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Produção de plástico chegou a
8,3 bilhões de toneladas em 65 anos

Produção de plástico chegou a
8,3 bilhões de toneladas em 65 anos

Istoé

19/07/2017 - 17h48
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Uma nova pesquisa mostra que o ser humano produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico, desde o início a produção em massa desse material, em 1950, até 2015. A maior parte desse plástico já virou lixo e quase 80% do material está agora em aterros sanitários ou no meio ambiente.

O estudo, publicado nesta quarta-feira, 19, na revista Science Advances, foi liderado por cientistas das universidades da Geórgia, da Califórnia e da organização oceanográfica Sea Education Association (SEA) – todas dos Estados Unidos. Segundo os autores, a pesquisa faz “a primeira análise global da produção, uso e destino de todo o plástico já fabricado”.

Das 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas até 2015, cerca de 6,3 bilhões já foram descartados. De todo esse lixo, apenas 9% foi reciclado, 12% foi incinerado e 79% está acumulado em aterros ou poluindo o ambiente natural.

O estudo também mostra que a produção de plástico acelerou nos últimos anos: metade da produção de 8,3 bilhões de toneladas ocorreu nos últimos 13 anos do período estudado, isto é, entre 2002 e 2015.

Nesse ritmo, segundo os cientistas, a quantidade de plástico jogada em aterros ou no ambiente chegará a 13 bilhões de toneladas até 2050.

“A maior parte do plástico não é bidegradável em nenhum sentido, portanto o lixo plástico gerado pelos humanos poderá permanecer conosco por centenas ou até milhares de anos”, disse uma das autoras do estudo, Jenna Jambeck, professora da Universidade da Geórgia.

Para realizar a pesquisa, os cientistas compilaram estatísticas de produção de resinas, fibras e aditivos de diversas fontes industriais e sintetizaram os dados de acordo com tipo e setor de consumo.

Segundo o estudo, em 1950, a produção de plástico era de 2 milhões de toneladas anuais. Em 2015, ela já era de 400 milhões de toneladas por ano. Com isso, dizem os cientistas, o plástico ultrapassou vários outros materiais no ranking dos mais produzidos pela humanidade. Atualmente, os mais produzidos são os materiais relacionados à construção civil, como aço e cimento.

Os cientistas afirmam, porém, que o aço e o cimento são usados principalmente para construção, enquanto o plástico tem seu maior mercado nas embalagens, que na maior parte das vezes são utilizadas uma só vez e descartadas.

“Mais ou menos metade de todo o aço que é produzido vai para a construção, e por isso terá décadas de uso. Com o plástico acontece o contrário. Metade do que é produzido se torna lixo com quatro anos ou menos de uso”, disse o autor principal da pesquisa, Roland Geyer, também da Universidade da Geórgia.

Segundo Geyer, o estudo tem o objetivo de criar os fundamentos para uma gestão sustentável de materiais. “Dito de forma simples, não é possível fazer a gestão do que não foi medido. Então, achamos que as discussões sobre políticas públicas ficarão mais informadas e baseadas em fatos agora que temos esses números”, disse Geyer.

A mesma equipe de pesquisadores publicou em 2015, na revista Science, um estudo que calculou a quantidade de plástico no ambiente marinho. A estimativa é de que só no ano de 2010, mais de 8 milhões de toneladas de plástico foram jogadas nos oceanos.

“Existe gente viva atualmente que ainda se lembra de um mundo sem plástico. Mas esse material já se tornou tão onipresente que não conseguimos ir em lugar algum sem encontrar lixo plástico no ambiente, incluindo os oceanos”, disse Jenna.

Os autores do estudo destacaram que não têm a pretensão de remover o plástico do mercado, mas de incentivar um exame mais crítico do uso do material.

“Há áreas nas quais o plástico é indispensável, especialmente em produtos desenhados para a durabilidade. Mas acho que precisamos olhar com mais cuidado para o nosso caro uso dos plásticos e devemos nos perguntar quando o uso desses materiais fazem ou não fazem sentido”, afirmou outra das autoras do estudo, Kara Lavender Law, da SEA.

Tecnologia

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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