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Especialista esclarece mitos e verdades sobre o câncer de mama

Especialista esclarece mitos e verdades sobre o câncer de mama

DA REDAÇÃO

01/08/2016 - 21h00
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O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.

Para esclarecer sobre a doença, a doutora Lívia Andrade, coordenadora do Serviço de Oncologia Clinica do Hospital De Irmã Dulce e Oncologista Clinica da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, elencou as principais dúvidas que as pacientes costumam ter sobre câncer de mama com o objetivo de esclarecer o assunto. 

1. O câncer de mama é um tumor?

Verdade. O câncer de mama é o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A doença, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. 

2. Não tenho histórico familiar nem fatores de risco. Nunca terei tumores nos seios.

Mito. O excesso de peso, o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, por exemplo, são prejudiciais. De acordo com o INCA a prevenção do câncer de mama não é totalmente possível pois a doença pode ser provocada por múltiplos fatores. A alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos, controlar o peso e evitar o consumo de bebida alcoólica diminuem o risco de desenvolver a doença, no entanto, nenhuma mulher está imune ao câncer de mama.

3. Podemos afirmar que emoções negativas como estresse, mágoas e raiva podem causar câncer.

Mito. Não há evidências científicas de que o câncer surja a partir de sentimentos negativos como mágoa, tristeza ou depressão. Porém, alguns especialistas acreditam que esses fatores emocionais podem abaixar a imunidade, favorecendo o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas o câncer.

4. Fazer autoexame, apalpando meus seios em busca de caroços descarta a necessidade da realização de outros exames.

Mito. Fazer o autoexame é uma prática positiva e deve ser estimulada. No entanto, ele não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura. Segundo a recomendação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para obter um diagnóstico precoce é preciso consultar um médico, realizar exame clínico de mama e fazer a mamografia. 
Ainda segundo a especialista, o exame de toque feito em casa continua sendo importante, porém os exames clínicos podem detectar nódulos ainda muito pequenos para serem sentidos e que, por isso, não podem ser dispensados. “Se tocar faz com que a mulher conheça seu corpo e perceba caso haja algo fora do normal, o que é de grande valia, mas a análise clínica precisa ser feita”, conclui.

5. É prejudicial ao bebê continuar amamentando se existe suspeita de câncer de mama.

Mito. Pode-se amamentar durante a realização de exames de diagnóstico para o câncer, como mamografia, raios X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom e biópsia. As células cancerosas não passam para o bebê através do leite materno. Caso a doença seja confirmada, os médicos aconselham às mulheres que iniciam o tratamento com radioterapia ou com quimioterapia, que parem de amamentar até que os elementos radioativos ou medicamentos sejam completamente eliminados do organismo da mãe. Porém, podem voltar a amamentar após esse período.

6. Existe mais de um tipo de câncer de mama.

Verdade. O tipo mais comum de câncer de mama é o que se origina nas células dos ductos mamários, por onde passa o leite materno, podendo disseminar-se pelos tecidos adjacentes. Outro tipo, menos comum, é o que tem origem nas células dos lóbulos mamários. Todos os tumores de mama, independentemente de seu tipo, devem ser testados quanto à presença de algumas proteínas, como o HER2, para os hormônios femininos, estrógeno e progesterona, para melhor definição do tratamento. 

7. HER2 é um tipo de câncer de mama? Como ele atua no corpo?

Verdade. O câncer de mama do subtipo HER2 positivo é caracterizado pela presença em maior quantidade dessa proteína localizada na superfície das células. Em cerca de 20% dos casos do câncer de mama a proteína aparece, em excesso, indicando que se trata de um tumor mais agressivo e a necessidade de um tratamento específico – baseado na terapia-alvo, que ataca principalmente as células do câncer - para liminar e frear o crescimento do tumor.  

8. Existe um tratamento para cada tipo do câncer de mama.

Verdade. O tipo de tratamento indicado para mulheres diagnosticadas com câncer de mama depende de alguns fatores, como o estágio do tumor, idade, doenças associadas e a presença de receptores de hormônios e HER2. As principais opções de tratamento são:
• Radioterapia: consiste em emissão de radiação sobre a mama destruindo as células cancerígenas.
• Quimioterapia: utiliza medicamentos de aplicação sistêmica que matam as células cancerígenas.
• Cirurgia: retirada de parte ou da totalidade da mama, que é a mastectomia radical.
• Hormonioterapia: utiliza medicamentos com o intuito de inibir a atividade de hormônios que tenham influência no crescimento do tumor. É indicada somente nos casos em que o tumor for positivo para receptores hormonais.
• Terapia Molecular: Tratamento específico para tumores HER2 positivos.

9. O câncer metastático só se espalha em alguns órgãos.

Mito. As células cancerígenas podem se espalhar para quase qualquer parte do corpo. A maioria das células tumorais que se desprendem do tumor primário é transportada aleatoriamente pelo sangue ou pelos gânglios linfáticos regionais. 

10.  Todas as pessoas passam mal no tratamento do câncer, principalmente o metastático.

Mito.  Cada paciente reage de uma maneira ao tratamento. A jornada de tratamento de uma mulher é diferente da outra, o processo pode ser lento ou ter alterações, novas questões podem surgir com o tempo, e as preferências e prioridades da cada paciente podem mudar. Além disso, as pesquisas sobre o câncer estão sempre evoluindo e novos medicamentos estão sendo continuamente desenvolvidos e hoje já há alguns tipos de tratamento que dão mais qualidade de vida.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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