapidamente.

"Eu acho que o Temer não tem mais condições de tocar isso, e ele falou que não vai renunciar. Enquanto não houver clareza e os nomes que poderiam substitui-lo não forem apontados, o mercado vai continuar nervoso", ressalta.

Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets, também projeta instabilidade nos mercados até uma definição do cenário político. "O mercado prefere uma saída para o Temer via TSE. O impeachment é visto como muito demorado. A eleição direta é difícil de acontecer, e a indireta demoraria muito. Então o TSE seria uma saída mais factível", afirma.

Nesta terça-feira, o Banco Central fez o último dos três leilões de novos contratos de swaps cambiais (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro).

Com a atuação, o BC tenta reduzir a volatilidade no mercado cambial, após o dólar disparar 8% na quinta-feira (18) como reflexo da crise política que atingiu o presidente Michel Temer. O BC vendeu 40 mil contratos em cada um dos três leilões, no total de US$ 6 bilhões.

Além disso, manteve a intervenção diária e vendeu 8.000 contratos de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. Dos US$ 4,435 bilhões, ainda falta o BC rolar US$ US$ 2,035 bilhões.

O CDS (credit default swap), medida de risco-país, recuou 2,45%, para 242,5 pontos.

AÇÕES

Além das ações da JBS, o dia também foi de ganho para outras 54 ações do Ibovespa. Só quatro encerraram o dia em queda.

Os papéis mais negociados da Petrobras subiram 0,67%, para R$ 13,49. As ações da estatal que dão direito a voto se valorizaram 0,77%, para R$ 14,42.

O dia foi de alta também para as ações da mineradora Vale. Os papéis preferenciais da empresa subiram 0,64%, para R$ 26,58. As ações ordinárias avançaram 1,22%, para R$ 28,26.

"A China mostra resiliência, apesar de especulações envolvendo o mercado de crédito no país. Os números de produção e de atividade econômica chineses ratificam a manutenção da máquina deles rodando, o que ajuda na recuperação do próprio minério de ferro", avalia Aldo Moniz, analista-chefe da Um Investimentos.

No setor financeiro, papéis de bancos fecharam no azul nesta terça. As ações do Itaú Unibanco avançaram 1,58%. Os papéis preferenciais do Bradesco subiram 0,67% e os ordinários, 1,02%. As ações do Banco do Brasil se valorizaram 1,65%. As units -conjunto de ações- do Santander Brasil tiveram ganho de 2,28%.

As exportadoras, que subiram na segunda-feira na contramão do mercado por causa da valorização do dólar, fecharam em baixa nesta terça. Os papéis da Embraer caíram 1,42%. As ações da Fibria perderam 0,40% e as da Suzano recuaram 0,87%.

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

Economia

Bolsa sobe com impulso da Petrobras; dólar passa a cair

Investidores aguardam divulgação de índice de inflação acompanhado pelo Fed

22/04/2024 17h00

Arquivo/Agência Brasil

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A Bolsa brasileira engatou alta no início da tarde desta segunda-feira (22) com apoio das ações da Petrobras, que avançavam quase 2%.

O mercado segue acompanhando os desdobramentos sobre o pagamento dos dividendos da petroleira. Na sexta (19), a Folha noticiou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.

A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.

Em comunicado ao mercado, a estatal disse que a maioria do conselho considera satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da empresa no curto, médio e longo prazo de modo que a eventual distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

"Eventual distribuição dos 50% remanescentes pela companhia, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo conselho de administração ao longo do exercício corrente", disse a Petrobras.


No câmbio, o dólar registrou alta durante a manhã, mas passou a registrar queda ante o real, num movimento de correção após forte alta na última semana.

Investidores estão à espera dos dados do índice de inflação americano PCE, o preferido do Federal Reserve (banco central americano), na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.

O mercado também aguarda números do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.

Às 13h50, o Ibovespa subia 0,61%, aos 125.88 pontos, enquanto o dólar recuava 0,32%, cotado a R$ 5,182. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras subiam 1,87%.
Investidores também seguem de olho nas perspectivas fiscais do Brasil, num momento em que cresceram as apostas em desaceleração do afrouxamento monetário do Banco Central devido aos riscos de deterioração das contas públicas.

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.
No entanto, esse impulso poderia não ter efetividade caso fosse motivado por deterioração do risco fiscal, já que esse também é um fator levado em consideração por agentes financeiros na hora de escolher destinos de investimento.

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