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Governo quer mudanças na vacinação contra febre amarela em 2018

Governo quer mudanças na vacinação contra febre amarela em 2018

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A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, afirma que novas mudanças na vacinação contra a febre amarela, como a possibilidade de extensão da vacina para crianças, estão em análise e devem passar a valer em 2018.

Conforme a Folha de S.Paulo publicou nesta quinta-feira (23), há dois pontos principais em estudo.
O primeiro é uma ampliação na área de recomendação permanente para a vacina, locais onde a vacinação é indicada para a população e turistas que pretendem viajar para essas regiões. Hoje, essa área abrange 3.529 municípios.

Com o surto de febre amarela deste ano, porém, outros 177 municípios do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia passaram a ter recomendação temporária de vacinação.

Segundo Domingues, a expectativa é que esses municípios sejam incluídos na área de recomendação permanente. "Outras áreas também devem entrar, mas essa avaliação só conseguimos fazer ao final do surto", afirma. "Espera-se que até o fim de maio ou começo de junho esse surto seja interrompido. E aí vamos ter maior clareza", completa.

CRIANÇAS

Outra mudança em estudo, como a Folha divulgou, é a possibilidade de oferecer a vacina em todo o país para crianças a partir de 9 meses, com segunda dose aplicada aos 4 anos. Com isso, a proteção estaria garantida por toda a vida.

"Hoje, 3.500 municípios fazem vacinação da criança, aos 9 meses e 4 anos. Os outros 2 mil não fazem a vacinação de rotina no calendário. Qual a proposta do ministério? Fazer que em todo o Brasil, a vacina de febre amarela passe a fazer tanto da área de recomendação quanto sem recomendação", afirma.

Segundo Domingues, a decisão por incorporar a vacina para todas as crianças ainda depende, no entanto, de uma avaliação sobre o risco de efeitos adversos -que podem ocorrer caso a vacina for aplicada em pessoas a quem não é recomendada, como pessoas com o sistema imunológico comprometido.

"Falta ainda avaliar o risco-benefício, pois estenderíamos para uma área que hoje não tem casos, e que temos que colocar na balança. O benefício é que, a longo prazo, podemos ter toda a população vacinada", afirma. Ainda de acordo com a coordenadora, outros Estados que já planejam incluir a vacina ainda neste ano podem fazê-lo caso adquiram as doses. É o caso de São Paulo, por exemplo.

"Ele tem essa possibilidade [de iniciar antes], se conseguir comprar a vacina. Senão, tem que esperar a decisão do Ministério da Saúde, a menos que mude o cenário epidemiológico. Nossa proposta é fazer a vacinação [para essa faixa etária no país] em 2018", diz.

A previsão corre devido à necessidade de garantir que haja doses suficientes da vacina. Atualmente, o Ministério da Saúde negocia com o laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, a possibilidade de aumentar a produção para 70 milhões de doses por ano.

QUEM JÁ SE VACINOU

Ainda segundo Domingues, a pasta deve lançar, até o fim deste ano, um sistema de registro com dados de cada pessoa vacinada no país e doses aplicadas. A ideia é que, com o novo modelo, seja possível saber com maior precisão quais os municípios do país com menor cobertura vacinal entre a população e quais têm população já vacinada em outros locais.

Hoje, esse sistema já aplicado em 20 mil salas de vacinação do país para registro das crianças vacinadas. O objetivo é estender para outras 17 mil salas ainda neste ano.

Usuários poderão verificar, por meio de um aplicativo digital, quais doses de cada vacina já foram aplicadas e quais estão em atraso ou prestes a vencer. "Com isso, vamos conseguir identificar a pessoa vacinada de acordo com a cidade de residência e poder emitir novamente a carteira de vacinação", diz a coordenadora.

O QUE SE DISCUTE

> Avanço do surto de febre amarela e confirmação de morte de macacos em áreas até então não atingidas demonstra necessidade de ampliar área de vacinação, incluindo também trechos do Rio, Espírito Santo e Bahia.

> Especialistas, Estados e técnicos do Ministério da Saúde discutem incluir a vacina no Programa Nacional de Imunizações, sendo ofertada a todas as crianças a partir de 9 meses, e não só para quem mora ou pretende viajar para área recomendada. Ideia é, ao longo do tempo, ter a maior parte da população protegida.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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