Tecnologia

ENTREVISTA

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Palestrante falará sobre compras na área da saúde

Ronie Reyes é fundador da 1ª empresa voltada à capacitação de profissionais da área

DA REDAÇÃO

23/08/2014 - 08h44
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Com mais de duas décadas de experiência conduzindo equipes de Suprimentos em grandes instituições hospitalares do país, Ronie Oliveira Reyes é uma das principais referências do setor na gestão dos processos de aquisição com foco na eficiência operacional e no controle de custos. Administrador de Empresas, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas, é autor do blog “Gestão de Compras” no portal SaudeWeb, e  fundador da Conduta Saúde, a primeira empresa brasileira voltada à capacitação de profissionais das compras na área da saúde.

Na próxima sexta-feira, Reyes vai ministrar a palestra Gestão Estratégicas de Compras no Moderno Mercado Hospitalar, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, durante o Congresso de Saúde em Mato Grosso do Sul, que começa no dia 28 de agosto. Mais informações: (67) 3323-9252 ou pelo site consaudems.com.br 

Fazer compras é o grande desafio de um gestor? Por quê?

Da mesma forma que ocorreu na indústria há alguns anos, o mercado hospitalar vem sentindo mudanças consideráveis no seu ambiente de negócios, muitas delas explícitas na relação com seus clientes, sejam eles médicos, fontes pagadoras ou pacientes.

Se no passado a falta de opções para se obter a assistência médica permitia que as instituições formassem seus preços de venda, simplesmente aplicando um percentual sobre seus custos. Nos dias atuais, essa prática tornou-se inviável com o consumidor/cliente assumindo para si o poder de escolha sobre quanto irá pagar para obter sua necessidade.

A concorrência e a ampliação do nível de exigência dos diversos públicos naturalmente estagnaram as possibilidades de se elevar os preços de venda, fazendo com que a lucratividade não mais fosse medida pelo aumento na receita de venda, mas sim por quanto sobrava às organizações após atenderem seus pacientes.

A redução de custo e a obtenção do valor agregado, assim sendo, passaram a ganhar destaque na hierarquia dos hospitais, trazendo conotações muito mais estratégicas ao departamento de compras que, afinal de contas, é a área que melhor pode contribuir para a nova realidade de se fazer mais com menos.

Qual é o segredo para o bom resultado?

Um bom resultado na atividade de compras mescla a importância assistencial do setor com a eficiente administração dos recursos disponibilizados para a reposição de estoques, compra de equipamentos e outras atividades que garantam a operação hospitalar.

O entendimento de que as opções de compra podem interferir não só no abastecimento, mas também na receita da organização é outro aspecto que tende a impulsionar resultados financeiros em um nicho muitas vezes não explorado.

O desenvolvimento de alternativas, a preocupação com a qualidade dos fornecedores e produtos e a preservação da reputação da empresa são outros indicadores que refletem um desempenho extraordinário de compradores.
 
Como funcionam as compras em hospitais modernos?

Em hospitais modernos, o departamento de compras interfere em todas as frentes, viabilizando investimentos que ampliem a capacidade da instituição em gerar satisfação a seus clientes, definindo o padrão de receita pela venda de materiais e medicamentos oferecidos aos pacientes, servindo de ponte entre os interesses internos e o mercado fornecedor. Além de facilitar, por meio de suas negociações, novos acordos com fontes pagadoras.
 
Existem prioridades que devem ser executadas?

A gestão da área de compras, apesar dos desafios financeiros e estratégicos que detêm, devem tomar dois princípios como prioridades em qualquer plano de reorganização:  

O nível de assistência esperado por clientes externos e internos: isto é obtido por meio da garantia da qualidade no fornecimento de produtos oferecidos à operação e, principalmente, com o abastecimento pleno das necessidades de materiais, medicamentos,etc. De nada vale um desconto de 20% em uma compra, se o item não estará disponível ao seu consumidor no momento adequado;

A conduta ética: mais do que em outras funções, o comprador deve projetar ao mercado uma imagem confiável e alheia a qualquer procedimento que não seja o melhor para a instituição que representa, para seus pacientes e parceiros, para a sociedade. Ao guardar um comportamento compatível com os valores aceitos pela organização onde está inserido, o departamento de compras garante a preservação da reputação da empresa e também de seus funcionários.

Quais são os principais alertas para esse setor?

Muitos hospitais continuam a delegar à área de compras um papel puramente administrativo, deixando de lado o impacto estratégico que uma atuação capacitada pode ter não só na parte financeira, mas também na satisfação de seu público.

Trazer Compras para o palco das grandes decisões e solução é vital não só para a ampliação de resultados, mas bem como para a sobrevivência das instituições em um ambiente cada vez mais competitivo.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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