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Crianças que brincam com celulares
e tablets dormem menos

Crianças que brincam com celulares
e tablets dormem menos

BEM ESTAR

17/04/2017 - 23h00
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Crianças que passam horas brincando com smartphones e tablets dormem menos que os que não interagem com tecnologia.

Estudo publicado na Scientific Reports, site da revista científica Nature, indica que cada hora que crianças pequenas entre seis meses e três anos passam usando aparelhos eletrônicos com tela de toque pode estar relacionada a 15 minutos a menos de sono.

Ao mesmo tempo, a pesquisa também revelou que brincar com esse tipo de tecnologia ajuda a desenvolver habilidades motoras mais rapidamente.

Especialistas afirmam que o estudo é "oportuno", mas que não há razões para que pais se preocupem com os achados da pesquisa.

Apesar da proliferação de telas de toque nos domicílios, ainda falta compreender o real impacto desses aparelhos no desenvolvimento da primeira infância.

O estudo foi conduzido pela Birkbeck, que faz parte da Universidade de Londres, com 715 pais de crianças com até três anos de idade. Perguntou-se a frequência com a qual os bebês brincavam com smartphones e tablets e também detalhes do padrão de sono das crianças.

Concluiu-se que 75% das crianças usavam aparelhos do tipo diariamente; essa porcentagem era de 51% entre crianças de seis e 11 meses, e de 97% entre crianças de 25 e 36 meses de idade.

As crianças que brincam com os aparelhos dormem menos à noite e mais durante o dia. E, de um modo geral, contabilizam 15 minutos a menos de sono para cada hora que passam brincando com esses eletrônicos.

Tim Smith, um dos pesquisadores que participou do estudo, afirma que o tempo de sono perdido não é muito quando se dorme um total de 10, 12 horas por dia. "Mas cada minuto importa no desenvolvimento infantil por causa dos benefícios do sono", afirma.

As conclusões do estudo não são definitivas, mas Smith diz que a pesquisa indica que telas de toque podem estar associadas a problemas do sono.

Por outro lado, a pesquisa também mostrou que crianças que usam ativamente as telas de toque (arrastando elementos, em vez de apenas assistir a imagens) aceleraram o desenvolvimento de habilidades motoras.

Crianças devem ou não brincar com telas de toque?

Mas afinal, crianças devem, ou não brincar com aparelhos eletrônicos interativos?

"É muito complicado responder isso agora. A ciência ainda está imatura, estamos realmente atrasados em relação à tecnologia e é muito cedo para fazer afirmações definitivas", diz Smith.

Para ele, no momento, a melhor aposta é seguir as mesmas regras usadas para estabelecer o tempo que as crianças passam em frente à televisão. Isso significa que os pais devem impor limites para o uso de aparelhos com telas de toque, assegurando que o conteúdo seja adequado à idade e evitando que o uso seja feito antes da hora de dormir.

Também é preciso estimular que as crianças façam atividades físicas, na avaliação do especialista.

"Como é o primeiro estudo a investigar as associações entre o sono e o uso de telas de toque na infância, trata-se de uma pesquisa oportuna", afirma Anna Joyce, pesquisadora de desenvolvimento cognitivo da Universidade de Coventry, na Inglaterra.

"Com base nesses achados e no que sabemos por meio de outros estudos, talvez valha a pena limitar o uso de telas de toque ou o uso de outros aparelhos eletrônicos nas horas anteriores ao momento que a criança vai para a cama dormir", completa Joyce.

Para a pesquisadora, "até que se saiba como as telas de toque afetam o sono, esses aparelhos não deveriam ser banidos por completo".

O professor Kevin McConway, da Open University, prefere encarar os resultados dessa pesquisa com desconfiança. "Eu não perderia o sono por conta desses resultados se eu ainda tivesse bebês. As crianças dessa pesquisa usavam telas de toque por 25 minutos por dia e por isso dormiriam seis minutos a menos", avalia.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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