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Novo teste sanguíneo pode detectar câncer de ovário

Novo teste sanguíneo pode detectar câncer de ovário

climatologiageografica

06/05/2015 - 04h00
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Um dos tipos mais letais da doença, o câncer de ovário atinge milhares de mulheres todos os anos ao redor do mundo. Um dos maiores problemas desta doença é que seu estágio precoce muitas vezes não apresenta quaisquer sintomas óbvios ou específicos, fazendo com que esse seja descoberto comumente já em uma fase avançada, tornando o tratamento mais complicado. Mas, de acordo com uma publicação do portal ‘IFL Science’, isso pode estar prestes a mudar. Os resultados de um teste recente dão alguns pontos muito encorajadores sobre o assunto.

Conforme descrito no Journal of Clinical Oncology, dos EUA, os cientistas descobriram que exames de sangue regulares para uma determinada proteína, conhecida como CA125, pode resultar na detecção de duas vezes mais casos de câncer de ovário em relação a testes convencionais. Ao observar as mudanças no nível desta proteína ao longo do tempo, uma equipe liderada pelo University College London foi capaz de usar a análise estatística para determinar uma previsão mais precisa do risco de uma mulher desenvolver o câncer.

“O câncer de ovário é particularmente difícil de ser detectado em sua fase inicial, por isso é vital que encontremos maneiras de diagnosticar o câncer mais cedo”, disse James Brenton, do Cancer Research UK. “Um exame de sangue para encontrar mulheres com risco de câncer de ovário é uma perspectiva animadora, mas este trabalho ainda precisa ser testado para ver se pode salvar vidas”.

O novo método foi capaz de detectar câncer em 86% das mulheres com a doença, o dobro do número detectado por técnicas normais. A pesquisa envolveu mais de 200 mil mulheres na pós-menopausa com idade acima de 50 anos, que receberam, de forma aleatória, diferentes técnicas de busca pelo câncer. Destas, 46 mil mulheres continuaram a ter seu sangue testado uma vez por ano, em busca dos níveis de CA125.

Apesar do fato de tumores ovarianos serem conhecidos por produzir a proteína por um tempo, o CA125 tradicionalmente tem sido visto como um alerta impreciso para o câncer. Isso porque os cientistas utilizam um limiar fixo de CA125 no sangue para identificar aquelas que estão em risco. Mas nem todo mundo tem o mesmo: algumas mulheres têm níveis muito mais elevados da proteína e não possuem o câncer, e outras, com níveis muito baixos, desenvolvem a doença.

“O CA125 como indicador biológico do câncer de ovário tem sido posto em xeque… o que é normal para uma mulher pode não ser para outra. É a alteração dos níveis desta proteína que é importante”, explicou o professor Ian Jacobs, da Universidade de New South Wales, Austrália, líder e coautor da abordagem estatística utilizada no estudo.

Armados com este conhecimento, os cientistas desenvolveram uma nova técnica estatística que levou em conta fatores como a idade da mulher, o nível de partida da proteína e como ela alterou ao longo do tempo. Isso permitiu que a equipe ampliasse consideravelmente a capacidade de prever o risco do câncer utilizando o CA125.

No entanto, os pesquisadores envolvidos no estudo alertam que, embora esses resultados sejam promissores, ainda é desconhecido se mais vidas serão salvas por esse aumento na detecção. No entanto, devemos saber mais sobre isso até o final do ano, quando os resultados sobre o impacto que o rastreio regular teve sobre as mortes por câncer de ovário devem ser liberados. Se os resultados forem positivos, então Patrick Maxwell, do Conselho de Pesquisa Médica, estará esperançoso de que “esses resultados iniciais emocionantes podem, eventualmente, passar a constituir a base de um programa nacional de rastreio do câncer de ovário”.



 

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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